O deputado Barros Munhoz foi líder nos dois primeiros anos do governo José Serra. Em 2010 com o apoio de noventa e dois deputados dos noventa e quatro possíveis foi eleito presidente da assembleia e num ato que não ocorria há cem anos, em 2011 foi reeleito mantendo a mesma votação, demonstrando total aprovação dos colegas parlamentares pela primeira gestão realizada.
No dia 15 de março último, Barros Munhoz deixou a presidência depois de resistir a várias tentativas de reconduzi-lo ao cargo pela terceira vez. Desde as primeiras manifestações, o deputado itapirense rechaçou qualquer alteração no regimento da casa que lhe permitisse participar de uma nova eleição.
A votação da nova mesa diretora bem refletiu a aprovação de Munhoz como presidente da Alesp, provocando uma homenagem emocionada a partir das palavras de Campos Machado quando a casa lotada em pé aplaudiu o presidente que se notabilizou pela valorização do dialogo e o respeito aos opositores. Não foi por acaso que deputados da base oposicionista ao governador Geraldo Alckmin não pouparam elogios ao ex-presidente e pediram várias vezes para que o novo presidente, Samuel Moreira, se inspirasse em Barros Munhoz.
Munhoz é um deputado tucano que goza, reconhecidamente, de livre trânsito entre os parlamentares petistas.
Geraldo Alckmin reconhecendo a liderança e a forte presença no mundo dos tucanos e trânsito em todos os demais partidos, designou, nesta terça-feira, 26, o deputado Barros Munhoz como o novo líder do Governo de São Paulo na Alesp.
Ao ser questionado sobre o novo desafio, Munhoz disse: "É uma situação nova, ser líder de governo, depois de presidente da casa e retornar à liderança, mas vou usar tudo que sei, tudo que aprendi para ajudar o governador, para ajudar o povo de São Paulo." E completou: "essa casa é dificil, só tem feras, mas construímos bons relacionamentos, grandes amizades, fortalecemos a democracia, espero que a base construída nos ajude a conduzir bem essa nova função."
No Encontro do PSDB ocorrido nesta segunda-feira, 25, em São Paulo, o senador Aécio Neves foi lançado por Alckmin como candidato à presidência do partido na eleição para comando do PSDB nacional. Dentre as conversas ao pé do ouvido, Aécio trocou uns minutos de prosa com o deputado Barros Munhoz, que o classificou como uma peça importante para a união do PSDB.
Munhoz falou também sobre a unidade do PSDB, em São Paulo, a partir do encontro de Geraldo Alckmin com os prefeitos do Estado: "O clima mudou. Temos poucas arestas para cortar. Ainda é cedo para falarmos em candidaturas, mas marcharemos unidos com o nome que será escolhido. A um ano e meio das últimas eleições presidenciais, Serra tinha quase 40% e Dilma não passava dos 6%. Até o final do ano muita coisa vai mudar no Brasil, com certeza."
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