Palestras no Brasil e no exterior fazem parte do trabalho
Rizola atua com gerente de seleções da CBV
Gerente de seleções de quadra da CBV (Confederação Brasileira de Voleibol), o itapirense Antonio Rizola Neto, 56, credita ao professor de Educação Física, José de Oliveira Barretto Sobrinho, que este ano completa 80 anos, seu crescimento pessoal e profissional. Para ele, toda a sua geração recebeu influência de Barretto.
“O professor Barretto foi para toda a minha geração exemplo de dedicação, compromisso e de educador. Não consigo dividir minha vida pessoal da profissional, pois os ensinamentos, exemplos e atitudes dele sempre nortearam minha vida pessoal e profissional”, frisa. “Suas atitudes nos davam direcionamento e ele não fazia isso de forma forçada, era ele mesmo”.
Assim como a grande maioria dos que seguiram a carreira na área de Educação Física, Rizola Neto entende que a figura do lendário professor o inspirou a seguir na carreira. “Ele demonstrou para mim o quanto um educador tem de importância na vida dos jovens. Para você ter uma ideia, quando ele soube que eu estava cursando Educação Física veio me perguntar se era esta a carreira que eu realmente queria”, lembra. “Creio que ele se preocupava inclusive com a qualidade dos profissionais educadores. Quando lhe disse de minha escolha, ele me abraçou e disse: - Este é o educador que precisamos, com compromisso”.
Rizola construiu sua história no vôlei brasileiro, conquistou títulos e disputou competições mundo afora, mas entende que, mais que os títulos, o importante foi participar da formação humana de cidadãos e cidadãs. “Mais importante que os títulos na minha opinião foi a minha pequena participação na formação humana de cidadãs e cidadãos. Em mais de 35 anos de profissão, iniciei em 1978, trabalhei com milhares de jovens e uma porcentagem pequena chega a um titulo nas quadras, porém, qualquer exemplo de atitudes e palavras, creio que todos levaram de meu trabalho para suas vidas”, esclarece.
Títulos e carreira
Rizola, antes de chegar ao patamar que ocupa atualmente, trabalhou em diversos clubes brasileiro. Foi campeão brasileiro, campeão estadual em São Paulo e Minas Gerais em diferentes categorias. “Pela Seleção Brasileira fui por três vezes campeão mundial juvenil feminino, muitas vezes campeão sul-americano, vice-campeão panamericano, quarto colocado na Olimpíada de Barcelona e, como gerente das Seleções, fui campeão no feminino e vice-campeão masculino nas Olimpíadas de Londres”, recorda. “Meus próximos objetivos são dar condições para as comissões técnicas trabalharem no intuito de manter o voleibol brasileiro nos primeiros lugares do ranking mundial e também motivar os profissionais formadores a trabalharem na preparação de jovens atletas e também compartilhar minha experiência prática em palestras no esporte e no meio empresarial”.
Desde outubro de 2010 o itapirense atua como gerente das Seleções de quadra, tanto no masculino como no feminino na Confederação Brasileira de Voleibol. “Nossa sede é no Rio de Janeiro e temos um Centro de Treinamento em Saquarema-RJ.
Participo da Comissão Técnica da Federação Internacional de Voleibol, comissão esta que estuda o futuro do voleibol em todos os âmbitos, sendo um órgão consultor da FIVB”, explica. “Atuo como tutor no Brasil, da Solidariedade Olímpica Internacional, no sentido de dar suporte para 15 Confederações Brasileiras na elaboração e realização de planos estratégicos de suas modalidades”.
E fora das quadras ainda exerce a função de professor na MBA de Gestão e Marketing Esportivo da Trevisan Escola de Negócios, no Rio de Janeiro, em duas disciplinas, Gestão de Pessoas e Gestão de Centros Esportivos.
Como sede das próximas olimpíadas, o Brasil é um dos favoritos à medalha de ouro em algumas modalidades, entre elas o vôlei. Para Rizola o voleibol brasileiro de quadra tem condições de estar no pódio no masculino e no feminino. “Temos como objetivo conquistar duas medalhas para o Brasil. Se você me perguntar se ambas podem ser de ouro, respondo que sim, é o que pretendemos, porém em uma competição como esta é difícil fazer esta afirmação. No Beach Volei, que eu não gerencio, creio que também temos condições de buscar pódio em ambos os naipes’.
Como professor de Educação Física, Rizola Neto tem opinião formada sobre a profissão. “A profissão de Educador Físico não se limita à formação do corpo, ela é muito mais ampla. O professor educador físico para os jovens passa ser exemplo de atitudes. É uma profissão que ajuda na formação do individuo e deve ser feita com amor e responsabilidade”, explica. “Não tenho dúvida que a mesma dica que o professor Barretto me deu: - O educador que precisamos deve ser capacitado e com compromisso – serve para quem está começando”.
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