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Itapira, 03 de Maio de 2024
Notícia
24/11/2013 | Et caterva!

O deputado Barros Munhoz, por telefone, nesta sexta-feira, conversou com a jornalista Karina Mattos que comanda o tradicional programa matutino de notícias pelas ondas da Rádio Clube. Aproveitou a oportunidade para não só reconhecer os exageros cometidos no programa anterior, mas para pedir desculpas ao prefeito Paganini e explicar a razão de tamanha ira.

De fato, o deputado usou, no outro programa, algumas palavras que poderiam ser evitadas. Aliás, há de se reconhecer que ele vem se esforçando para evitar os ataques desnecessários.

Mas não é difícil compreender que a ira, além de não ser gratuita, pode ter sido necessária, enquanto líder político da atual administração, para abalizar posturas frente às agressões ao meio ambiente e, por que não dizer, frente às ações que venham requerer decisões imediatas dos agentes públicos municipais.

Munhoz fez um histórico da saga itapirense para tratar o esgoto, que só foi completada, quando ele ocupou a João de Moraes pela segunda vez, alcançando as últimas vinte e seis casas do morro do Macumbê.

Em todas as cidades que visitava e o assunto saneamento raspava na pauta, Munhoz enchia a boca e dizia: “Em minha cidade, Itapira, tratamos 100% do esgoto que produzimos.” Itapira, como se sabe, é uma das pioneiras no tratamento de esgoto, começou em meados do século passado e até hoje serve de exemplo para toda região. Logo, o despejo no córrego Lavapés, recentemente descoberto, não pode ser classificado como uma aventura adolescente e muito menos como uma brincadeira de mau gosto. Mexeu com o brio de todos nós.

Mas, voltando ao programa de rádio, a tese de que Munhoz vem se esforçado para evitar os exageros verborrágicos acabou sendo verificada. Ao dizer que estava colocando uma pá de cal no assunto, destacou: “foi uma ótima lição para todos nós, mas os urubuzinhos de plantão vão continuar querendo criar celeuma, dividir eu com o Paganini, Paganini de mim. Paganini é inteligente, sabe que com a minha ajuda vai fazer muito mais por Itapira como está fazendo, ele já fez mais esse ano do que Toninho Bellini em oito anos.” E tascou: “Toninho Bellini e Mané Marques et caterva!” Repetiu: “Toninho Bellini e Mané Marques et caterva!” Sem explicar o que queria dizer “Et Caterva”.

Em atenção aos pedidos, explico: a palavra caterva, no contexto apresentado, é, sem dúvida nenhuma, um insulto, eu diria, um insulto educado dirigido a um bando de vadios (cáfila, malta, súcia, turba...). Quer dizer, é mais refinado dizer que um grupo de pessoas a partir da liderança é “et caterva”, do que “fulano de tal e sua corja.”

Uma expressão, talvez pela “erudição” que encerra, vem ganhando popularidade. Vem sendo usada para se referir aos mensaleiros (Zé Dirceu et caterva), aos partidos (partido tal et caterva) e até para os bandidos dos arrastões das praias cariocas (cicrano et caterva).

Noutros tempos, Barros Munhoz não hesitaria em gastar alguns minutos desnudando o termo e apresentando eventuais comprovações da tese. Mostra que aprendeu com as experiências a ponto de se colocar entre os maiores articuladores políticos do país. Característica reconhecida e testemunhada até pelos mais aguerridos opositores.

Nesse semestre, por exemplo, como líder do governo vem enfrentando acaloradas polêmicas e descontentamentos de várias categorias de servidores estaduais. Sendo elogiado, ao final, pelos grupos, mesmo não conseguem os intentos originais, pela forma conciliadora, democrática, respeitosa e proativa que atuou.  Mas que ninguém espere, no entanto, vê-lo como “santo” ou 100% cordato em todos os assuntos.  

Esgoto resolvido. Os jornais e sites deste final de semana estamparam a notícia de que o esgoto do Pierre Chaude, finalmente, parou de ser lançado no córrego Lavapés,  numa ação que não demorou mais do que vinte dias. Diante da exigência de solução imediata, uma bomba de recalque foi alugada até que as obras e instalação das bombas definitivas sejam concluídas na semana que se inicia.

Quanto custou? O custo final da obra que evitará o despejo do esgoto do Pierre Chaude está com algumas divergências. Já foi colocado que o investimento não sairia por menos de 150 mil reais. Mais tarde veio a informação de que cada proprietário arcaria com R$ 1.200,00. Mais recentemente, foi anunciado R$ 43 mil. Enquanto uns dizem que cada proprietário colocou R$ 900,00, em três parcelas, outros dizem que o condomínio arcou com as despesas, pois tinham o dinheiro em caixa. 

Mau agouro. Apesar do valor do investimento ser insignificante diante do valor total do imóvel, fato que teria deixado Munhoz mais inconformado ainda com o lançamento de esgoto por seis anos ininterruptos, o valor R$ 43 mil acabou sendo usado, no programa da Rádio Clube, para identificar o 43 como número de mau agouro para Itapira. Quarenta e três foi o número usado pelos candidatos a prefeito do PV, nas últimas eleições de Itapira.

Não sabiam de nada! É certo que a maioria dos moradores não sabia da real situação do esgoto do edifício Pierre Chaude, por conta da confiança depositada na empresa construtora, nos engenheiros, na comissão que os representavam nas tratativas com a empresa e órgãos públicos. Mas é certo que alguns proprietários não só sabiam de tudo como foram, no mínimo, coniventes com a empresa construtora. Afinal, o sistema de construção exigia a participação dos representantes dos proprietários nas decisões importantes. Diga-se, que a relação comercial se manteve firme por mais de dez anos, sem que nenhuma irregularidade fosse levantada.

Falta explicar. A solução do problema e as eventuais multas, apesar de necessárias, não são as partes mais importantes desse processo. Os atuais moradores fizeram questão de resolver o problema o mais rápido possível, diante do risco de interdição do prédio.  Os moradores assumiram as responsabilidades e pretendem honrar as devidas compensações ambientais, o mais rapidamente possível. Pretendem, ainda, investigar e apurar, paralelamente, os responsáveis pelos constrangimentos por qual passaram. E, aí sim, seja construída a lição mais importante do triste episódio. Ao buscar todos os esclarecimentos, certamente subiremos um degrau. Segue, então, uma lista com sugestões das dúvidas mais pertinentes:

1)     Por que os proprietários não tomaram nenhuma providência contra o município quando foram informados, pela administração anterior, que a rede de esgoto não comportava o volume que o imóvel passaria produzir depois de ocupado?

2)     Quem foi que pediu o “habite-se”. 

3)     Quem assinou o “habite-se” e por que a vistoria não aconteceu? Era praxe fornecer “habite-se” sem a vistoria? Quantos e quais construções receberam “habite-se” naquele período sem a vistoria?

4)     Segundo um morador, algum tempo depois de ocupado, o condomínio recebia uma empresa de limpeza que incluía as tubulações “pluviais” depois que um odor terrível passou a emanar do córrego. Confirmada tal informação, por que ninguém se preocupou em descobrir a origem do odor?

5)     Desde que o edifício foi notificado, em agosto do ano passado, não foi formalizada nenhuma busca das responsabilidades ou solução do problema. Por que tudo foi tratado verbalmente? Por que só agora, depois da denuncia pública é que o condomínio pediu por escrito explicações para a prefeitura? 

6)     Por que não foi tomada nenhuma providência contra o engenheiro responsável pelo projeto e execução do sistema hidráulico e coleta de esgoto, mesmo quando ele não atendeu ao pedido de apresentação das plantas?

7)     O que teria levado a administração anterior a não encontrar nenhuma solução para escoamento do referido esgoto?

8)     Por que a denúncia veio à tona só depois que o atual presidente do SAAE iniciou as obras para solucionar o problema?

9)     Afinal, quem está bancando os investimentos. Os condôminos ou os proprietários dos apartamentos? Uma informação diz que os recursos estão saindo do caixa do condomínio. Quem mantem esse caixa, os moradores ou os proprietários?

10)  Por que só depois do assunto se tornar público é que o Conselho do Meio Ambiente foi informado, quando tal comunicação deveria ter sido concomitante com a notificação de agosto do ano passado?

Entrevista. No próximo sábado, na Rádio Clube de Itapira, mais uma entrevista com o Líder do Governo na Assembleia Legislativa de São Paulo, Deputado BARROS MUNHOZ, ao vivo, a partir das 11 h 30 min onde serão abordados assuntos importantes da política regional, estadual e nacional com destaque para os assuntos da política itapirense.

Não é de ferro. Barros Munhoz esteve neste sábado na cidade de Amparo e foi recepcionado por quase mil amparenses ávidos em abraçar e tirar fotografias com o mais novo cidadão. Apesar dos 37 anos de vida pública e as centenas de homenagens que já recebeu, o deputado acabou perdendo até o fio da meada do discurso, por conta da emoção.  

Não é mais bilionário. Eike Batista chegou a ocupar a sétima posição entre os homens mais ricos do mundo em 2012, segundo a conceituadíssima revista americana Forbes, cuja fortuna era avaliada em U$ 30 bilhões. No último ranking da Forbes Eike perdeu o posto de bilionário, mas continua milionário com a bagatela de US$ 900 milhões ou dois bilhões de reais. Como se vê, Eike pode não estar bem das pernas, mas pobre ainda não é.

Nem o céu como limite. Como controlador de um grupo que aglutinava inúmeras empresas atuantes nas áreas de petróleo, energia, logística , mineração, indústria naval, mineração de carvão, nos setores imobiliário, de entretenimento e esportes, hotelaria, gastronomia, meio ambiente, saúde e beleza, para Eike Batista, talvez, nem o céu era o limite.

Nem pobre, nem morto, nem tonto. As empresas de Eike Batista entraram recentemente com pedidos de recuperação judicial. Pois bem, Eike está assessorado por uma verdadeira legião de advogados que estão atuando em todas as frentes. Depois de receber inúmeras indicações e referências, Eike Batista contratou o advogado Eduardo Secchi Munhoz, filho do deputado Barros Munhoz, para coordenar o trabalho jurídico de todas as frentes. Quer dizer, as mais renomadas bancas de advocacias do país, atuantes no caso, estarão submetidas ao parecer final do doutor Eduardo. O cara não é fraco não!   

Fonte: Da Redação do PCI

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