Entrevista. Munhoz participou neste sábado, 3, da tradicional entrevista comandada pela jornalista Karina Mattos pela Rádio Clube de Itapira. A julgar pelo tom usado, além de corroborar a tese de evolução e uso dos meios de comunicação em relação aos adversários, Munhoz parece ter sentido e ouvido as vozes das ruas ao privilegiar a proatividade política, em detrimento dos ataques sistemáticos que antigamente realizava.

Briguento. Aliás, nesse programa, Munhoz comentou que tem muita gente que acha que ele é ainda muito “briguento”, muito mais do que fato é, assim como há quem diga que ele é mais “briguento” do que parece ser. Aproveitou a oportunidade para contar duas histórias sobre esse assunto:

Uma no cravo... Contou que Orlando Dini, quando era vereador, o procurou para alertá-lo de que estava brigando demais, com muita gente, e que ele deveria se conter, se controlar, ser mais paciente, mais conciliador. Depois de ouvir os conselhos, Munhoz respondeu que defendia os interesses de Itapira e que não poderia se calar diante de tantos agressores que queriam o mal do município, mas que procuraria ser mais pacífico. Passado o tempo, Orlando Dini deixou de ser vereador e foi trabalhar na prefeitura. Depois de alguns meses observando o cotidiano do poder municipal, Dini voltou a conversar com Munhoz, relembrou a antiga conversa sobre as “brigas” para depois fazer uma correção: “pelo que vejo, você briga apenas 10% do que deveria brigar, você mais evita do que provoca...”.

... outra na ferradura. Contou outra, Davi Moro procurou Munhoz para dizer que ninguém estava mais aguentando o mau humor e as xingações: “desse jeito ninguém quer mais trabalhar com você, logo, logo você ficará sozinho...” Passou o tempo, Davi se elegeu prefeito, Munhoz o procurou dizendo: “Davi, o que está acontecendo, tá todo mundo me procurando, reclamando que você está muito chato, cobrando muito, sem paciência, ninguém está aguentando você...”

Xô ratos... Para não perder o costume, Munhoz disse que a administração Paganini acabou com os ratos da antiga administração, não só com aqueles que sugavam os parcos recursos municipais, mas todos os que infestavam o Hospital Municipal, aniquilados com o processo de desratização empreendido. Falou, também, da grande população de escorpiões presentes no HMI, que também foram exterminados.

Conturbação. Sobre as manifestações, Munhoz fez questão de diferenciar o movimento inicial que reuniu pessoas descontentes com os políticos, com a corrupção e impunidade reunindo milhares de manifestantes dos atuais movimentos que foram tomados por grupos organizados e partidos políticos que estão mais prejudicando, que contribuindo.

Descarrilar, jamais. Sobre as duas baixas na administração, em pouco tempo, Dado do SAAE e Eliane da Saúde, o deputado destacou que em outras cidades já ocorreram várias substituições: “em Mogi-Mirim foram dez, aqui duas.”. O que importa é que as decisões de Paganini, nessa área, refrigerou o governo e azeitou a máquina. Dia desses, já tinha comentado: “esse é o trabalho do prefeito, fazer as adequações necessárias e rapidamente para que o trem inteiro não descarrile numa curva mais perigosa, mais adiante.”

Equipe. Sobre o vereador Dr. Rafael, Munhoz fez sonoros elogios, enfatizou que nenhum vereador foi eleito com seus próprios votos, todos dependeram da votação que a coligação recebeu, que todos devem trabalhar em equipe. Rafael estava mais preocupado com si mesmo, do que com o bom andamento do governo. Para que fossem atendidas todas as suas indicações e projetos, seriam necessários cento e cinquenta prefeitos. No final, Munhoz deu a entender que as portas continuam abertas para Rafael e Dado, desde que mostrem humildade ao reconhecer os erros e se coloquem como servidores do grupo e do município, assim como em outros tempos fizeram Dirceu e Izaltino, em situações semelhantes.

Na janelinha. Para exemplificar a atitude do Dr. Rafael - que não seria tão diferente à de Dado - Munhoz disse que o médico vereador chegou por último, mas queria sentar na janelinha. Contou uma história pitoresca envolvendo um vereador. Certa vez, em viagem a Brasília, Munhoz se sentou na do corredor, o vereador ao centro e um senhor na janelinha. Em certa altura da viagem, o senhor levantou e mais do que depressa o vereador pulou para a janelinha e ficou todo contente. Quando o senhor voltou, o vereador constrangido mudou ao meio e se desculpou dizendo: “eu achava que o senhor tinha descido!”

Diabético? Aproveitou para contar que antes do embarque dessa viagem, quando foram tomar um café no aeroporto, o mesmo vereador ao ser questionado se queria açúcar ou adoçante, ao optar pela segunda opção, a garçonete lhe perguntou: “o senhor é diabético?”. Resposta: “eu sou vereador de Itapira!”

Resultados. Um governista desabafou num clube da cidade, quarta-feira passada: “por mais que os opositores queiram tirar lasquinhas em benefício próprio o povo de Itapira está sentindo que o governo Paganini está começando a aparecer, são visíveis as melhorias na saúde e nos cuidados para com a cidade, percebeu, principalmente, que todo mundo está trabalhando e que os resultados tendem a crescer. Quem apostar o contrário vai dançar bonito!”

Quer mais! O Mestre Paganini não se cansa de dizer, aos seus colaboradores próximos, que o fato da população já estar sentindo as diferenças entre o seu governo e o do antecessor é muito pouco diante do que a cidade precisa receber até o fim do mandato dele: “acho que não haverá o dia que estarei totalmente satisfeito com o que foi realizado, pois sempre estarei pensando naquilo que ainda precisa ser feito. Em suma, a minha ansiedade continuará firme e forte, me acompanhando!”

Vale a pena batalhar! Nessa quarta-feira, Paganini retorna a Brasília atendendo ao chamado das secretarias de vários ministérios que ligaram agendando reuniões para que Itapira esmiúce os projetos anteriormente apresentados aos deputados. Satisfeito, Paganini comentou: ”isso mostra que as viagens anteriores, percorrendo gabinetes, levando os nossos pleitos, valeram a pena. Lá estaremos essa semana, eu e o Zé Armando, para buscar boas notícias para Itapira, que com certeza vamos trazer.”

Sala de rei. A ampliação da sede administrativa do SAAE parece ter sido um dos motivos que azedou a relação entre Dado e Paganini. A idéia foi vendida como uma melhoria significativa no atendimento ao público, mas ninguém imaginou que a suntuosa sala da presidência arquitetada para o piso superior estava nos planos do ex-presidente com seus 85 m2 de área construída e finamente acabada. Só para o acabamento, o SAAE gastaria mais de R$ 20 mil. Paganini poderia passar pela mesma situação vivida por Toninho Bellini com o episódio que ficou conhecido como o “banheiro do Alberto Mendes”.

Ferro por PVC. Assim que José Armando assumiu interinamente a presidência, a primeira ação foi resolver o problema da elevação exagerada, mais de 120%, da tarifa de água dos comerciantes e industriais, providenciar a mudança do sistema e programar a devolução imediata dos valores cobrados a maior. Depois debruçou no projeto da ampliação da sede e substituiu o acabamento da sala pela troca das tubulações de ferro fundido, material que requer manutenção constante, além de propiciar perdas irreparáveis de água tratada, por tubos de PVC.

Estarreceu-se. Nessa semana os trabalhos de troca das tubulações foram iniciados, Zé Armando pegou um pedaço do tubo de ferro fundido e mostrou para Paganini que ficou estarrecido com o que viu, com a quantidade de ferrugem depositada. Mais do que depressa, o prefeito determinou: “não é possível que o Cubatão, Vila Ilze e Vila Izaura continuem sendo abastecidos de água através dessas tubulações, vamos trocar tudo por PVC!”

Monumento ao desperdício. Segundo os colaboradores do SAAE, com a abertura da parte térrea da ampliação, o povo será mais bem atendido e não faltará espaço para os trabalhos internos da autarquia e nem para o presidente. Há quem diga que o ex-presidente do SAAE só planejou a sala naqueles moldes, pois pretendia se eternizar no cargo. De lá, dizem as más línguas, só sairia para ser prefeito da cidade. Um deles comemorou: “foi o fim do monumento ao desperdício.”

Quase no ponto. Dado se mostrou integrado ao partido PCdoB ao aceitar participar do encontro dos dirigentes municipais com o prefeito Paganini. Durante a conversa manteve-se calado – o que deve ter sido uma tortura – só se manifestou quando alguém tentou levantar o entrevero administrativo entre ele e Paganini. Com muita calma, em poucas palavras, disse que o deputado Amazonas já tinha conhecimento do caso e o assunto não prosperou, nem gerou constrangimentos. Tem gente louca para colocar palavras na boca de Dado, mas isso não deve acontecer para desespero dos eternos inconformados.

Pelas convergências. Para quem torce pelo revés na união do PSDB com o PCdoB, as notícias não são as melhores. O episódio valeu para provar que o caso Dado Boretti foi um fato isolado, motivado pelas constantes reclamações do aumento das tarifas de água, e que o partido segue firme e unido com o governo municipal. Para o deputado Amazonas, é deixar de lado as divergências e atuar com as convergências.

IDH de Itapira no ranking estadual. Em nossa região, as cidades de Amparo, Pinhal, Mogi Mirim e Mogi Guaçu estão entre as mais bem colocadas, Itapira ganha de Estiva Gerbi e Lindóia. Vale ressaltar que enquanto no período de 1991 a 2000, Itapira teve o maior salto no ranking estadual em relação aos vizinhos, de 2001 a 2010, foi a cidade que mais perdeu posições. Alguém arriscaria um palpite?