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Itapira, 02 de Maio de 2024
Notícia
15/07/2011 | Entrevista: A vereadora Sonia Santos, na íntegra.
  
A vereadora Sonia Calidone dos Santos recebeu nesta quarta, dia 13 de julho, às 9h, Beto Coloço e Nino Marcati para quase noventa minutos de entrevista. Todos os assuntos foram abordados. Acompanhe a íntegra:
A Cidade – Em 1982, quando você entrou para o PT de Itapira, na sua bagagem tinha a luta estudantil e o jeito carioca de falar. De lá para cá, você criou outra família, mudou de profissão, ficou rica, mas continua no PT. O que mudou em Sonia?
Sônia Santos – Mudou muita coisa. Primeiro, eu posso dizer para você que eu perdi a inocência. Politicamente, aquela Sônia utópica, que acreditava na transformação, isso ainda existe. Talvez em uma escala menos, mas existe. Por quê? Porque tudo mudou, não foi só eu que mudei. O PT mudou. Colocando em nível nacional, quando eu vejo hoje o meu partido se juntando a um PR pela governabilidade, tendo um Michel Temer e um José Sarney como aliados, você vê que o PT deixou muitas coisas para trás. Graças a Deus, eu nunca vou ser presidente da república, porque este tipo de acordo eu não faço.
E o PT de Itapira por sua, também não caminhou. Hoje, particularmente, eu me sinto como uma pregadora no deserto. Veja a situação do Partido dos Trabalhadores em Itapira. Se você me perguntar como está, eu vou dizer que sei tanto quanto você. Você pode não acreditar, mas é verdade. Na última reunião do partido fomos apenas eu e o Edson. Isso porque eu pedi que o partido se posicionasse frente à administração Toninho Bellini. Porque quando este governo se compôs, como vice, o PT queria ter algumas secretarias importantes para que nós pudéssemos dar a nossa cara, mostrar quem que o PT é, pensando em uma sucessão natural com um candidato do Partido dos Trabalhadores. No primeiro momento, o prefeito colocou seus amigos. Na primeira reunião, quando o Toninho ganhou a primeira vez, eu participei e por isso eu posso falar, nós tínhamos uma pessoa muito interessante para colocar na área de licitação, não sabíamos se ela aceitaria, enfim, o prefeito decidiu colocar sua amiga de faculdade, a Enide e o Márcio Benvenutti. Aí, a primeira que coisa que eu percebi: é o prefeito que tem a caneta na mão.
Aí o PT ficou com as secretarias de Assuntos Jurídicos e Cultura. Uma foi extinguida e a outra meu marido, que tinha sido indicado pelo partido, é bom que fique claro, pediu exoneração da outra. Na última reunião do partido, eu exige que o PT tomasse uma atitude nos seguintes termos: a secretária não era do Antônio Carlos, nem do Carlão, era do PT, e o partido tem que exigir do prefeito estas duas secretarias. Que o partido fez: todo mundo ficou na sua, preferiram ficar com seus cargos menores, e a coisa está do mesmo. Tanto que até hoje, a secretaria de administração, uma das mais importantes, tem a sua frente uma pessoas técnica, mas que não é política.     

“nós tínhamos uma pessoa muito interessante ... O prefeito decidiu colocar sua amiga de faculdade, a Enide e o Márcio Benvenutti. Aí, a primeira que coisa que eu percebi: é o prefeito que tem a caneta na mão”.

 
A Cidade – Sabemos que nenhum governo é cem por cento honesto, nem cem por cento correto nas suas iniciativas, infelizmente. Você não acha que deu uma carta branca de longa duração ao governo do Novo Tempo?
Sônia Santos – Dei. Aí você começa a pensar da seguinte forma. Primeiro. Eu realmente entendo que tenha sido uma peça fundamental para a derrubada do Barros Munhoz. Não sozinha, mas uma das pessoas importantes nesta derrubada. Quando começou o governo, não poderia simplesmente ser oposição. Sou contra a terceirização, mas como no início a situação da merenda e do lixo, por exemplo, se encontravam uma calamidade, o combinado com o prefeito seria que no primeiro mandato estes serviços seriam terceirizados, mas que em um possível segundo mandato, a prefeitura assumiria estes serviços. Ele deu a palavra dele, e temos a Coan, a Sanepav aí até hoje. Muitas coisas eu agüentei pela governabilidade, mas chegou uma hora que não deu mais.
A Cidade – Você já disse mil vezes de não ter indicado o seu marido para integrar o governo e nós acreditamos nisso. Mas você, além de petista é uma ferrenha defensora da ética. O que foi que aconteceu nesse caso, a ética, o discurso político, a história, enfim, todos abandonados, todos esquecidos? 
Sônia Santos – De jeito nenhum! É que as pessoas não têm a compreensão de que Executivo e Legislativo são dois poderes distintos. Se o Antônio Carlos fosse meu subordinado ou eu a ele, isso eu jamais permitiria. Como eu ainda acredito na independência destes dois poderes, mesmo porque meu marido nunca teve interferência na minha atuação e vice e versa, não há subordinação. Além disso, foi uma indicação do Partido dos Trabalhadores para um cargo do qual ele é técnico. Eu digo pra você: minha ética continua a mesma e meus valores continuam os mesmos.  
A Cidade – Mas você tem noção que isso te afetou perante a opinião pública?
Sônia Santos – Não acredito. Acredito que o que me afetou foi ter sido líder do Toninho Bellini durante quatro anos.
A Cidade – Alguns projetos que você defendeu,  ajudou a aprovar e credita como avanços dessa administração exalam odores de corrupção por onde quer que eles sejam implantados. Sabemos que a merenda escolar, limpeza urbana, coleta de lixo, transporte coletivo, entre outros, trabalham com as famosas caixinhas que variam de cinco a vinte por cento, dependendo do acordo. Você se sente segura sobre a possibilidade de não ver, amanhã, esses contratos envolvidos em esquemas criminosos?
Sônia Santos – Eu sempre falo que cada um sabe o que faz na sua vida. Eu defendi isso pela governabilidade, depois que o prefeito nos garantiu que após quatro anos o município retomaria os serviços. Digo para você que nunca participei de uma reunião com nenhuma terceirizada. Nem meu marido. Isso foi coisa de gabinete. Mesmo porque, vou abrir este parêntese, o PT está no governo, mas o prefeito nunca confiou em ninguém do PT. Se tiver corrupção, eu espero do fundo do coração que o Ministério Público investigue e coloque na cadeia se ficar provado que alguém levou propina. Se um cara me assalta na esquina, é bandido, ladrão.  Se tira dinheiro do povo, para mim é ladrão do meso jeito.
A Cidade – Você tem desconfiança neste sentido ou não?
Sônia Santos – Se eu tivesse alguma coisa já tinha entregue ao MP. Mas, uma leve desconfiança eu tenho sim, só não vou falar de quem.

Eu acho que ele não tinha como dizer não ao Manoel. Agora, o porquê eu não sei.

 
A Cidade – Você sabe me dizer por que a Sanepav não implantou a coleta seletiva, apesar de prevista em contrato, desde o início?
Sônia Santos – Não. Eu não sei. Mas no mínimo porque o prefeito não cobrou.
A Cidade – Você não digeriu a primeira eleição para a presidência da casa, no primeiro mandato. Você pode dizer o que faltou para que você fosse eleita? Quem vacilou?
Sônia Santos – Faltou vontade do grupo que eu sempre apoiei. É o que eu já falei. Embora o PT esteja na administração, o Toninho nunca confiou no Partido dos Trabalhadores, nunca confiou em mim. Quando assumimos o governo, o Manoel disse que estaria indo para o governo e perguntou se eu queria ir para a Administração. Eu disse que não, que gostava da Câmara e que poderia ser mais útil lá. Acho que tinha condições e deveria voltar na presidência. Isso porque eu Manoel comemos pedra e engolimos sapos na época do Barros Munhoz. O Toninho Bellini ganha para prefeito, o Manoel dá a volta por cima e volta como chefe de gabinete. Então, ao meu ver, eu tinha o direito de também voltar por cima, como presidente da Câmara. No dia 30 de dezembro, em uma reunião na casa do Flávio Pavinatto, me tiraram da jogada. E nem por isso, fiquei contra o prefeito, porque ao meu ver, eu tinha a responsabilidade da  governabilidade. Faltou confiança e vontade do prefeito. Não teve vacilo, teve trairagem.

Agora, na minha opinião, para o PT continuar na administração, teria que exigir as duas secretarias do prefeito. Qual o discurso o PT vai ter?

 
A Cidade – No apagar das luzes em 2010, logo após a eleição do vereador Manoel Marques para presidência da Câmara, você decidiu se desligar do governo Novo Tempo. Na ocasião, você alegou que teria havido um quebra de confiança, um “passa moleque”, para usar suas próprias palavras. O que de fato aconteceu naquela oportunidade? Havia um pré acordo em torno do seu nome para aquela eleição que não foi cumprido ou você vislumbrou a oportunidade de desvincular sua imagem do atual governo que já vinha desgastado naquela época, tendo em vista a possibilidade de alçar vôos maiores em 2012?
Sônia Santos – Nem uma coisa, nem outra. O que aconteceu foi o seguinte. Eu não tinha mais a pretensão de ser presidente da Câmara. Já tinha passado todo aquele desgaste, já sabia se eu fosse de novo ia ter outro “passa moleque”. Mas entendia também que o Manoel não devia. Mas eu falo as coisas às claras. Teve uma reunião, onde foi colocado que tinha interesse em ser candidato, e eu falei o seguinte: Manoel, eu acho legítimo o seu direito de concorrer a presidência da Câmara, todavia, não acho correto. Assim como eu, você também é um pré candidato a prefeito, e aquele que for presidente da Câmara, vai estar em melhor condição lá na frente quando o grupo se reunir para decidir por um candidato. Isto é lógico pela visibilidade que o presidente tem. Dá entrevista no jornal, fala no rádio toda semana, etc. O meu nome naquela ocasião era o Mino, irmão do prefeito, que não poderia ser candidato a prefeito. Foi eu quem sugeriu ao Mino tentar alguma voto da oposição, tendo em vista o bom relacionamento que ele tinha com eles. Nas contas, imaginávamos 3 a 3 e ia sobrar para o prefeito decidir. Quando cheguei na reunião, o prefeito virou para mim e disse que não queria seu irmão candidato a presidência da Câmara. O candidato é o Manoel e o Mino vai votar nele. Aí eu falei espera um pouco! Estou aqui pagando de palhaça? Tudo já organizado e eu sou a última a saber? Aí eu disse, e talvez tenha sido este meu único erro, que se era o voto que o Manoel queria, ele iria ter, mas que estava fora do grupo, porque eram todos “moleques”. Isso foi meu limite. Não posso compactuar com que fala uma coisa e faz outra.    

Não, eles não têm esta competência. Mas olha o quadro que o Bellini coloca hoje para o próprio grupo.  Sebastião Manoel está de partida, Siqueira dos aposentados já debandou, e seguindo o irmão do prefeito, sairão outros tantos.

 
A Cidade – Apesar da sua disposição democrática, desde que você assumiu o comando do PT em Itapira, sem ser, necessariamente, presidente do diretório, você tem controlado o partido com mão de ferro. Indicou o Edson para ser vice. Acreditam que você usou a condição de ser vereadora, para manter o status quo. E até hoje, apesar de parte do partido se declarar contra você e querer você fora das decisões, mesmo assim, você continua firme como uma rocha. Pesam sobre você essas e outras acusações. Até onde elas são verdadeiras?
Sônia Santos – Primeiro que eu nunca tive o partido nas mãos. Segundo que não indiquei o Edson para vice. A César o que é de César. Todas as campanhas do PT nesta cidade quem organizou foi o meu marido. Tudo, para deputado, ele contratava o povo, tirava dinheiro do bolso, porque ninguém queria saber de nada. Em uma das reuniões, falou-se em fazer uma feijoada, ninguém apareceu na reunião seguinte. Então, eu pergunto, o que o pessoal do PT de Itapira faz? Se como vocês mesmo dizem que eu estou isolada no PT, como posso impedir a entrada de filiados. Mentira. E depois outra, hoje você pode se filiar até pela internet. Queria sim que o partido tivesse mais de mil filiados aqui em Itapira, que pudesse disputar com chapas, etc. Aliás, as reuniões são sempre as mesmas.
A Cidade – Uma questão você não poderá negar, pois ganhou a imprensa. A decisão de abandonar a base aliada e caminhar de forma independente deveria ter sido passada, necessariamente, pelo partido, mas não foi isso que aconteceu? Não estaria aí um lampejo autoritário ou de segurança de que tem o diretório nas mãos?
Sônia Santos – Ou de uma mulher né... Mulher é meio assim, uterina, viceral. Foi um erro? Eu diria que meio erro. Quando fecharam no nome do Manoel como candidato, eu fiquei enlouquecida. Esta decisão não foi pensada. Foi tomada na hora. Você fala em autoritarismo, mas acho que foi mais falta de companheirismo do que autoritarismo. Até meso porque o partido está até hoje para se reunir e discutir isso. Não ouvi o PT e talvez o partido não aceitaria a minha saída do governo.
A Cidade – Aliás, por favor, me explica. O que é ser uma vereadora independente? Como ser oposição ao prefeito, sem alinhar-se aos seus opositores. Se bem que, ao que me consta a câmara está muito parecida com os tempos áureos de Munhoz. Você concorda?
Sônia Santos – O que eu estou fazendo. Esta semana tinham três projetos que se fosse ver eles teriam que ir para a ordem do dia da próxima sessão, só que a Câmara entra em recesso a partir da próxima quinta-feira. O Manoel chegou para mim e disse que tinha uma verba a ser aprovada para o Festival de Fotografia, para o SAAE e para outra entidade, e perguntou se podia chamar na ordem do dia daquela sessão. Eu disse claro que pode. Durante o meu discurso no pequeno expediente, eu também falei sobre algumas pessoas que estão deixando o grupo do Toninho para se aliar ao Barros Munhoz. Eu sempre digo o seguinte: não subirei no palanque do Bellini e tampouco no do Munhoz. Lamento do prefeito estar perdendo a base aliada. Porque se é ruim com o Toninho é pior com o outro, que é como uma ditadura. Não podemos nos esquecer disso, porque senão volta a ser.
Ser independente é isso. Aprovar o que for bom para a população, investigar o que não for bom e votar contra o que não for de interesse do povo. 

Pergunta para o Bellini a quem ele deve o seu segundo mandato? Quero saber se outra pessoa faria o que meu marido fez no caso da denúncia de material de campanha sendo confeccionado na prefeitura...

 
A Cidade – Falando em 2012, durante nossa última entrevista, você confidenciou que não disputaria nas próximas eleições uma vaga no Legislativo e se colocou como possível pré candidata a prefeitura. Você continua com a mesma opção?
Sônia Santos – Como a vida é dinâmica, eu vou ser sincera com você. Agora eu já não sei de mais nada. Não sei nem se vou ter legenda do meu partido para poder me candidatar a algo. Não sou pré candidata a nada, porque também não quero falar uma coisa e ser desmentida na edição seguinte. Mas foi o que eu falei, o PT ainda não se reuniu. Por isso que eu quero que eles esclareçam se são administração, aliados com o prefeito ou não. E digo mais. Olha minha situação. Como já falei, em palanque do sucessor de Toninho Bellini ou do candidato do Barros Munhoz eu não subo.  Para fazer campanha sem palanque também, vocês sabem que é difícil. Se o PT subir no palanque do sucessor do Bellini, então eu não saio candidata a absolutamente nada. Agora, na minha opinião, para o PT continuar na administração, teria que exigir as duas secretarias do prefeito. Qual o discurso o PT vai ter?
A Cidade – Em sua opinião, a que se deve sua baixa votação em 2008?
Sônia Santos – Isso é tão engraçado, e eu vejo hoje com mais clareza. Você sabe que as pessoas me vêem como uma espécie de guardiã da Câmara Municipal. Quando me elegi pela primeira vez, minha atuação como opositora, fazendo denúncias ao governo Barros Munhoz, cheguei a ser a segunda mais votada. Aí, quando você passa a ser líder do governo, você praticamente some, sua atuação fica apagada. De lança chamas, você vira bombeiro. As pessoas pensam, o que aconteceu com este mulher? Embora eu não tenha deixado de fiscalizar, eu me tornei bombeiro, apagando os incêndios deixados pela administração. Então, não tenho dúvida que este foi o motivo pela baixa votação.   

Quando eu deixei a base aliada, o meu marido chegou para o prefeito e quis entregar o cargo, já que eu havia declarado oposição à administração. O prefeito não quis aceitar...

 
A Cidade – Você diria que houve armação nas coligações para jogar você para escanteio?
Sônia Santos – Não, eles não têm esta competência. Mas olha o quadro que o Bellini coloca hoje para o próprio grupo.  Sebastião Manoel está de partida, Siqueira dos aposentados já debandou, e seguindo o irmão do prefeito, sairão outros tantos. Só que vale lembrar, que se não fosse os votos do Siqueira, Manoel Marques não teria sido eleito. O PT ainda não entendeu qual vai ser o seu discurso, que sua votação foi pior ainda que a minha, já que o meu suplente é o Neco, que não é do PT. Se eu não saio candidata, o PT não elegeria ninguém. Ainda que ganhe como aliado do Bellini, o PT deixa de ter força. A menos que apareça uma nova liderança, o PT estará em maus lençóis. Porque não adianta ficar no governo até o final e depois dizer que eles não prestavam. Faz como eu fiz, se não deu certo no segundo mandato do prefeito, quando eu vi que ele não ia cumprir com o prometido, acabar com as terceirizações, quando percebi que ele só se preocupava com a Esportiva, eu perguntei: o que eu estou fazendo aqui? 
A Cidade – Logo depois foi a vez do seu marido, o ex-secretário de Assuntos Jurídicos e Cidadania pedir exoneração do cargo. A saída foi um tanto quanto traumática, e através de nota oficial publicada nos jornais, ficou evidente o descontentamento. Você acredita que foram pouco valorizados dentro do grupo?
Sônia Santos – Sim. Quando eu deixei a base aliada, o meu marido chegou para o prefeito e quis entregar o cargo, já que eu havia declarado oposição à administração. O prefeito não quis aceitar, disse que eram coisas diferentes e que precisava dele no governo. Antônio Carlos voltou a insistir e deixou claro que a hora que o prefeito se sentisse incomodado com a situação, poderia pedir o cargo. E aí que ta, o que o prefeito fala em pé, ele não sustenta sentado! Passado um tempo, ele chamou meu marido dizendo que precisava arrumar um lugar para o Mário da Fonseca depois que Manoel voltou para a Câmara. Ele disse que ia colocar o Carlos na secretaria de Administração que precisava de atenção, e ia colocar o Mário na de Assuntos Jurídicos. Eu avisei o Antônio Carlos que o prefeito ia puxar o tapete dele. Por que não colocou o Mário na Administração? Mandou o Carlos fazer o que fosse preciso para reestruturar a secretaria. E assim foi feito. Logo após, tentou falar com o prefeito durante um mês. Bellini não atendia no gabinete, não atendia no celular e não atendia na casa dele. O Carlos estava com o projeto pronto, vai ficar com aquilo engavetado? Vai fazer o que? Ficar atrás de uma mesa esperando só o salário. Na minha terra isso tem um nome: “Assédio Moral”. Agora, você precisa passar por isso? Foi o que perguntei a ele naquela ocasião. Eu acho que não. Entrega a “merda” deste cargo. E o pior, ele tentou entregar o cargo ao Toninho, mas o prefeito continuou não atendendo. Aí ele decidiu colocar publicamente a situação através dos jornais.
Olha o que o prefeito fez. Ele pegou o voto do Cleber Borges e do Mauro Moreno para eleger o Manoel, já estou sabendo que a mulher do Manoel mandou uma documentação para ferrar o Mauro e o Cleber? Cadê a infovia? Eu falei para ele que ele corre o risco ainda de ficar sem legenda. Não é que o Munhoz não vai te dar a legenda, mas vai esvaziar o partido e aí, eu quero ver ele ter 5 mil votos para se eleger. No final, ele concordou comigo. E ninguém me desmentiu. Então, o prefeito está conseguindo uma coisa inusitada: ao invés de aglutinar, ele está perdendo todo mundo e os partidos estão esvaziando de tal forma que não terá reversão. Um exemplo: o Lima. Ele literalmente tem a máquina na mão. Imaginem se ele for para o lado do Munhoz, por exemplo, porque não se elegeu no partido do Mino mesmo tendo uma boa votação. Você percebe?
A Cidade – A impressão que temos que o prefeito não está preocupado com a sucessão. Você compactua desta impressão?
Sônia Santos – Eu compactuo sim. Mas acho lamentável e desonesto da parte dele. Desonesto com que está aí e sempre deu a cara para bater. Então, honesto teria sido o seguinte: fui prefeito durante quatro anos, foi ótimo, era isto que eu queria, entrei para a história de Itapira. Agora, vamos tirar um nome de consenso do grupo para ver quem vai ser o candidato. Isso seria honesto e não ficaria nesta pasmaceira que ele está perdendo todos os aliados, pronto para entregar de mão beijada para o Munhoz ou quem quer que seja. 

Para dizer o menos, nunca fomos ouvidos, nem considerados, muito menos respeitados por este governo.

 
A Cidade – Desculpe-me Sonia, mas eu tenho que voltar numa questão, em função dessa pergunta e da sua resposta. A carta do seu marido continha o timbre do diretório municipal, dando a impressão de que o controle desse material ficava na mão de vocês. Até hoje essa história não foi bem esclarecida. Nem por você, nem pelo diretório.
Sônia Santos – Ele avisou que iria usar. Se o presidente do partido, Marcos Centofante, falar que não, pode trazer ele aqui na minha frente que eu falo na cara dele. O Antônio Carlos falou: Marcos, estou colocando uma carta no jornal, e eu quero saber se posso usar o timbre do partido, depois explico o teor da carta. O Marcos falou sim. Ele foi até os jornais e pediu sigilo absoluto do conteúdo. Por que, veja só! Não é certo uma pessoa fazer o que fez com o Carlos... Na verdade, o prefeito precisava passar por aquele constrangimento. Como está acostumado a não atender ninguém, será que ele queria que o Carlos deixasse a carta lá com a secretária. Não! A forma de tornar público tudo aquilo que vinha acontecendo, foi através da mídia, e realmente o pegou de surpresa.  
A Cidade – Você chegou a dizer que nem você, nem o PT foram considerados, como devia dentro do grupo. Eu diria que você foi condescendente. Em minha opinião, o PT só era ouvido quando as opiniões batiam com as deles, nos embates não prevalecia o que se passava nas cabeças e discussões petistas. Você reitera a sua condescendência?
Sônia Santos – Para dizer o menos, nunca fomos ouvidos, nem considerados, muito menos respeitados por este governo.
A Cidade – Várias vezes, pessoas do primeiro escalão disseram  para mim,  críticas ferozes contra os petistas no governo, todos, principalmente Carlão e Antonio Carlos. Eu imaginava, se eles diziam tudo aquilo para mim, o que não falariam entre eles ou para outras pessoas. Você ouvia ou ouve esses comentários?   
Sônia Santos – Não, se ouvisse, teria levado para os dois. Pergunta para o Bellini a quem ele deve o seu segundo mandato? Quero saber se outra pessoa faria o que meu marido fez no caso da denúncia de material de campanha sendo confeccionado na prefeitura, quando exigiu do delegado ordem judicial para entrar na imprensa e levar os computadores.
A Cidade – Qual será a sua postura caso o PT decida apoiar o candidato da situação nas próximas eleições? Você voltaria atrás e passaria uma borracha em tudo que falou e apoiaria o candidato do governo ou deixaria o PT?
Sônia Santos – Deixaria a política. Deixaria de ser candidata. Passar uma borracha no que eu falei, isso não aconteceria.
A Cidade – O endividamento da máquina pública e o sucateamento da frota e dos recursos materiais e humanos foram algumas dificuldades enfrentadas pelo governo Novo Tempo ao longo do primeiro mandato. Mesmo assim, o prefeito Toninho Bellini e seu grupo obtiveram importantes conquistas no período, como reestruturação da máquina pública, o saneamento de boa parte da dívida municipal, e retomada do SAAE, foram alguns exemplos. Por que o atual governo não correspondeu aos anseios da população no segundo mandato? Quais foram, em sua opinião, os erros cometidos a partir de 2009?  
Sônia Santos – Falta de vontade política. O prefeito não tem uma pessoa competente na área de elaboração de projetos para o governo federal. Eu fui a Brasília, e a pessoa falou o seguinte para mim: Sônia, dinheiro eu tenho, só que tem que ter um projeto. Não vai dinheiro para cidade nenhuma se não tiver projeto. Aí o prefeito vem e fala que não tem o dinheiro da contrapartida. Se vira! Aí você vai até o rapaz que elabora os projetos, que é a pessoas mais enrolada que já conheci na vida, o cara às 22h não consegue terminar o projeto para mandar. Então, o prefeito perdeu muito dinheiro para a administração por causa da incompetência de funcionários dele. Aí você começa achar, que tem gente cercando o prefeito que quer que tudo dê errado. Para a coisa não andar. Veja o que era a cidade de Amparo há 10 anos e o que é hoje. Entende? Mas lá, o próprio prefeito fazia os projetos da cidade. Mudou a cara da cidade, a população está satisfeita. A merenda nunca foi terceirizada e é uma maravilha. Cota os alimentos com os próprios produtores da cidade, ou seja, o dinheiro da compra dos produtos fica na cidade.
A Cidade – Ledo engano, foram poucas obras ou recursos advindos do governo federal para nosso município ao longo de todos estes anos. A que se deve isso? A dificuldade de acesso aos níveis estaduais e federais da política ou a apatia, ou mesmo falta de empenho do PT local?

Mas não ponho a mão no fogo por ninguém. Se souber de algo ou for comprovado, só posso lamentar e dizer que não faço mais campanha para estas pessoas.

 
Sônia Santos – A apatia. Vou dizer para você alguns casos. Quanto tempo demorou a concha acústica? O Centro de Convenções? E veja mais. Esta creche da Vila Ilze é uma creche modelo, com verba do governo federal e quase não sai, por causa da contrapartida da administração. Há cerca de 2 anos, conseguimos uma verba de R$ 600 mil para reformar a ponte que dá acesso ao bairro da Ponte Nova. Cadê o projeto? Não tinha. Entendeu. O prefeito não tem pessoas capacitadas na elaboração dos projetos. Quando é da saúde ou da educação que as próprias secretarias fazem o projeto, eles conseguem a verba.
A Cidade – É exatamente isso que o Barros Munhoz diz.
Sônia Santos – Não sei por que não escuto o que ele fala, mas se for, infelizmente, terei que concordar com ele.        
A Cidade – Como vereadora e integrante do Partido dos Trabalhadores (PT), você sempre foi uma das mais contundentes opositoras de Barros Munhoz enquanto prefeito de Itapira. Acompanhamos sua atuação desde o início. É mais fácil ser oposição? Caso fosse eleita prefeita da cidade, você aceitaria ajuda do deputado para questões de interesse coletivo?
Sônia Santos – Ajuda todo mundo tem que ter. Governante tem que ter postura republicana. Par começar, ajuda não é pedir esmola não com um pires na mão. Quer ajudar, para de falar e faz mais pelo seu município. Isso eu faria. Deputado, cala aboca, para de falar bobagem, e olha aqui os projetos e as necessidades de Itapira. Podemos contar com senhor? Porque se “o cabra” não fizer, aí você desmascara o sujeito. Você me entende? Deputado, você pode ajudar? Se pode, com quanto e para quando? É simples! 
A Cidade – O PT está há cerca de uma década no comando do governo federal, primeiro com o Lula e agora com a Dilma. Como membro do PT local, como você avalia o desempenho do PT no governo? Qual foi o maior mérito do partido em sua opinião? E qual sua maior crítica ao governo PT?
Sônia Santos – O maior mérito do partido, sem a maior sobra de dúvida, foi possibilitar a ascensão de pessoas das classes baixa para a classe média. Só do ponto de vista financeiro? Não. Isto dá dignidade. Você ter o seu dinheiro para fazer as suas coisas dá dignidade. As pessoas que ganham um salário menor, hoje eles podem andar de avião. Hoje há este acesso. A grande sacada do governo Lula, que foi na hora que começou a crise, ele tirou imposto de carro, dos produtos de linha branca, gerou emprego, aqueceu a economia. O ProUni, foi fantástico. A Universidade Federal do Rio de Janeiro não terá mais vestibular. Seguirá a lista do Enem. O ProUni deu a chance para quem nem imaginava um dia estar formado. Este mérito é do PT e ninguém tira. Muitos diziam que o “Bolsa Família” era assistencialista e o Lula disse: como posso ficar pensando em projetos, enquanto as pessoas estão morrendo de fome? Este foi o mérito do Partido dos Trabalhadores.   
A parte ruim desta história toda foi a revelação do aumento patrimonial de gente do governo, como recentemente do Antônio Palocci. Coisa que para mim e tentar explicar o inexplicável. Toda a questão do mensalão, que até hoje não foi explicado, se teve e quem participou? Estes são os pontos negativos. Agora, por outro lado, me agrada muito a postura da Dilma. Ela afastou o Palocci, o Nascimento também não se criou. Ela parece ser mais firme, menos política que o Lula.     

O prefeito conseguiu deixar esta incógnita. Ninguém sabe o que virá nos próximos meses. O que eu sei é que o grupo do Munhoz vai levar vantagem na composição do seu grupo de vereadores.

 
A Cidade – Parte das pessoas do PT ligadas ao escândalo de Campinas goza do apreço e apoio dos membros do diretório de Itapira. Entre eles estão candidatos apoiados pelo partido e por você. Você acredita na inocência deles ou acha que o fogo está tomando conta da fumaça?
Sônia Santos – Eu não estava sabendo disso. Nunca soube nada que desabonasse tanto o Tião, quanto o Gerson. Mas não ponho a mão no fogo por ninguém. Se souber de algo ou for comprovado, só posso lamentar e dizer que não faço mais campanha para estas pessoas.
 A Cidade – Você deve se lembrar das discussões em torno do Código Ambiental, das audiências e das emendas que foram apresentadas. Lembra-se do acordo que firmamos na reunião das comissões e de que apenas uma emenda não iria para a aprovação, aquela que se referia à queima da cana de açúcar. Pois bem, o código foi aprovado por unanimidade, mas outras emendas não entraram em votação, contrariando a decisão das comissões. Tentei descobrir o que aconteceu, o erro foi levantado de forma diferente tanto por Elias como pelo Mário.  O prefeito disse, em entrevista, que esse problema estava sendo resolvido. Mas até agora nada. Você sabe o que está acontecendo? Será que a intenção não é que aqueles pontos não entrem no código?
Sônia Santos – Não sei o que está acontecendo, até mesmo porque não estou mais no grupo. Mas pela minha experiência, acredito que a intenção é esta mesma, que estes pontos não entrem no código.
A Cidade – Qual é a sua avaliação sobre a maneira como o prefeito Toninho Bellini conduziu o caso do menino queimado na creche? Como a Câmara poderá atuar para que o poder público não esconda da opinião pública acontecimentos dessa natureza?
Sônia Santos – Lamentável. Isto é para mim inacreditável em todos os aspectos. Não posso acreditar que uma pessoa normal em sã consciência queime uma criança porque quer. Não acredito nisso. Então, se foi acidente, e acidentes acontecem, porque a população só foi saber disso através da imprensa? Foi a coisa mais lamentável do mundo. Mesmo porque ninguém consegue esconder mentiras, uma hora ela aparece, e geralmente, ela vai aparecer de uma forma distorcida. Nossa comissão na Câmara não tem por objetivo apontar este ou aquele culpado, mas sim, trazer para a população a verdade. Nesta quinta, vou marcar uma reunião com a secretária de educação e depois com a delegada. Ainda está muito nebuloso. Quanto tempo os pais deixaram de falar? E, por quê? Foi prometido alguma coisa a eles? Olha a proeza do seu prefeito: colocar por terra todo o bom trabalho realizado nas creches da cidade. Se ele tomasse a frente do caso, e tornasse o caso público, dizendo que foi um acidente, que ninguém seria louco de queimar uma criança, que as responsáveis estão afastadas porque foram negligentes, acabou. Na medida em que ele se cala, a gente se pergunta: será que aconteceu outras vezes e não ficamos sabendo? Aí se perde a confiança e credibilidade do serviço.     
A Cidade – Você consegue vislumbrar o futuro político da nossa cidade?  Quais chances você atribuiria para a situação, oposição e uma eventual terceira via?
Sônia Santos – Não sei se será terceira via ou se serão quartas e quintas vias. Por isso que eu falo. O prefeito conseguiu deixar esta incógnita. Ninguém sabe o que virá nos próximos meses. O que eu sei é que o grupo do Munhoz vai levar vantagem na composição do seu grupo de vereadores. Se você deixa um lado e vai para outro, este lado que perdeu, perdeu um, mas o que ganhou, ganhou 10, porque o sujeito leva mais 10 com ele. O que eu consigo vislumbrar, é exatamente este desmanche que vem sendo promovido na base aliada, e destas pessoas, que não tem uma ideologia como eu tenho, pessoas que já transitaram pelos dois lados, voltarem e começar a sedimentar uma forte base para o Munhoz. Qual o interesse que um candidato a prefeito tem em um candidato a vereador? Cada candidato a vereador é um cabo eleitoral para o cara. Então, se promove um desmanche e o outro grupo se fortalece, você há de convir que ele sai com a vantagem nesta situação. Mas, isso também pode acabar se fragmentando dependendo de quem serão as outras vias.   
A Cidade – Caso você sinta que não será indicada e que o PT continuará ligado ao grupo situacionista, você estuda a possibilidade de compor chapa com uma terceira via, Alberto Mendes, por exemplo?
Sônia Santos – Não saio do PT. Posso sair da política, mais do PT eu não saio.
A Cidade – A quem acredite que uma composição Manoel Marques, prefeito, e Sonia Santos, vice, seria uma bela solução para velhos e insolúveis problemas, não só para o grupo, mas para vocês dois. O que você diria sobre essa formação?  
Sônia Santos – Impossível! Não existe esta possibilidade.
A Cidade – Você acredita na candidatura de Manoel Marques?
Sônia Santos – A conversa que tenho ouvido é que o candidato do prefeito é o Manoel Marques. Ele é uma pessoa que pode se candidatar, é legítimo, qualquer um pode se candidatar. Agora, daí a prosperar é uma grande distância. Então eu não sei. Candidatura para vereador é uma coisa e para prefeito é outra.

Sobre a inoperância de Toninho Bellini, segundo Munhoz: “Não sei por que não escuto o que ele fala, mas se for, infelizmente, terei que concordar com ele”.        

A Cidade – Temos a impressão de que no fundo, no fundo, o prefeito não gostaria de ter o Manoel no governo. Mas de alguma forma ele tem aceitado. Como você entende isso, você sabe de alguma coisa, desconfia de algo?
Sônia Santos – Não desconfio de nada. Foi como eu falei, nunca fiz parte. Nunca participei de nenhuma decisão. Qual foi a minha indicação ao governo? Daquilo que eu falei, o que o prefeito assimilou?  O que ele fez com as terceirizações? Vocês pensam que eu cheguei lá e falei: Toninho, a secretaria de Assuntos Jurídicos tem que ser do Antônio Carlos. Ao contrário, eu no dia 29 dormi presidente da Câmara e no dia 30 acordei levando uma buchada que foi a eleição do Flávio Pavinatto, que pouco tempo depois viria a passar a perna no prefeito. E eu continuei ali firme ao lado do prefeito. Na segunda eleição, eu não queria mesmo. Aí eu voltei por baixo da carne seca com o Paulo Andrade. Como eu fui líder, acho que devia ganhar este reconhecimento da administração e ser a presidente da Câmara. O que fizeram lá? O prefeito estava na praia! Então a minha discussão hoje não é quem me traiu. A discussão é a seguinte: se o prefeito quisesse ele ficava aqui. Ele não ficou para bancar o Manoel Marques? Não prometeu mundos e fundos para Cleber Borges e Mauro Moreno? Quem é o presidente? Manoel Marques.
A Cidade – Mas você diria que o prefeito apoio Manoel Marques por uma questão de opção ou por que não tinha como dizer não?
Sônia Santos – Eu acho que ele não tinha como dizer não ao Manoel. Agora, o porquê eu não sei.
A Cidade - Deixe uma mensagem a população quanto ao seu futuro político.
Sônia Santos – O que eu posso dizer para a população itapirense hoje é que eu nunca fui vereadora. Eu estou vereadora. Sou advogada. Eu não sei se sou candidata a alguma coisa. Tinha sim a intenção de ser uma pré candidata à prefeitura, mas hoje, com este quadro delineado, é mais uma vez dar murro em ponta de faca. O que eu posso dizer é que se eu deixar de ser vereadora no final do meu mandato, vocês podem ter certeza de uma coisa: eu saio da política da mesma forma como eu entrei, de cabeça erguida. Podem vasculhar minha vida de cabo a rabo, de ponta à ponta, e dizer quando foi que eu induzi, participei ou quando eu me beneficiei de alguma coisa escusa. Isso na minha vida não tem. Então quem votou em mim, pode ter a consciência tranqüila de falar que a Sônia, enquanto esteve vereadora, ela foi reta, foi correta, não se envolveu em absolutamente nada. Graças a Deus não tenho uma mácula na minha vida política e profissional. Ainda que não seja candidata a nada, saio de cabeça erguida.
 
Fonte: Da Redação do PCI

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