Dá-lhe Francisco. O deputado Barros Munhoz não cumpriu nenhum compromisso político neste final de semana em Itapira. Na sexta-feira deu um grande giro nas cidades da região e reservou este sábado para o batizado do neto mais novo.  Apesar de não dar as caras, a cidade não ficou de mãos abanando, ele conseguiu mais R$ 500 mil, para o custeio do Hospital Municipal, com o novo secretário da saúde David Uip. Esse reforço de caixa permitirá ao prefeito Paganini, principalmente, melhorar ainda mais as ações que requerem tratamento médico especializado em outras cidades.

Assiduidade, sempre. Nesta semana, Barros Munhoz esteve no DER, conforme noticiado pelo Dropes, com Clodoaldo Pelissioni para tratar de assuntos do interesse de Itapira e região, quando, num momento descontraído, saiu o comentário de que o deputado foi apontado como o mais assíduo nas atividades da ALESP. Pellissioni, bem-humorado, arrematou: “eu não sei como é que a Assembleia controla a lista de presença dos deputados. Mas aqui, no DER, eu sei e posso garantir o Deputado Barros Munhoz é o mais assíduo. Disparado na frente!”

Encarando a China. O desempenho das empresas soa como música para os ouvidos de qualquer prefeito. Para Paganini, prefeito que veio do coração empresarial local, soa como música dos deuses. Afinal, além de reforçar a economia da cidade, representa mais “dindin” nos cofres do tesouro, mais investimentos no município. Nesta semana, o anúncio da Estrela de que os pedidos cresceram 15% em relação ao ano passado, colocando a produção a todo vapor, fez o prefeito comemorar mais do que gol do Palmeiras para escapar do rebaixamento.

Déficit zero. O Mestre sabe que é difícil, mas não vai desistir do sonho tão fácil: quer zerar  o déficit de vagas nas creches. Nesta sexta-feira será inaugurado o complexo que abrigará cinquenta e seis crianças com até três anos de idade, no Educandário N. S. Aparecida, com o lançamento do Bolsa-Creche. Outras unidades estão contempladas, em processo de documentação: Barão, Cubatão, José Tonolli e Humberto Passarella.

Todo mundo ganha. Paganini acredita que as parcerias com mais duas entidades em fase de confirmação e a inauguração da unidade do Assad Alcici, o município vai chegar bem perto do déficit zero e ressaltou: “o importante é que o bolsa-creche, uma iniciativa inédita em nossa região, vai ajudar, também, as entidades assistenciais, permitindo-lhes melhorar a estrutura e a capacitação dos seus profissionais. Esse é aquele projeto que todo mundo ganha, principalmente, as crianças.”  

Sangue iluminado. O projeto Ilumina Itapira continua buscando parceiros para fazer desse Natal o mais bonito e o mais iluminado de todos os tempos. Não se sabe, ainda, se os esforços do secretário Marcelo Iamarino serão suficientes para dar conta do orçamento total. Paganini comentou ”é um projeto ousado, de difícil execução, pois precisamos da participação da iniciativa privada e não tivemos tanto tempo, mas estamos na luta. Vou dizer uma coisa, pode anotar aí, de um jeito ou de outro, teremos um grande Natal iluminado nem que seja preciso tirar sangue deste prefeito.”   

Merenda pode causar indigestão. Mais uma para a cabeça do ex-prefeito Toninho Bellini. O Tribunal de Contas determinou no último dia 30, a notificação dos responsáveis, dando lhes quinze dias para a apresentação das razões de defesa, argumentos, documentos e justificativas que entenderem pertinentes a esclarecer, objetivamente, as irregularidades consubstanciadas no processo de Contratação de Empresa para fornecimento de alimentação escolar.

Favas contadas. Tribunal detectou que apesar da empresa estar envolvida com a máfia da merenda, figurando em denuncias criminais na Ação proposta pelo Ministério Público não houve a adoção de medidas acautelatórias diante de indícios de condutas colusivas, que suscitavam relações cartelizadas entre concorrentes: “alguns dados constantes dos autos levam a crer que as duas empresas que participaram do certame estão ligadas à Geraldo J. Coan e Cia Ltda., que vem prestando os serviços em comento para a Origem desde o exercício de 2.005.”

Coincidência? Depois de enumerar outros pontos que mostram ligações entre as empresas participantes, o conselheiro relata: De outro lado, em procuração de fls. 240/241, a empresa Geraldo J. Coan e Cia Ltda., em que pese tenha sócios distintos da ERJ, é representada pelo mesmo Simon Bolívar da Silveira Bueno, que nomeia como sua procuradora a mesma Sra. Érika Eloise Viotto.”

Bonzinho, bonzinho.  O TCE diz ainda: Esse entendimento é corroborado pela ata da sessão pública de lances, na qual se observa que após a empresa B.B.L.C. Empreendimentos e Serviços Ltda. ter declinado ante a proposta da ERJ Administração e Restaurantes de Empresas Ltda., no valor de R$ 9.249.000,00 ainda assim esta última, na fase de negociação, reduziu este valor em R$ 1.249.000,00, passando sua oferta para R$ 8.000.000,00, demonstrando, s.m.j., que os preços poderiam ter sido mais reduzidos na fase de lances.”

Fraudes grotescas. Além dos inúmeros questionamentos de que as empresas concorrentes atuaram como num jogo de cartas marcadas, o conselheiro Dimas Ramalho informa: os endereços registrados no Contrato Social da B.B.L.C. Empreendimentos e Serviços Ltda.como local onde se situam sua sede e filiais, na realidade apontam para fraude grotesca, já que indicam área de terreno baldio, e até mesmo o prédio onde se situa a prefeitura de  Piracicaba. (doc. 05 – fls. 489/492). Da mesma forma, os endereços fornecidos no Contrato Social da empresa ERJ Administração e Restaurantes de Empresas Ltda., inserto às fls. 229/237, indicam locais abandonados ou de destinação diversa. (doc. 06 – fls. 494/496).

Já quem faz o certo! A concorrência processada pela Câmara Municipal de Itapira para contratar empresa especializada na administração e gerenciamento de cartões para aquisição de gêneros alimentícios chegou ser ameaçada pela empresa Sindplus que requereu a sustação do certame alegando, unicamente, a ausência de prazo para apresentação de rede credenciada, dizendo tratar-se de falha atentatória ao princípio da razoabilidade. O TCE, depois de considerar insubsistentes os argumentos deduzidos pela Sindplus, indeferiu liminarmente o pedido, negou o processamento da matéria e determinou o arquivamento do processo.  

Vicio de reclamar. O vereador Marquinhos, do PRB, está inconformado com o veto do prefeito ao projeto de lei de sua autoria, que alterava o código ambiental do município, alegando “vício de iniciativa” da matéria. O nobre edil até que tentou argumentar, mas acabou passando a ideia de que ele não sabia bem do que estava falando, nem do que se tratava a expressão.

O que é então? O vício de iniciativa ocorre com frequência no processo legislativo, quando os vereadores propõem projetos de lei sobre matérias que são de competência exclusiva do Poder Executivo. A proposta às vezes é apresentada, pode até ser aprovada, mas cabe ao Executivo sancionar ou vetar a lei.

Estágio. Com tamanha renovação na casa de leis, a ausência de astutos e experientes vereadores, o pouco conhecimento da lei orgânica do município e o regimento interno da casa fazem os erros aparecerem: pedem a palavra fora de hora, justificam votos sentados, solicitam leitura de matérias na íntegra, antes mesmo do assunto chegar à pauta... E por aí vai! Será que não tá na hora, depois de dois terços do mandato, dos vereadores se familiarizarem com a linguagem e os trâmites legislativos.

É ou não é. Obviamente, a falta de traquejo com as formalidades da casa não tira desse grupo nenhuma qualidade, salvo desatenção e mais estudo do regimento. Aliás, quando alguém critica a qualidade desses vereadores, além de demonstrar falta de conhecimento na área ou dor de cotovelo, nada mais faz do que criticar o povo de Itapira que optou em dar-lhes a proporcionalidade devida na eleição. Para ter outros naquelas cadeiras, bastavam opções melhores associadas a projetos consistentes. O povo não tem culpa se isso não aconteceu, fez o que podia.

Ignorância ou oportunismo. Na ânsia de mostrar serviço pensando que está bem na fita, tem vereador que nem se preocupa em descobrir se determinadas propostas já foram transformadas em projeto ou não. Foi o caso, desta semana, do PLC que aumenta de quatro para seis meses o período de licença maternidade na administração pública municipal. Depois de tantas e boas, tem gente achando que essa atitude não é ignorância, mas oportunismo barato. Será?

Olhar pra frente. É complicada a situação do Pronto Socorro do Hospital Municipal com as chuvas. No início do ano, a atual administração alegou que o problema vinha da herança maldita do governo anterior.  De fato, não se sabe se foi por incompetência ou interesses escusos, Além da falta de médicos e funcionários, farmácia e almoxarifados zerados e de saberem do problema do telhado, não deixaram previsão orçamentária para a realização dos serviços, que contribuiu para o retardamento das obras. Mas passados 10 meses, não dá mais para ficar jogando a culpa em São Pedro ou no Novo Tempo. Até quando o povo irá sofrer com as mazelas do poder? Vamos resolver!

Prioridade. Pior de tudo foi descobrir que a empresa que está realizando as obras, ao invés de priorizar a problemática das chuvas, começou a reforma pela parte do prédio que não tem infiltração. Precisa falar mais?

Orquestração. Mas tem uma questão que está enfurecendo a maioria dos funcionários do Hospital Municipal que estão determinados a restabelecer os bons serviços que colocavam a unidade hospitalar de Itapira entre as modelares do setor. Segundo esses funcionários, um pequeno grupo ligado à administração anterior, além do corpo mole e indícios de boicote, está com a missão de acionar os oposicionistas sempre que alguma ocorrência negativa acontecer. Chegam ao cúmulo de primeiro levar a informação aos antigos chefes políticos e aos novos desafetos, para depois tentarem resolver a situação dos pacientes.

Invenção. O trabalho desse pequeno grupo não tem sido tão produtivo como seus antigos chefes esperam. O HM vem superando as dificuldades e melhorando os serviços a cada mês. E a população atendida já começa a perceber o esforço. A forte chuva que alagou o setor de atendimento do Pronto Socorro fez com que todo mundo arregaçasse as mangas e colocassem um sistema alternativo em funcionamento. Ninguém deixou de ser atendido, nenhum paciente reclamou. Mas mesmo assim, além de potencializarem a desgraça do acontecido, como em outras oportunidades, inventaram que o terceiro andar também estava totalmente alagado, o que não aconteceu.

Marina no PSB. O Tribunal Superior Eleitoral negou registro à Rede, o partido da Marina Silva. A decisão impede o partido de concorrer em 2014. Depois de ser convidada por várias agremiações, Marina optou pelo PSB para adensar a candidatura de Eduardo Campos.

Essa não deu. O registro negado à Rede e a decisão de Marina pelo PSB furou os planos do grupo oposicionista itapirense que nunca engoliu o PT, nem Lula, nem Dilma, mas não podia fazer campanha aberta para o candidato do PSDB por conta de Barros Munhoz. Campos, além da ligação estreita com o deputado, o PSB integra a base governista de Paganini. Marina na Rede ou em qualquer outro partido seria uma grande solução. Mais uma vez, neutros ou campanha pró Dilma de má vontade.

Dote. O PPS que queria Marina da Silva, agora não quer mais. Decidiu na tarde deste sábado que não vai apoiar a chapa Eduardo Campos e Marina. A ex-senadora não admitiu a candidatura a vice, mas esse deverá ser o caminho. Por outro lado, as pesquisas poderão mostrar que Marina é boa como presidente e fraca como vice se não levar a Campos o seu dote eleitoral. E aí, Campos abrirá mão para Marina?

Política é isso? Com a pré-campanha eleitoral de 2014 já se desenhando, o acirramento começa a tomar conta de todos os envolvidos e com isso o afloramento do temperamento explosivo de alguns. Essa semana, presenciamos uma discussão entre integrantes de dois grupos diferentes, que por pouco não chegaram às vias de fato. No nosso entender, não vale a pena a briga, até porque briga de político é igual a briga de marido e mulher, no final acabam juntos!

Política é isso! Também é do nosso entendimento que quem briga por ideias jamais parte para a violência física, jamais transforma as ideias divergentes em questões de ordem pessoal, jamais considera os contrários, como inimigos mortais. Quem faz isso, não briga por ideias, briga pelo bolso. Quando vê seus interesses escusos ameaçados. Coisa de gangster!

Nino Marcati e colaboradores

[email protected]