Até nisso? Os governistas passaram a semana jurando de pés juntos que Toninho Bellini cumpriria o período de férias até o fim e que Martins reassumiria na segunda, 19, as suas funções no gabinete.  Bellini, no entanto, interrompeu a pescaria, foi visto na cidade ontem, uma semana antes do previsto. A decisão do retorno foi tomada entre terça e quarta-feira. Qual seria a necessidade dessa falta de transparência?

Já fomos ensinados. Há de se diferenciar o homem público, do homem comum. Martins nunca fez segredo dos seus problemas de saúde. Ele sempre encarou a leucemia congênita que carrega com muita naturalidade. Assim como fez Dilma com seu câncer linfático e Zé Alencar na luta contra um sarcoma.

Nada de Mané na Prefeitura. Algumas pessoas soltaram que existe uma eventual restrição de Toninho Bellini ao nome do ex-secretário de governo. Outras falaram do medo de parte dos funcionários em ver Manoel Marques assumindo a cadeira de prefeito.  É bom lembrar que tal substituição, diante da inviabilidade de retorno de Martins, seria de uma semana, no máximo.

Pode existir outra explicação – Manoel quer desvincular seu nome do prefeito Toninho Bellini, como estratégia de campanha. Quer mostrar que um possível governo dele, não chegará perto do atual. Mesmo que ele assumisse por uma semana, ficaria caracterizada a aproximação. Pior, como o tempo seria curto, não teria como imprimir um jeito diferente de governar.

Já que o Mané tá na roda... Um internauta que leu no último Dropes que Manoel Marques se colocou como o grande responsável pela eleição e reeleição de Toninho Bellini lançou o seguinte questionamento: se ele, Manoel, acreditava que tinha tanto prestígio e estratégia eleitoral, por que ele próprio não saiu candidato para não ter o ônus de ter que blindar Bellini?  

E mais... Se Mané foi, como supersecretário de governo, reconhecido como prefeito de fato, não teria ele, então, mostrado na prática como atuaria como prefeito de direito? E foi boa essa demonstração?

E completou com um fato acontecido. Um candidato a prefeito, de uma cidade qualquer, pediu a um cabo eleitoral que lhe preparasse um comício. No dia, tudo estava perfeito: palco, iluminação, som, rojões e etc., mas na hora “h”, nenhuma alma viva. O candidato contratante chamou o contratado e perguntou: “cadê o povo”?  O cabo eleitoral respondeu: “se eu conseguisse trazer o povo que o senhor quer, eu seria candidato também”! 

Mudanças no HM. Alguns comentários dessa coluna têm servido para provocar pequenos ajustes na destinação de salas, de posição de computadores e outras coisinhas mais. As críticas só fazem sentido quando elas provocam, no mínimo, reflexões. Um governo maduro toma providências, quando cabíveis. Não fica se debatendo contra os denunciantes.

Perguntaram... Como anda a compra dos produtos de higiene e limpeza para o Hospital Municipal? Parece que existe um único fornecedor, coincidentemente, cônjuge de um integrante do alto escalão do hospital. Será que os preços são de fato os melhores? Será que nenhum outro fornecedor consegue cobrir os preços desse fornecedor? E as quantidades constantes nas notas fiscais, elas batem com as quantidades efetivamente recebidas? Para evitar esses questionamentos, só transparência total. Não é verdade?

Condema 1 - O Conselho Municipal do Meio Ambiente de Itapira, inteiro, está às turras com a Secretaria de Recursos Materiais a respeito do edital para a licitação da empresa que cuidará do lixo da cidade a partir de novembro. Além de não cumprir os atos legais, federal e municipal, o assessor jurídico está tentando dividir a organização popular institucional que tem por finalidade intervir, nos assuntos pertinentes, na gestão pública.  

Condema 2 – No jornal Tribuna de Itapira deste domingo, 18, duas grandes “bobagens” foram desferidas pelo advogado entrevistado. Primeira: Condema sabia do edital afirmando que o presidente do Conselho e Secretário do Meio Ambiente tinha conhecimento e que teria comentado sobre esse assunto com outro conselheiro, sem identificá-lo. Joaquim negou essa informação ao PCI, mas mesmo que isso fosse verdade, tal fato só seria revestido de legalidade se constasse das atas das reuniões do Conselho.

Condema 3 – Segunda: o mesmo advogado disse que o Conselho chegou tarde à discussão, não requerendo a participação antes. A lei municipal 4.441 de 09/2011 é clara em seu artigo 1º “... um órgão colegiado de decisão, assessoramento, sendo deliberativo da Administração Municipal... etc.”. Logo, não é função do Condema prever ou imaginar os atos do prefeito e dos seus assessores. Sem falar que o Secretário do Meio Ambiente sabia do posicionamento do Condema e era concordante com o pensamento dos conselheiros.

Condema 4 – Pela disposição dos membros do Conselho Municipal é fundamental que os procedimentos da Secretaria de Recursos Materiais estejam revestidos de legalidade. Caso contrário, este será o primeiro revés do competente assessor jurídico.

Cerveja secreta – Ontem, sábado, 17, foi o último dia da Gincana da Recreativa. A diretoria, dentro do espírito de confraternização, oferece aos participantes certa quantidade de cerveja para que todos comemorem com festa, inclusive os derrotados. No dia anterior, um dos diretores recebeu uma ligação do escritório de Barros Munhoz oferecendo uma colaboração de 10 fardos de latinhas. A diretoria, de imediato, aceitou, mas ouviu que o deputado não queria que o nome dele fosse divulgado. “Sem problemas, nós agradecemos”, foi a resposta. Mas na hora da entrega, o portador era, nada mais, nada menos, que Tiago Fontolan. “Assim dá pra guardar segredo?”, indagou o diretor.

Campus da Unesp – Não resta a menor dúvida de que o anuncio do Campus da Unesp em Itapira foi uma bomba no meio político da cidade. A instalação dessa unidade educacional mudará significativamente o perfil da cidade. Os lucros políticos são evidentes. Por isso, já tem gente se movimentando para tentar dividir com o deputado Barros Munhoz e os vereadores Carlinhos Sartori e Kará a paternidade da conquista. Os secretários Giriboni e França já receberam sondagens nesse sentido.

Verruga – Ao ser questionado, por um correligionário preocupado, sobre o edital que pede a devolução de R$ 500 mil ao Ministério da Integração Nacional, Munhoz respondeu: “com trinta e cinco anos de vida pública, se fizerem um levantamento, considerando os cargos que ocupei e o volume de recursos que esteve sob a minha responsabilidade verão que os processos que sofro são insignificantes perto do que eu fiz. Resta-me a defesa para provar a verdade. Juntei muitos amigos, mas os adversários e inimigos aí estão. Mas aposto que tem gente, nessa cidade, em meros oito anos, que verá brotar mais verrugas do que tinha a saudosa Carola”, enigmaticamente.

Luz amarela – O grupo apoiador de Alberto Mendes anda preocupado. O pré-candidato parou de aparecer na mídia. Querem que ele produza fatos para voltar à ordem do dia.  Diante do encerramento do contrato com a Sanepav, o imbróglio entre a Secretaria de Recursos e o Condema e a nova licitação secreta esperava-se que o ex-secretário de Serviços Públicos tivesse cartas na mangas ou se envolvesse mais nessa história. Estão cutucando, daquele mato pode sair coelhos.

CPI plantada – Uma conversa interessante e conexa circulou em alguns pequenos grupos, na semana que terminou. O grande problema do momento da administração está no desvio anunciado que o funcionário Benedito Robles teria provocado na folha de pagamento. Para desviar a atenção, duas notícias seriam plantadas. Uma seria a eventual venda do jornal “Tribuna de Itapira” a Barros Munhoz. A outra, a variação da folha de pagamento, objeto da CPI.

CPI pizza – Existe a disposição da CPI ficar circunscrita à variação da folha de pagamento e chegar à conclusão de que o aumento ocorreu dentro da legalidade e a questão do desvio ficar a cargo da sindicância interna e respectivo processo administrativo. E pizza e ponto. Mas tem vereador disposto a evitar que isso ocorra. Outra pessoa que não vai sossegar é a Cristina Gomes, caso contrário, ela poderá ser envolvida na tentativa de desvio das atenções sobre o caso principal. Como ela não é boba, nem nada, que se cuidem os eventuais envolvidos.

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Os informantes desta coluna integram todos os matizes políticos da cidade.

As opiniões, aqui publicadas, não refletem, necessariamente, o pensamento da redação do Portal Cidade de Itapira.

PCI garante às pessoas citadas o direito de resposta. Para isso, basta que enviem email com a manifestação desejada para: [email protected].

A coluna não é porta-voz da verdade absoluta. Limita-se a democratizar a informação política que corre pela cidade. Usa o bom-humor como recurso redacional, sem apelar para as agressões gratuitas ou preconceituosas ou tendenciosas.

Nino Marcati, da Redação do PCI