DOAR MEDULA ÓSSEA “UMA QUESTÃO DE AMOR”
HEMONÚCLEO DE BARRETOS 2011
O Hospital de Câncer de Barretos – Fundação Pio XII através do Hemonúcleo e do Departamento de Captação de Doadores atua desde o ano de 2005 no Cadastramento de Doadores de Medula Óssea planejando, organizando, divulgando e possibilitando campanhas de cadastramento de possíveis doadores visando a conscientização, procedendo a coleta e o registro dos doadores, dessa forma auxilia o programa de transplante e as pessoas que não encontram doadores na família visitando cidades e estados, estimulando pessoas, o poder público tanto municipal, estadual e federal a investir permanentemente nesse programa de tão grande importância para a sociedade.
Apenas a convocação para que a população se cadastre no registro de doadores de medula óssea não é suficiente, contamos com o apoio de empresas, entidades, órgão públicos, clubes de serviços e todos os seguimentos da sociedade para divulgar e cadastrar em massa os doadores nos municípios interessados em realizar a campanha e assim dar a chance de vida para as mais de 2000 pessoas no Brasil que aguardam um doador compatível fora da família.
Foram muitas as conquistas desde o início do trabalho para pessoas portadoras de leucemias, aplasias e outras doenças que curam com o transplante de medula óssea. É um trabalho de esperança para quem necessita do transplante não aparentado.
Objetivo:
Considerando a reconhecida insuficiência de doadores de medula óssea, considerando que o cadastramento é vital para pessoas que não tem doadores compatíveis na família e em virtude da dificuldade de acesso da população para o cadastro, esse projeto tem por objetivo cadastrar o maior número de pessoas e a inclusão das mesmas no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea.
Objetivo Geral:
Objetivos Específicos:
Justificativa:
Pessoas com leucemia e outras doenças sanguíneas, possuem como única esperança de vida, o transplante de medula óssea, e devido à dificuldade de compatibilidade genética faz-se necessário o aumento do número de doadores.
No Brasil a dificuldade de se encontrar um doador é maior que em outros países devido à miscigenação de raças e o número ainda insuficiente de doadores cadastrados dificultando ainda mais a procura do doador ideal.
Como atuamos
Nos municípios interessados em realizar a campanha o trabalho inicia-se com reunião com o Secretário de Saúde Municipal, palestras educativas preparando a sociedade para o cadastramento, pois a maioria das pessoas desconhece a importância em se tornar doador, e a falta de informação limita o aumento de voluntários com interesse no cadastro.
É uma campanha que exige o envolvimento de todos os seguimentos da sociedade se torna fundamental.
O tempo necessário para a organização de uma campanha de cadastramento de medula é em média um mês para a conscientização do município através de folders informativos, cartazes, banners, apresentação de vídeos informativos em palestras e divulgação através dos meios de comunicação (rádio, TV, outdoors, etc).
Necessita-se para o dia um local de fácil acesso para a população, participação dos agentes de saúde que serão capacitados antecipadamente para divulgarem a campanha junto à comunidade, pessoal de enfermagem para o auxilio no dia da coleta e voluntários para o cadastramento no dia do evento.
As campanhas em empresas e faculdades, por exemplo, precisam ser agendadas com um mês de antecedência para que haja a sensibilização dos funcionários e/ou alunos.
O cadastro consiste no preenchimento de uma ficha de identificação e a coleta de uma amostra com 5 ml de sangue para tipagem genética.
Necessita-se conscientizar e capacitar pessoas que trabalharão na divulgação e no cadastramento, além de pessoal habilitado para a coleta de sangue.
INFORMAÇÕES
Cadastramento
1. Ter entre 18 e 55 anos e estar em bom estado de saúde;
2. O cadastro consiste no preenchimento de uma ficha de identificação e na coleta de um simples exame de sangue para o teste de compatibilidade (tipagem HLA);
3. Os dados da tipagem HLA serão enviados ao Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea – Redome – RJ;
4. Quando aparecer um paciente com a medula compatível do doador, este será chamado; Novos testes sanguíneos serão necessários para a confirmação da compatibilidade;
6. Se a compatibilidade for confirmada, o doador será consultado para decidir a doação;
7. O estado de saúde será então avaliado.
Doação de medula óssea pode ser feita de duas formas
Existem duas formas de doar as células progenitoras ou células-mãe da medula óssea. Uma relacionada à coleta das células diretamente da medula óssea (nos ossos da bacia) e a outra por filtração de células-mãe que passam pelas veias (aférese).
A coleta direta da medula óssea é realizada com agulha especial e seringa na região da bacia. Retira-se uma quantidade de medula (tutano do osso) equivalente a uma bolsa de sangue. Para que o doador não sinta dor, é realizada anestesia e o procedimento dura em média 60 minutos. A sensação do doador é de média intensidade e permanece em média por uma semana (2 a 14 dias), semelhante a uma queda ou uma injeção oleosa. Não fica cicatriz, apenas a marca de 3 a 5 furos de agulhas. É importante destacar que não é uma cirurgia, ou seja, não há corte, nem pontos. O doador fica em observação por um dia e pode retornar para sua casa no dia seguinte.
A coleta pela veia é realizada pela máquina de aférese. O doador recebe um medicamento por 5 dias que estimula a multiplicação das células-mãe. Essas células migram da medula para as veias e são filtradas. O processo de filtração dura em média 4 horas, até que se obtenha o número adequado de células. O efeito colateral mais frequente deste procedimento é devido ao uso do medicamento, que em alguns doadores pode dar dor no corpo, como uma gripe.
Porém, para se concretizar a doação, várias etapas são cumpridas. Após ter o nome inserido no cadastro nacional – Redome – e a confirmação da compatibilidade entre o doador e receptor, o resultado é encaminhado ao centro transplantador.
Confirmada a data para o transplante, o centro que coletará a medula do doador desencadeará a realização dos exames clínicos, laboratoriais e de imagens do doador. O potencial doador deve ser avaliado com exame físico e testes laboratoriais, a fim de garantir a segurança do receptor, evitando transmissão de doenças, bem como a segurança do próprio doador. Essa avaliação deve considerar idade, sexo, doenças crônicas, avaliação das funções hepáticas e renal, tipagem ABO e HLA, sorologias, vacinações recentes, teste de gravidez, radiografia de tórax, eletrocardiograma e avaliação psiquiátrica. É necessária a avaliação pela enfermagem do acesso venoso periférico do doador.
Riscos inexistentes
Os riscos para o doador são praticamente inexistentes. Até hoje não há nenhum relato de nenhum acidente grave devido a esse procedimento. No caso da punção diretamente dos ossos da bacia, os doadores de medula óssea costumam relatar um pouco de dor no local da punção. O médico vai informar sobre qual a melhor forma de coleta de células.
Dependendo da doença e da fase em que se encontra, o paciente pode se beneficiar mais com uma forma de doação. O transplante só será realizado quando o paciente estiver pronto para recebê-lo, esta resolução cabe ao médico que está acompanhando o paciente.
O doador por possuir uma medula sadia e bom estado de saúde, reconstituirá o que doou rapidamente e poderá voltar às atividades normais. Em casos especiais e raros, como compatibilidade com outra pessoa, o doador poderá doar novamente a medula óssea.
Naima Khatib
Coordenadora Depto. de Captação de Doadores
Hemonúcleo de Barretos
(17) 3321-6600 ramal 6814 ou (17) 8133-4466
e-mail: [email protected]
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