Ação civil pública. Como se sabe, a atual administração ingressou com uma ação civil pública pedindo o ressarcimento dos prejuízos provocados pela má gestão do Hotel Fazenda Esperança durante os oito anos dos novotempistas, avaliados em 5,2 milhões de reais.

Quis abrir a tarrafa. O Ministério Público entendeu que a ação deveria abarcar todos os prefeitos e administradores envolvidos com o Hotel Fazenda Esperança desde a sua fundação, por conta dos resultados negativos e má gestão. Pediu, então, que a Prefeitura incluísse no polo passivo todos como responsáveis solidários.   

Tiro no pé... Para uma oposição que anda mais acanhada do que gordo em piscina funda sem escada, tendo que forjar, de vez em quando, acontecimentos só para dar o ar da graça, o pedido do promotor foi recebido como uma benção dos deuses e, rapidamente, transformou a hipótese em tese. Classificaram a iniciativa da prefeitura, por tentar responsabilizar o governo anterior, como um tiro no pé.

A alegria durou pouco. Esqueceram-se de que a justiça teria que acolher o apontamento do MP, para só depois disso, o departamento jurídico da prefeitura ser acionado e fizeram a maior festa, antes do tempo. Pois é, o juiz entendeu que os prejuízos apontados na ação civil pública se restringiram, exclusivamente, aos oito anos do governo Toninho Bellini. Entre o que ele pegou e o que ele deixou.

Mudança no jurídico. A fé dos opositores era tão grande que chegaram a propagar erros que o secretário de negócios jurídicos e cidadania, Guto Urbini, teria cometido na propositura da ação e, por consequência, que estaria com os dias contados.

Prometeu fechar. Aliás, não custa lembrar, quando Toninho Bellini assumiu a cadeira da João de Moraes, como promessa de campanha, deveria fechar o Hotel Fazenda logo no primeiro ano. Só não o fez, depois que as contas revelaram outra situação: dava lucro, tinha uma vigorosa plantação de café orgânico (tipo que hoje vale ouro), outras plantações e muitos animais. Parte do consumo vinha da própria fazenda, além da economia, era um grande chamariz.

Mas não fechou. Descobriu que em determinados momentos do ano, o Hotel não só lotava completamente, como chegava a ter mais de cinquenta famílias na lista de espera. Naquele momento, o Hotel Fazenda já era bem conhecido. Quem visitava, voltava e indicava. A tendência era crecente.

Fez pior (1). O governo novotempista deitou na fama do hotel e achou que ele seguiria avante de qualquer maneira. Abandonou as plantações, inclusive o café orgânico que se perdeu. Os animais, praticamente, desapareceram. O hotel chegou a ser totalmente abastecido por fornecedores externos.

Fez pior (2). Relatos da época afirmam que muitos diretores e apaniguados passaram a utilizar das mordomias, ora para hospedagem, ora para almoços ou jantares bem regados a bebidas finas. Os estoques mal administrados, sem controle, eram descartados deteriorados. Litros de bebidas sumiam como fumaça.

Fez pior (3). Mantiveram na gerência, por um bom tempo, uma pessoa, que além de pouca coisa entender de hotel, tratava mal tanto funcionários como os hospedes, mas cuidava dos amigos do rei, como ninguém. Essa pessoa usava os sábados e domingos, os dois principais dias de movimento, para banhos de sol e de piscina junto aos hospedes, enquanto o hotel ficava ao Deus dará.

Motivos. Informações preliminares colhidas por esta redação dão conta de que não foi muito difícil para a justiça entender que os prejuízos apontados na ação civil eram exclusivamente do governo Bellini, como, por exemplo, deixar de pagar os aluguéis acordados, destruir todas as plantações, permitir que móveis e equipamentos sumissem de lá, como por encanto, ou se deteriorassem. Entendeu, também, que a administração falhou na manutenção e na preservação do imóvel.  

Comparação. Enquanto nos períodos anteriores foram realizados investimentos para montar toda estrutura, colocar à disposição do mercado 34 apartamentos, número este considerado suficiente para equilibrar financeiramente o empreendimento. Nos seguintes, nada foi investido, muita coisa foi extraviada e relaxada, até o encerramento.   

O maior prejuízo. Estima-se, entretanto, que o prejuízo com o fechamento do hotel é incalculável. Pois além dos resultados diretos que o hotel poderia auferir na continuidade, o turismo rural e ecológico e os esportes radicais já estariam consolidados, beneficiando propriedades rurais, hotéis, restaurantes e o comércio em geral, hoje, fonte de riqueza para muitos municípios da região. Itapira tem essa vocação.

Contas aprovadas. Quando se fala em aprovação de contas, Munhoz é um dos poucos políticos (com mais de trinta anos de vida pública) a não ter o que reclamar. Todas elas, cerca de doze – de prefeito a ministro - foram aprovadas.  Hoje, as últimas contas, como presidente da Alesp, foram julgadas sem apresentar qualquer irregularidade e aprovadas. Nesses quatro anos, como presidente daquela casa, Munhoz administrou mais de quatro mil funcionários e um orçamento superior a R$ 3 bilhões.

Plano Real (1). Nesta terça-feira, os 20 anos do Plano Real virou festa tucana no Congresso Nacional. Por lá, o senador Aécio Neves perdeu a oportunidade de exaltar a importância do Plano para o Brasil, mostrando-se mais preocupado com a eleição que se aproxima. Aécio usou o ato para espinafrar o PT. Não custa lembrar que foi o próprio PSDB que pouco soube defender a cria e seus criadores, FHC & Cia.

Plano Real (2). Coube ao deputado Barros Munhoz a defesa do Plano Real na Assembleia Legislativa. Munhoz leu um artigo de Lula sobre o Plano Real, enalteceu o presidente Itamar Franco que compôs a equipe econômica coordenada por Fernando Henrique, responsável pelo Plano Real. Lembrou o tempo que este país convivia com inflação superior a 80% ano mês. Falou da importância da estabilidade na moeda, dos ganhos dos brasileiros e dos avanços que o país teve em decorrência. Deu os devidos créditos tanto à dupla Itamar/FHC como a Lula/Dilma.

Amigo dos servidores. Munhoz tem sido considerado por alguns sindicatos, principalmente do setor público, como um bom caminho para conquistas. Na semana passada, os sindicatos dos químicos buscaram o apoio e intermediação dele no impasse criado entre os químicos da Sabesp e a estatal hídrica. Munhoz se comprometeu a intermediar um diálogo entre o sindicato e os dirigentes da companhia de saneamento, o mais rápido possível.

Amigo da Saúde. Outro ponto que Munhoz não tem deixado barato é o setor da Saúde. Isso tem sido evidenciado pela defesa intransigente das Santas Casas e da correção da Tabela do SUS, que hoje foi reconhecido pelo secretário da saúde, David Uip, em visita à ALESP.

Pai do AME de Amparo. Mas foi no sábado que Munhoz ganhou mais um título, o de pai do AME de Amparo, depois que ele conseguiu o que era, praticamente, impossível. Amparo tinha sido a cidade escolhida para receber o AME para aquela região, mas o prefeito anterior ao não ceder o terreno para a construção, entregou de bandeja para Atibaia (que já está em funcionamento faz tempo). Munhoz lutou, conseguiu abrir a brecha e mais R$ 4 milhões para a construção.

GAT na balança... Ventila-se que o GAT (Grupo de Apoio Tático) de Itapira teria sido desmontado pelo prefeito Paganini depois de alguns problemas gerados pelo grupo e o acidente que envolveu uma viatura. Paganini esclareceu: “por ora, nada foi desativado. Foi aberta uma sindicância para apurar aquele acidente que envolveu a viatura, mas todos continuam atuando junto à corporação. Aguardarei o resultado da sindicância para tomar uma decisão definitiva. Farei sempre o que for melhor para Itapira.”

Doeu? Nesta terça-feira, o prefeito Paganini acompanhou o pessoal ligado ao Hospital Municipal e à Santa Casa em São João da Boa Vista para avaliar e discutir estratégias de ação para melhorar o sistema público de saúde de Itapira. Detalhe: essa foi a primeira vez, na vida, que os dois principais equipamentos de saúde do município se sentaram para discutir ações conjuntas de ação na área de saúde da cidade. Não parece mentira?

Mudanças no front... A sessão de câmara desta terça-feira tinha tudo para transcorrer sem sustos, não fosse o tempo para uma reunião solicitado pelo sindicato dos servidores municipais (que interrompeu a sessão por cerca de vinte minutos) e a mudança de postura nas votações das iniciativas dos vereadores oposicionistas (Rafael e Cesar), que foram aprovadas por unanimidade. Para o líder Mauricio, as indicações sérias, não oportunistas e de interesse da população receberão sempre o mesmo tratamento.

Maturidade política! Existe um fator que essa câmara merece todos os elogios dos eleitores itapirense. Até hoje, independentemente das críticas veiculadas pela imprensa, reais ou fantasiosas, tem recebido de todos os vereadores o respeito à liberdade de expressão. Ao contrário do que ocorria no passado, nenhum vereador foi desrespeitoso com a imprensa. Isso pode parecer pouca coisa, mas não é não. Saber lidar com a diversidade de ideias é prova absoluta de maturidade política e de respeito à democracia.

O exemplo vem de cima. Justiça seja contabilizada, apesar dos ataques, nem todos honestos e bem intencionados, a administração Paganini vem se comportando muito bem nessa área, também. Quando é caso de informação correta, se manifesta e esclarece. Quando é pura provocação, deixa quieto. Raramente lança críticas contra seus críticos.

Grande homenagem. Um dos ataques, por exemplo, se refere à placa do Capitão Bellini que foi retirada da entrada da cidade, creditando desmerecimento da cidade ao filho mais ilustre. Paganini, na ocasião, entrou em contato com Toninho Bellini, explicou as razões da retirada e esclareceu que já preparava uma bela homenagem para o grande capitão, uma homenagem justa, sincera e definitiva. Quanto aos opositores, deixou o burro que pule.