Mário contou que por volta das 16hs desta quarta-feira (8) foi surpreendido pelos funcionários João Francisco Polettini e Daniel Paulo Andreatta, que foram até a sua residência para realizar corte da energia elétrica. Mas, segundo Mário, todas as contas de luz são pagas em débito automático em sua conta corrente e não deveriam estar atrasadas.
Mário não chegou a ser notificado sobre algum débito pendente, mas o escrevente reconheceu a possibilidade do engano e se prontificou em verificar e corrigir a eventual situação para que a energia não fosse interrompida. Sua esposa, a dona de casa Doralice Locatelli Rodrigues, de 51 anos, tem diabetes e hepatite e seus medicamentos devem ser mantidos em temperatura controlada, por isso ficam dentro da geladeira.
Ela chegou a explicar essa situação para um dos funcionários, o qual teria respondido da seguinte forma: “isso não é problema meu”. Atitude agressiva que foi testemunhada por Grazielei, a filha mais velha do casal. ”Mesmo assim, eles cortaram a energia”, contou Doralice. Mário se aproximou da porta do carro da empresa, onde estava o eletricista João Francisco Polettini, com a intenção de explicar a situação do débito automático da conta e da importância da preservação dos medicamentos da esposa.
Mas o rapaz acelerou o veículo, mesmo com o escrevente segurando na porta do automóvel, e Mário foi arrastado por aproximadamente 20 metros, sofrendo diversos ferimentos nas pernas, mãos, rosto e cabeça. A vítima negou qualquer tipo de agressão, física e verbal contra os eletricistas e afirmou: “Só queria conversar, educadamente com eles, para explicar e resolver a situação o mais rápido possivel”, afirmou.
Após o ato, João Francisco parou o carro na esquina da avenida Londrina, onde permaneceu aguardando por Daniel, que durante a agressão permaneceu na frente da casa. Ambos foram embora depois de cortar a energia e sem prestar socorro à vítima. Mário foi levado até a Santa Casa pela esposa Doralice com a ajuda de vizinhos. A energia na residência do casal foi restaurada no mesmo dia.
Outro lado
Os funcionários João Francisco Polettini e Daniel Paulo Andreatta, da empresa Floripark, prestadora da serviço da Elektro, acusados de ofender e agredir o escrevente Mário Rodrigues Filho, estiveram na Delegacia Seccional, onde apresentaram suas versões sobre o fato ocorrido na rua Cambará, no Jardim Ypê II, na tarde de quarta-feira (8).
Ambos disseram que, após cumprirem ordem de interrupção da energia eletrica do imóvel, Mário teria agredido o eletricista João Francisco, que alega ter levado um chute na perna esquerda. Em seguida o eletricista entrou no carro da empresa para se proteger da suposta agressão promovida pelo escrevente e que arrancou com o veículo do local quando Mário tentou agredí-lo pela segunda vez, tendo arrastado o homem de 62 anos por aproximadamente 20 metros.
A Polícia Militar apresentou os fatos como Lesão Corporal e Omissão de Socorro e a Polícia Civil instaurou inquerito para apurar o caso.
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