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16/03/2015 | Editoriais A Cidade: O que esperar?

  

É direito do cidadão questionar a qualidade e as ações dos vereadores no exercício do mandato. É legítimo ter o desejo de ocupar uma cadeira legislativa ou aglutinar pessoas para formar uma base de apoio na tentativa de eleger um representante condigno. Posicionamentos que indicam que cada legislatura se apresente com um poder legislativo melhor e mais forte. Mas como os candidatos em potencial ou apoiadores podem levar um projeto dessa natureza em frente?

Não há como ser vereador sem voto, por melhor e mais bem intencionado que o interessado possa se apre­sentar. Dois requisitos são básicos: formar um grupo de candidatos para buscar votos em todos os cantos, para que a soma garanta, pelo menos, o coeficiente eleitoral mínimo para uma cadeira, e, individualmente, difundir ideias, fazer críticas e discutir soluções nas ruas, com o povo. Esse, por sua vez, pode e deve acompanhar as sessões em curso para entender o mecanismo de funcio­namento de uma casa legislativa. Mas nem todos, que lá comparecem, estão nesse caminho.

Um grupo oposicionista tem comparecido às sessões com o propósito transparente de tumultuar os trabalhos da atual legislatura, como se essa intervenção não preju­dicasse o povo que eles pensam representar um dia. Pior que isso, tem sido a tentativa, desse grupo ou mentores, de confrontar os vereadores não só através da violência verbal, mas com ameaça física amparado por jovens prontos para o que der e vier.

Como imaginar evolução advinda de candidatos em potencial que não sabem respeitar a representação outor­gada pelo eleitor itapirense, desrespeitando as regras da casa onde pretendem exercer suas aspirações políticas? Depois, não conseguindo o mínimo para eleger um único vereador, a culpa é do bispo.

 

 Quinto mandato

O deputado estadual José Antonio de Barros Munhoz assume neste domingo o quinto mandato parlamentar levando na algibeira do velho e surrado paletó xadrez, ainda presente no imaginário popular itapirense, a maior votação fora da grande São Paulo. Partindo de uma cidade do porte de Itapira, de uma região que conseguiu eleger ao longo da história raros representantes e quando o fez, nos últimos tempos, de forma efêmera sem deixar lastro ou saudades, Munhoz não ganha importância e destaque no cenário político brasileiro à toa.

Depois de ocupar o poder executivo itapirense por quatorze anos e outros dezesseis uma cadeira no legislativo paulista, Munhoz também leva na mesma algibeira, trinta anos de cargos ocupados devidamente consagrados pelo voto popular. Razão primeira para que seus opositores não o suportem. Razão de onde nasceram não só as críticas contrárias à liderança local e estadual que ele aglutina, mas também a luta dele – às vezes exageradas - em não ver destruída as aspirações políticas herdadas e construídas.

A maioria deve sim regozijar-se com mais essa posse ou parte talvez continue curtindo as dores de cotovelo, que em alguns casos somam mais de trinta e oito anos.

 

 Provando do próprio veneno

“A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas.” A frase cunhada por Sir Winston Churchill há quase sessenta anos deveria estar grafada em quadro colocado sob o criado mudo, ao lado do travesseiro de algumas pessoas, para ser visto e refletido todas as noites.

Estamos experimentando o momento mais consis­tente da jovem democracia brasileira. Passando por ele, certamente, ficaremos mais longe das ditaduras. Uma ameaça constante, presente ainda na América do Sul e alimentada, de vez em quando, por brasileiros de direita espalhados por este país.

Neste final de semana teremos manifestações contra o governo de Dilma Rousseff em várias cidades brasileiras. Sem entrar no mérito ou na oportunidade ou na eficácia instantânea desse movimento, o fato merecedor de aplausos é ver o povo avançando no desejo de interferir, cada vez mais, no destino do país. Certamente, tarde. Melhor que nunca.

É inegável, contudo, que essas manifestações foram instrumentalizadas, lá atrás, pelas mãos petistas, hoje foco das contrariedades. Isso é democracia. O PT pode até não gostar do que vai ver, mas jamais poderá condenar os atos, publicamente.

Fonte: Editoriais A Cidade

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