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Itapira, 17 de Julho de 2025
Notícia
11/10/2011 | DROPES: 54º capítulo

 

 

Cartilha do Dropes – Lição D: Não é dando que se recebe.

Assunto do dia: Os políticos que optam por desvirtuar a famosa oração.

Princípio básico: a política deveria ser uma atividade prazerosa e gratificante para quem a pratica e, extremamente producente para quem a sustenta, o eleitor. É uma das oportunidades que o Homem tem para reverenciar a mais nobre condição humana: a vocação social, o nível de organização eclética e, principalmente, a noção de existência sobre a Terra. Mas, no final das contas, não é assim que ela é vista pela maioria dos interessados na missão. 

Conceito: o político vende o seu peixe na hora de pedir o voto. Naquele momento, ele incorpora os preceitos mais puros dos seres humanos dignos. Apresenta-se recheado de boas intenções. Curiosamente, boa parte dos políticos, uma vez eleita, mantém o velho discurso, mas na hora do vamos ver, opta pelos interesses, exclusivamente, pessoais. Trabalha com a idéia de que cada gesto seu deve ter um preço determinado. Só dá a sua total dedicação em troca de recebimentos. Tal comportamento está incrustado culturalmente no ventre da nossa sociedade. É por isso que a renovação, tão cantada pelos novatos segue à mesma trilha, as mudanças comportamentais significativas são prevalecidas. O eleitor desiludido e mal preparado, vendido, busca, quando pode, extrair vantagens em troca da promessa do voto. É quando todo mundo perde. É difícil de acreditar, mas existem políticos que fogem dessa linha majoritária. O difícil é encontrá-los.  

Tarefa de casa: as candidaturas para o próximo anos estão sendo construídas. Cabe aos bem-aventurados, de cada partido, oferecer aos companheiros, um curso de formação política, noções de ética, lisura e preocupação com o bem comum. Pode não mudar muita coisa, mas é melhor do que nada.

Resumo da lição: Para ser político é preciso ter consciência.

Outros tempos. Munhoz, pessoalmente ou através da sua assessoria, fez questão de esclarecer todos os pontos publicados no último Dropes, que ele considerou sem fundamento ou de má informação. O Dropes, como costumeiro, garante a todos os citados o direito de resposta e o direito de esclarecimento.

De Sampa para o Córrego do Coxo. Um apoiador de primeira hora de Barros Munhoz tão logo leu a notícia de que o deputado poderia sair candidato a prefeito por São Paulo, exclamou: “de onde saiu essa notícia? Para ser verdadeira, Munhoz teria que transferir o domicílio eleitoral. Quem plantou tal informação ou quer confundir o eleitor ou não conhece nada de legislação.”

Segundo o mesmo informante, no final de semana, sob ameaça de chuva, Munhoz foi convidado - e lá compareceu – para uma reunião no Bairro do Córrego do Coxo. O deputado saiu maravilhado com a recepção calorosa que teve, sem falar no grau de participação e discussão. Tava cheio de gente. Muitos jovens, alguns mal conheciam o deputado, tinham ouvido falar que Munhoz era um dos idealizadores da Recreativa, clube que eles adoram e frequentam com regularidade.  

A piada que correu por lá. A estrada que liga a cidade ao Córrego do Coxo, conforme relatado pelos moradores, estava em petição de miséria. Esse fato chegou a preocupá-lo no caso de chuva forte. Mas como a estrada estava boa e o deputado reconheceu o serviço, um agricultor tascou: “o senhor não viu nada. Acho que alguém falou que o senhor viria por aqui, aí correram arrumar” e Munhoz. Sorridente, retrucou: “mas se é assim, eu vou marcar reuniões por todos os cantos do município, quem sabe as estradas fiquem todas boas e melhorem a vida do povo da roça.”

Paulo e Paulinho continuam rindo à toa. Munhoz não gostou nada, nada do Dropes ter insinuado que ele teria beneficiado mais Mogi-Guaçu e Amparo em detrimento a Itapira. Segundo a assessoria dele, o deputado não pode fazer nada sem que o prefeito solicite oficialmente, sem que ele se disponha a fazer a parte que lhe cabe. Mesmo assim, diante da má vontade ou incompetência do Novo Tempo, Munhoz conseguiu trazer muita coisa para Itapira, aos trancos e barrancos. Além disso, ele atendeu a grande maioria dos pedidos formulados pelos vereadores, entidades e instituições da cidade. Tudo o que ele podia fazer, foi feito. Quem tem que falar é Toninho Bellini.

Aproveitou a deixa e lamentou. Munhoz disse que poderia ter ajudado muito mais Itapira. “Perdemos chances de ouro.” Para ele, mesmo que o Toninho Bellini chamasse para si os louros da conquista, mesmo que não o convidasse para as inaugurações, ainda assim, estaria feliz por contribuir para a terra que ele tanto ama. Mas ao ser lembrado das discussões sobre algumas paternidades, que rolou na imprensa, ele foi enfático: “mas também pudera. Nós criávamos todas as condições, da iniciativa ao fechamento, tivemos que enfrentar incompetência, indolência, conspiração, retardamento e descaso. Aí quando eles viam que a coisa ia acontecer, de qualquer jeito, entravam e chamavam para si a luta que era nossa. De forma desonesta”. E digo mais, “na maioria dos casos, foram os meus companheiros da cidade que assumiram a dor. Eu só queria ajudar.”

Na moita. Sobre as preferências de Munhoz sobre a quantidade de candidatos, tudo não passa de lendas. Munhoz foi eleito três vezes prefeito de Itapira e três vezes deputado estadual, sempre pelo voto direto. Foi um dos mais votados, num partido que reúne as maiores feras no âmbito nacional. “Candidato vencedor é como time que quer ganhar campeonato, não escolhe adversários, nem o número de times.” Aproveitando o linguajar futebolístico esclareceu que a preocupação do grupo dele é organizar o time. “A escalação do capitão, aquele que vai levar o time adiante, só acontecerá quando a casa estiver bem arrumada, e ela estará”, numa alusão à escolha do candidato a prefeito.

Sem pressa. Os partidos têm até o final de junho do ano que vem para apresentar seus candidatos. Assim como os pré-candidatos anunciados poderão nadar, nadar e morrer na praia. Se a convenção indicar outro nome, nada feito. Por enquanto, é só especulação. São pessoas manifestando o desejo de serem candidatas. Só isso. Não é porque os outros grupos têm problemas antecipados é que teremos, também, que entrar no mesmo nervosismo. E decretou: “estamos tranqüilos!”

O que mais irritou o deputado foi a nota que repercutiu um comentário na cidade de que ele sairia candidato a prefeito para renunciar, antes da posse, voltando para a ALESP, deixando o vice no comando. “Jamais eu faria uma coisa dessas com aquela que mais amo nesse mundo, a minha Itapira. Todo mundo me chama de chato, aqui em São Paulo porque volta e meia eu falo de Itapira. Itapira não sai nunca da minha cabeça. Eu seria o Itapirense mais indigno do mundo se fizesse isso. Quem soltou essa conversa, certamente deve ser não só o meu maior inimigo, mas o maior inimigo de Itapira. Não resolvemos nada sobre a candidatura a prefeito. Mas seja ele quem for, será alguém que ama Itapira e nada fará para macular o nome dessa santa cidade.”

A novidade chamada Orcini. Que a decisão de Orcini em caminhar com o PDT foi a grande novidade política dos últimos tempos, ninguém duvida. Assim, com ninguém do partido nega o interesse em vê-lo como candidato a vice. Mas a intenção de Orcini foi clara para a presidente. Ele será candidato a vereador.  

Um tiro que pode sair pela culatra. Tem pedetista coçando as orelhas. Acham que o vereador poderá oferecer um naco de votos ao partido, mas diante da existência de outros candidatos evangélicos e o fato de fazer oposição ao grupo de Munhoz – uma novidade para os eleitores fiéis - os votos que ele conseguir, poderá servir apenas para garantir uma vaga, a dele. Logo, trabalham, trabalham e nada.

Mais um bom motivo para o PCdoB cair fora. Além da pressão que o Partido Comunista do Brasil vai sofrer para caminhar com o candidato oficial, alguns filiados não ficaram nada satisfeitos com a aquisição pedetista. “Será uma sombra em nosso palanque”, definiu um deles.

Mino errou feio. Já teve gente gritando: “Mino é mentiroso”. O que é isso gente? Só porque o vereador deu um aumento de vinte por cento nos votos que ele tinha recebido?  Deve ter sido um lapso de memória, na entrevista concedida ao jornal “A Cidade”, em face do momento tormentoso por qual ele tem passado. Declarou ter recebido 6.800 votos, no total, quando recebeu exatos 5.588, ficando na 27ª colocação no PSB, ex-partido do vereador, e em 488º lugar na contagem geral.  

Outro tiro pela culatra. Tanto Manoel Marques como Alberto Mendes declaram para amigos que não abrem mão da candidatura a prefeito. Para esses, o trabalho mais difícil foram eles que fizeram. Montaram a estrutura necessária para quem quer ser candidato a prefeito, não será qualquer aventureiro que poderá lançar mão. Os dois garantem que não serão coadjuvantes nas eleições. Cada qual fala pela mesma boca: melhor candidato que ele, não há. A engenharia política para recuperar 2004, por enquanto, está longe de dar certo.

Entrevista com o deputado. Pelas ondas da Rádio Clube de Itapira, Barros Munhoz estará mais uma vez conversando com os seus eleitores. A cada dia que passa e a eleição se aproxima faz ferver o sangue dos políticos. Os situacionistas esperam que o deputado abandone o estilo light dos últimos programas e retorne aos velhos tempos.

Prezados Internautas

Os informantes desta coluna integram todos os matizes políticos da cidade.

As opiniões, aqui publicadas, não refletem, necessariamente, o pensamento da redação do Portal Cidade de Itapira.

PCI garante às pessoas citadas o direito de resposta. Para isso, basta que enviem email com a manifestação desejada para: [email protected].

A coluna não é porta-voz da verdade absoluta. Limita-se a democratizar a informação política que corre pela cidade. Usa o bom-humor como recurso redacional, sem apelar para as agressões gratuitas ou preconceituosas ou tendenciosas.

Nino Marcati, da Redação do PCI

 

Fonte: Da Redação do PCI

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