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Notícia
10/08/2014 | Dropes nº 351

O mais duradouro Confirmadas as informações do relatório da sindicân­cia no SAAE encaminhado, esta semana, para a Câmara Municipal o desfecho poderá levar o governo de Toninho Bellini e os presidentes do SAAE (Neiroberto Silva, Antonio Eduardo Boretti e Gilzelda Froes), todos indicados por ele a contemplar o posto de um dos sistemas de desvio de dinheiro público mais duradouros na história dos muni­cípios brasileiros.

R$ 2 milhões é pouco A auditoria no SAAE constatou que os documentos da tesouraria referentes aos anos de 2008, 2009 e 2010 simples­mente desapareceram. Graças a esse expediente, o rombo verificado diminuiu. Sem as fitas de máquina, sem recibos, sem boletins de caixa, ficou difícil levantar tintim-por-tintim. Agora, outros mecanismos de investigação poderão ser adotados para chegar ao rombo propriamente dito.

Pode passar dos R$ 10 milhões As estimativas mais otimistas acreditam que o SAAE em oito anos e meio sofreu um ataque superior a R$ 10 milhões. Em 2008, cujos documentos de tesouraria foram encontrados e foi o primeiro ano auditado, a divergência girou em torno de R$ 1,6 milhões.

Nova estratégia Espantosamente, no ano seguinte, sem os documen­tos, a divergência caiu para R$ 172 mil. Reduzindo nos dois anos seguintes, também sem documentos. Em 2011, quando os documentos de tesouraria foram encontrados, a divergência continuou baixa, mas acredita-se que outras estratégias foram adotadas e não descobertas até agora.

A história dos cheques É fato, a troca dos cheques no SAAE só constitui irregu­laridade que caberá a Paganini responder se foi ele próprio ou a mando dele que o desconto se processou, já que ele não estava e não está impedido de doar dinheiro para ne­nhuma instituição ou time de futebol, não está impedido de emitir cheques e nem seus cheques estão proibidos de serem transacionados na praça. Só não é permitido a ele e a qualquer outro, por mais privilegiado que seja, trocar os cheques com dinheiro público.

Rastreamento Mas os cheques foram entregues para Flavio Boretti, irmão de Dado Boretti que era presidente do SAAE, até agora não negou que tenha recebido os referidos cheques, mas também não disse o que foi feito com os ditos-cujos. Quem recebeu esses cheques, com quem foi negociado. É o tipo de situação que pode ser facilmente explicada, desde que os participantes não tenham feito nada de ilegal.

Cadê o nome do beneficiário Mas uma coisa já está provada. Como o caixa do SAAE era totalmente controlado pela Sra. Gizelda Froes ela sabe exatamente quem foi que trocou os cheques e com que intenção, já que as cópias que foram distribuídas aos opositores de Paganini foram realizadas antes dos cheques serem depositados.

Explica-se. Todo depósito em cheque acima de R$ 100,00 deve ser nominal. As cópias que estão nas mãos dos opositores não constam no campo apropriado o nome do beneficiário, logo a cópia pode ter sido feita logo que entrou no caixa. Que interesse havia nessa troca ao distribuir as cópias para os opositores de Paganini?

No Caixa do SAAE, R$ 45 mil Segundo a auditoria, o Caixa do SAAE estava com um saldo de R$ 45 mil desde o mês de maio, considerando que ninguém seria louco de manter dinheiro fora do cofre e sem segurança interna, onde ficou esse dinheiro por tanto tempo? Supondo que os R$ 20 mil foram trocados nesse período, onde ficaram os outros R$ 25 mil. Como se vê, as investigações terão muito trabalho para estas e outras perguntas.

Espingarda torta Os envolvidos no caso do SAAE depois de não con­seguirem acordo para que o processo de apuração das irregularidades continuasse partiram para o plano B, entraram com uma ação contra o prefeito Paganini, no bojo, os cheques. Mas há quem acredite que a intenção é atirar num canto para acertar no outro. Nesse processo, outras pessoas que tiveram os cheques nas mãos serão arroladas, o plano C.

Vai dar com a língua nos dentes Mas os envolvidos estão dizendo para os mais próximos que eles estão aguentando toda a pressão sozinhos sem o apoio de ninguém, mas se não houver uma reversão, se ninguém aparecer para dar uma luz, a entrega será total, o plano D.

Cenário 09/0/2014

 

 

 

 
Fonte: Da Redação do PCI

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