Na próxima quarta-feira, dez de abril, o Prefeito José Natalino Paganini estará completando 100 dias à frente do cargo. Falando com exclusividade ao jornal A Cidade sobre sua autoavaliação deste período simbólico, o atual chefe do Poder Executivo confidenciou que o principal incômodo é conter a ansiedade diante da burocracia para colocar em andamento os muitos projetos que gostaria de já ter tirado do papel. “Deixando de lado a questão da zeladoria (operações do dia a dia, como limpeza e tapa buracos) cujos resultados foram bastante satisfatórios, a gente tem corrido atrás de uma série de projetos que requerem um tempo de maturação que na grande maioria dos casos depende do cumprimento de prazos, respeito à Legislação, algo que evidentemente eu não me deparava no setor privado”, expôs.

 

Ele listou várias situações onde naquilo que dependesse somente de sua vontade já estariam em plena execução como a reforma no Hospital Municipal, construção de equipamentos públicos para atendimento da comunidade e projetos viários, os quais, priorizou para serem executados neste ano. “Já viabilizamos com a indispensável ajuda do Deputado Barros Munhoz nestes primeiros cem dias de governo recursos substanciais que beiram a casa dos R$ 10 milhões e é evidente que eu quero que estas cifras sejam transformadas em benefícios imediatamente para nossa população. Preciso aprender a lidar com isto (ansiedade)”, admitiu.

 

 

Ao par das considerações sobre planos que espera ver executados o mais breve possível, Paganini comentou um aspecto que ao seu ver foi muito importante nestes primeiros cem dias de governo e que, segundo ele, tem a ver com aquela sua disposição em trazer da iniciativa privada uma mentalidade mais profissional com relação aos  gastos do poder público no tocante à uma maximização destes recursos. Segundo avaliação feita, em pouco mais de três meses de governo foram economizados mais de 500 mil reais em relação a gastos previstos na peça orçamentária deste ano e segundo informação enviada por sua assessoria de imprensa, a meta é fazer com que estes números superem a casa dos R$ 2 milhões até o final deste ano.

 

Para chegar a esta economia, o prefeito determinou a revisão de contratos e a adoção de novos acordos sobre a forma como os serviços passariam a ser cobrados. Foram mencionados casos referentes a dois tipos de desembolso que normalmente dão muito que falar; o gasto com merenda escolar, onde a atual administração garante  que o custo caiu  de R$ 445  mil para R$ 300 mil ao mês, com economia de 32% e o caso da substituição da empresa que operava a coleta e destinação do lixo orgânico, com a saída da SANEPAV  por cancelamento  de contrato e a chegada da EPPO. “O valor que era de R$ 450 mil/mês, caiu para R$ 350 mil/mês, uma diferença de 22%”, disse o informativo enviado pela Assessoria de Comunicação.

 

 Paganini disse que ações desencadeadas na área de saúde – seguramente entre as pastas que mais realizam desembolso – tem mostrado ser possível economizar sem que haja comprometimento do padrão de atendimento. “Na área da saúde, a diferença pode ser notada na realização de exames de média e alta complexidade. Em comparação com os contratos anteriores a economia feita foi de 103%, já que os 3.065 procedimentos realizados custariam ao município R$ 420 mil, ao invés dos R$ 207 mil que foram pagos”, disse. Ainda segundo a versão da Prefeitura, somando apenas os itens mencionados, a economia nos primeiros meses de governo chega a R$ 588 mil reais. Ao levar em conta a progressão da economia na coleta de lixo e na merenda escolar esse montante deve chegar no final do ano a R$ 2,8 milhões segundo expectativa da atual administração. 

 

 

Paganini defende uso mais racional dos recursos do município