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Itapira, 18 de Maio de 2024
Notícia
13/07/2014 | Deixar tudo limpo faz parte da cultura japonesa

A seleção do Japão teve uma passagem rápida pela Copa do Mundo no Brasil. Foram três jogos, com duas derrotas e apenas um empate.

Mas, se a seleção nipônica não mostrou futebol para avançar na competição, se seus principais jogadores como Kagawa e Honda não se des­tacaram, a torcida japonesa se incumbiu de ser o ponto alto da passagem pelo Brasil.

No primeiro jogo, disputa­do no dia 14 de junho na Arena Pernambuco, em Recife-PE, quando o Japão perdeu para a Costa do Marfim por 2 a 1, uma cena chamou a atenção da grande maioria das pessoas que a viram, in loco, pela TV ou depois, pelas redes sociais. Após a derrota, ao invés de lamentar o resultado, munidos de enormes sacos de lixo, os torcedores japoneses trataram de limpar todo lixo produzido durante o período em que permaneceram no estádio.

O gesto, embora comum para os japoneses, causou estranheza em quem não conhecia esse lado do povo oriental e serviu de exemplo para quem está acostumado a deixar lixo por onde passa. A imagem correu o mundo e, com certeza, aumentou ainda mais o conceito do povo japonês.

A cena, entretanto, não causou espanto ao itapirense José Carlos Trinca, 62. Du­rante os 19 anos que viveu no Japão, Trinca aprendeu a conviver com esse tipo de cultura. “Lá, isso é normal, faz parte da educação e da cultura japonesa”, explica. “Se sujou, limpa”.

Segundo Trinca, essa cultu­ra vem do berço, da educação que o povo japonês carrega. “Faz parte da educação deles, vem mesmo do berço”, reve­la. “A gente saía no final de semana para fazer churrasco, por exemplo, quando acabava tinha que limpar tudo e levar o lixo para casa”.

Quando retornou ao país, há alguns anos, junto com a esposa Vânia, Trinca se as­sustou com o que encontrou por aqui. “Realmente fiquei assustado, me acostumei com a cultura deles de limpar tudo e aqui todo mundo joga tudo no chão”, frisa. “É tudo muito diferente”.

Volta

Questionado se voltaria a residir no Japão, Trinca foi enfático ao afirmar que não pensaria duas vezes. “Com certeza, minha família ficou lá”, diz, referindo-se às filhas Cristiane, Fernanda e Camila e aos netos Haruki, Matheus e Thiago.

Cristiane, o marido brasi­leiro e o filho Haruki residem em Shizuoka; Fernanda, o marido brasileiro e os filhos Matheus e Thiago moram em Yamanashi, onde Trin­ca e a esposa residiram a maior parte do temo em que viveram do outro lado do mundo, e Camila, que é solteira, está em Nagoya. “Todos ficaram lá e eu gos­taria muito de voltar para lá”, encerra.

Fonte: Da Redação do PCI

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