Santa Fé, 50 anos. A festa foi preparada com todo carinho pela diretoria. Afinal, era a comemoração de meio século de existência do Clube de Campo mais antigo da cidade. Tinha tudo para ser a festa política do ano, com desfile de candidatos, abraços e apertos de mão. Eram esperados Barros Munhoz e Toninho Bellini. Nenhum dos dois apareceu. Munhoz justificou com compromissos prévios inadiáveis. Na mesa de Manoel e Mino tinham duas cadeiras vazias. Acredita-se que estavam reservadas para o prefeito. E por que ele não teria aparecido?

Política não rolou... Lá estavam vários pré-candidatos. Talvez em respeito aos cinquenta anos todos se comportaram direitinho. Mas chamou a atenção o isolamento do pré-candidato governista Manoel Marques. Segundo observadores atentos, ninguém se aproximou da mesa dele para conversar ou cumprimentá-lo. Ele aparentava cara de poucos amigos. Sério, além do habitual. Circulou o necessário para tirar a água do joelho. Nem parecia candidato a candidato.

 ...mas um ex-vereador, sim. A decoração interna e a iluminação externa estavam perfeitas. O grupo musical comandado pelo maestro Perina, no ponto. Mas o serviço de Buffet deu dores de cabeça ao presidente Marcelo e à diretora Tereza responsável pela organização. Dentre as reclamações estão: “salgados frios, quantidade insuficiente tanto em comida como garçons. Uma garçonete chegou à cozinha dizendo: gente tem uma parte do salão que até agora não comeu nada. A gente não consegue chegar lá. Tá indo tão pouco à bandeja que acaba no meio do caminho. O que está acontecendo?”    

E coisa desandou. Um participante da festa comeu uma barquinha e sentiu o azedamento na hora. Outro morto de fome, como era 1h30 e nada do jantar prometido no cardápio, foi embora em busca de recomposição imediata. Um casal animado da Santa Fé, daqueles que estão em quase todos os eventos, ouviu Tereza dizendo: “gente, a gente precisa dar oportunidade para os itapirenses aprenderem, senão como é que faz?” O maridão ouviu, não falou nada senão a esposa lhe dava um belo beliscão, mas comentou baixinho com outra pessoa: “dá vontade de falar para ela o seguinte: se você quer fazer experiências ou ensinar alguém trabalhar, por favor, faça isso numa festa da sua casa...”

Vai ter reunião para discutir o assunto. Notícias dão conta de que Flávio Pavinatto seria convocado para uma reunião a ser realizada nesta quarta, com a diretoria para discutir os problemas com os serviços de Buffet. Será que vai ter o que fazer?

Decisão sábia. Flavio Pavinatto garante que não volta para a política. Diz que ficou desiludido com a vereança. Caso não tivesse tomado essa decisão certamente teria perdido uma penca de votos, em menos de cinco horas.

Pra Mané, nada. Pro Totonho, tudo! Enquanto Manoel Marques passou a festa da Santa Fé sem qualquer assédio respeitoso, Munhoz, no dia seguinte, no Bairro de Eleutério, durante a caminhada foi cercado pelos moradores, por todos os lados, queriam cumprimentá-lo e apertar a sua mão. Até os moradores de Sapucaí foram atraídos. Quem viu, gostou e está contando para a cidade inteira.

Como esse mundo é pequeno. Sandro Pio, o braço direito de Barros Munhoz passou um aperto danado com o Novo Tempo. Era jogado de lado para outro, até que se viu exonerado, sem lenço, nem documento. Julgando-se injustiçado, por tudo que sofreu, entrou com uma ação contra a prefeitura. Nesta segunda, dia 27, aconteceu uma audiência do processo. Dentre tantas testemunhas, uma chamou atenção: Alberto Mendes. Era amigo ou inimigo?

Mentir, não. Os advogados de Sandro Pio ficaram satisfeitos com o testemunho de Alberto Mendes. Acreditam que será fundamental no processo. Ao ser questionado, Mendes não teve dúvida: “o que vocês queriam que eu fizesse, mentisse? Eu vi o que aconteceu. Acompanhei de perto. Eu vou ficar com dor na minha consciência por causa de governo do “num to nem aí”?   

E O PSB? Mino Nicolai acredita que a chance de manter o partido em suas mãos é de 80%. “Eu fiz tudo de acordo com a lei, mas sabe como é, basta uma canetada e pronto.” O comentário do vereador é no mínimo esquisito. Se tudo foi feito de acordo com a lei, que raio de canetada pode ser essa?

Será que vai para a enfermaria? Vicente da Silva garante que os procedimentos de Mino Nicolai não foram corretos e descumpriram a lei, tanto é que esperamos, para qualquer momento, uma reviravolta favorável ao nosso grupo. Eu e o Gomes fizemos o B.O., um detalhado relatório e encaminhamos para São Paulo. “Eu não podia concordar com aquele ato autoritário. Nós queríamos disputar a convenção. Eu não sei por que ele criou tanta dificuldade para isso. A convenção poderia ter acontecido, até uma composição entre os dois grupos poderia ter ocorrido. É bom dizer que eu estava no partido antes dele. Nós já fomos prejudicados uma vez. Agora não, violão.”   

O Condema quer explicações. Está marcada para esta quinta-feira, 29, às 15h, a reunião extraordinária do Conselho Municipal do Meio Ambiente com o prefeito, secretários de serviços públicos e recursos materiais e do assessor jurídico das licitações. Surgiram rumores, nesta terça, de que o prefeito e o advogado deverão ser substituídos por Mario da Fonseca.

É formiga no doce. Para Sonia Santos o encaminhamento de Benedito Robles para a Secretaria de Educação é uma decisão temerária. Lá tem muito mais dinheiro envolvido. Ela acha que todos os movimentos do Novo Tempo concorrem para deixar o dito pelo não dito.

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Nino Marcati, da Redação do PCI