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Itapira, 03 de Maio de 2024
Notícia
16/11/2013 | DROPES: Xô moradores de ruas. Xô!

Muitos devem se lembrar da música do Agepe que diz: “Moro onde não mora ninguém./ Onde não passa ninguém./Onde não vive ninguém.” Pois é! O autor se referia a um lugar ermo, sem vida, mas era onde ele se sentia bem. Tem gente que se sente bem não vendo “ninguém.”

Eu diria que os moradores de ruas também moram onde não mora ninguém ou pelo menos onde ninguém quer morar, onde ninguém se sente bem. Morar na rua não é escolha. É falta de opção. É resultado da injustiça social. Responsabilidade da sociedade.

Desde que abraçamos a civilidade, abandonamos as cavernas que a natureza nos oferecia graciosamente, aprendemos a construir moradias e, desde então, nos debatemos no dia a dia para ter mais, é quando nascem os que têm menos. A sociedade, essa estrutura que se vende boazinha, requer indivíduos cada vez mais preparados para a labuta para nos oferecer produtos ou serviços cada vez melhores. Se possível, mais baratos. Quanto mais eficiência, melhor a remuneração. Isso é o capitalismo.

Mas nem todos chegam ao mundo com a competência completa. Uns vem com deficiências físicas, outros com retardamentos mentais, alguns com problemas de saúde... Vem gente mais inteligente, gente mais ou menos e gente nem tanto. Defeitos de fabricação - se é que podemos usar esse termo - que podem afetar a todos, sem distinção.

Infelizmente, ao nascer perfeitos não recebemos imunidade eterna. A qualquer momento, nós ou nossos descendentes, poderemos passar por experiências desagradáveis: se éramos ricos ou remediados, podemos ficar pobres. Se tínhamos boa saúde e corpo perfeito, podemos ficar doentes ou aleijados. Se habitávamos uma casa, podemos ficar sem ela. Podemos perder a memória, entrar em depressão e surtos de qualquer natureza... Sem falar nas catástrofes provocadas por fenômenos da natureza. Enfim, quando se diz que o futuro é incerto, ele é incerto mesmo! Solidariedade é o seguro de uma sociedade evoluída.

Não se pede, entretanto, solidariedade ampla, geral e irrestrita. Que ela seja dirigida, pelo menos, aos pobres e excluídos. Não na forma de esmolas com descarrego de consciência ou pedido de “não me amole mais”, mas como promoção humana e restabelecimento da dignidade.

Não beira a insensatez ver uma sociedade bradar contra as injustiças, difundir ideias religiosas, desejar felicidades em diferentes épocas do ano, para depois combater ações sociais que socorrem desassistidos?

Um grupo de moradores do Della Rocha I não quis nem tentar entender o trabalho que o Instituto Samaritano passaria a desenvolver a partir desta segunda-feira em benefício dos moradores de rua. Dirigiram duras palavras aos voluntários como se todos quisessem prejudicar o bairro com a complementação daquilo já era realizado no mesmo local a mais de um ano.

Todo cidadão tem direito aos seus deslizes de vez em quando, principalmente quando desconhece totalmente o assunto e é dominado pela chaga do preconceito, o mal maior está na omissão da maioria e no apoio de algumas pessoas que se apresentam defensoras do povo.  Um apoio, eu diria, quase fascista.

 

No flagra. O prefeito Paganini atacou de fiscal na manhã deste sábado. Foi até o lixão montado pela população próximo ao Jardim Galego. Em agosto, a prefeitura retirou grande quantidade de lixo, cercou a área e plantou mais de 200 mudas de árvores nativas. Três meses depois, a 200 metros à frente, um novo lixão foi formado. Não é que o Mestre acabou pegando uma descarga de material e abordou o motorista do Saveiro 6450 que disse que a desova era a mando do patrão, morador do Bairro do Cubatão.

Inexplicável. Na quinta-feira, uma reunião que era para ser explicativa com relação ao trabalho de apoio aos moradores de rua, acabou descambando para a falta de solidariedade e preconceito por conta do incomodo que a presença dos beneficiados poderia gerar nos moradores. O problema é que a entidade já atende moradores de rua naquele local a mais de um ano.  Nem quiseram ouvir direito como a instituição iria trabalhar, quantas pessoas seriam atendidas e o que seria feito para garantir a segurança do bairro. O instituto optou por suspender o projeto temporariamente, mudou o atendimento para a Igreja Central até encontrar um local mais apropriado para o projeto. 

Esquentou. A notícia de que o edifício Pierre Chaude está jogando esgoto no córrego que corta cidade, realmente deixou todo mundo de cabelo em pé. Primeiro a população, que com muito sacrifício paga seus impostos em dias, e vê, infelizmente, gente tida como importante e en­dinheirada levando vantagem até na destinação do esgoto. Lamentável saber que nestes sete anos, cerca de 120 toneladas de esgoto “in natura”, pode ter ido parar no Ribeirão da Penha.

Lamentável. E segundo o deputado Barros Munhoz. Ferrenho defensor do saneamento básico – sempre fez questão de dizer que Itapira era modelo e referência em coleta e tratamento de esgoto – só ficou sabendo do problema esta semana e não ficou nada contente com a notícia. Considerou o fato um absurdo e disse que espera que os culpados sejam responsabilizados.

TAC. Em nota publicada à imprensa nesta quinta-feira, a administração municipal informou que o caso deve ter solução com a assinatura de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) entre a Promotoria Pública de Itapira e a administração do prédio. Esta deve ser a solução adotada pelo MP após ter recebido a denúncia. O prazo dado pelo Saae para a regularização do problema venceu nesta quinta-feira.

Meio ambiente. Além do MP, o SAAE também encaminhou o caso à Cetesb – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo; ao Conselho de Meio Ambiente de Itapira; à Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente e à Vigilância Sanitária de Itapira. Antes disso, já foi aberta na segunda-feira uma sindicância na Prefeitura para apurar as responsabilidades decorrentes da con­cessão do habite-se sem a regularização do sistema de esgotamento sanitário do edifício.

Cobrança. O esgoto do Pierre Chaude mostrou que Barros Munhoz quando tem que defender a cidade não poupa nem os companheiros. Enquanto para uns a atitude é vista como intervencionista, para outros,  como ação inequívoca de um líder que cuida do tra­balho realizado pelo grupo. É bom lembrar que no governo passado por não ter ninguém metendo a mão na cumbuca, a administração desandou e levou a cidade ao retrocesso.

Tá certo ou não ta! Ao revelar que não sabia do que estava acontecen­do, Munhoz colocou por terra as insinuações de que nada é feito por aqui sem passar pela capital. Ficou, no entanto, a recomendação: pode até não consultar o deputado, mas não pode deixar o que deve ser feito.

Com Ives Gandra. O deputado Barros Munhoz é o convidado especial do programa Anatomia do Poder comandado pelo renomado jurista tributarista que será exibido neste domingo, 17, às 20h, pela Rede Vida. O programa já foi gravado.

R$ 5 milhões. Ação proposta pelo município cobra ex-prefeito e ex-secretários pelos prejuízos causados ao patrimônio dos itapirenses, Hotel Fazenda Esperança, orçados em R$ 5 milhões com base no relatório de uma comissão de sindicância formada exclusivamente para essa 1finalidade.

 

Mal pedaço. Parte do que restou da oposição, pretendente em participar nas próximas eleições, estão tendo que se virar mais que charuto na boca de bêbado. Além de reagrupar os possíveis interessados, tentar corrigir a imagem de incompetência construída e apostar no naufrágio da administração Paganini, passarão parte do tempo correndo atrás dos processos nascidos na municipalidade, tribunal de contas e ministério público.

 

Fonte: Da Redação do PCI

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