Estimativa de gastos é de R$ 2 milhões

 

A situação encontrada pelo governo Paganini nas principais praças esportivas da cidade, além de crítica, já que inviabiliza a priori a prática de atividades na maioria delas, é muito preocupante do ponto de vista administrativo, pois irá demandar tempo, dinheiro e muita mão de obra para serem recuperadas. O estado de abandono das quadras, piscinas e campos de futebol reflete o descaso da administração Toninho Bellini com o esporte amador. A falta de manutenção deu espaço para a ação de vândalos que, por conseqüência, acabou inibindo as pessoas de bem de freqüentar estes locais. São inúmeros os registros de abandono e descaso contra o patrimônio público. Bancos, luminárias, alambrados destruídos são apenas alguns exemplos da ação provocada pelos vândalos.

 

É o caso, por exemplo, do Ginásio de Esportes “Benedito Alves Lima”, o Itapirão e da Pista de Atletismo “Prof. José de Oliveira Barreto Sobrinho”, apenas para citar dois dos mais críticos.

Nem parece que a pista de atletismo passou por uma reforma há cerca de oito meses. A pista para salto com vara e a recepção praticamente inexiste; a água da chuva fica dias acumulada nas caixas de areia e compromete a prática de algumas modalidades como salto e arremessos.

 

Quando se trata dos banheiros públicos, a situação é ainda pior. No Itapirão e outras quadras, os problemas vão além do desperdício de água. Há pelo menos um ano os vestiários foram abandonados e ficaram sem recebera devida manutenção. Foram transformados em verdadeiros depósitos de materiais. Pias, vasos e chuveiros estão quebrados. Há defeitos no piso e no telhado provocando infiltrações. A manutenção elétrica e hidráulica será inevitável na maioria dos prédios.

 

Na quadra esportiva no bairro Jardim São Francisco (Betinho), o mato revela o descaso com as comunidades menos favorecidas. A energia elétrica foi cortada e o relógio medidor foi furtado. Não há água e muito menos banheiro. Os vândalos destruíram quase tudo. Até mesmo as tabelas de basquete foram arrancadas.

 

Já a piscina “Geraldo Cintra Machado”, no Humberto Carlos Passarella, com apenas 10 anos de uso, vem apresentando muitos problemas, que vão desde azulejos trincados, a muros pichados e esburacados, vestiários sem bancos, vidros ou mesmo telhado.

 

Outro exemplo do descaso é a quadra Lions Clube, a situação é muito crítica para uma praça esportiva que foi reformada há menos de dois anos. O portão de acesso simplesmente foi arrancado. O alambrado que cerca a quadra já apresenta várias aberturas, bem como os refletores e as instalações elétricas e hidráulicas estão deterioradas. Para completar, os muros foram pichados e os aros de basquete também foram arrancados.

 

Enfim, basta uma simples volta pela cidade para perceber que o abandono foi a causa principal da atual situação destas praças públicas. Em algumas delas, a secretaria de esporte já começou a dar manutenção, dentro das possibilidades de recursos humanos e financeiros.

 

Para o diretor municipal de esportes, Luis Domingues, a recuperação das praças esportivas vai demandar ainda muito tempo e dinheiro. “Nós estamos trabalhando com o nosso pessoal mesmo para resolver os casos mais emergentes, para que possamos dar início às atividades esportivas, ao esporte amador e as categorias de base. Porém, há situações vão exigir mais do que boa vontade, vão demandar verbas, verbas estas que não temos. O caminho será os governos estadual e federal. Nossa estimativa para recuperar todos os campos, quadras, piscinas e ginásios poliesportivos é de aproximadamente R$ 2 milhões. O tempo que isso levará para acontecer vai depender do sucesso na busca por estes recursos”, explicou Domingues.