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Itapira, 18 de Julho de 2025
Notícia
29/10/2011 | Santos goleia e complica o Atlético-PR

Não precisou nem o jogo começar para Neymar chamar a atenção. Antes de o árbitro Francisco Carlos Nascimento apitar pela primeira vez nesta tarde, o atacante recebeu uma homenagem de representantes da principal torcida organizada do Santos, que confeccionaram uma bandeira com a sua imagem. Agradecido, ele correu em direção à arquibancada amarela com suas chuteiras verde-limão e agradeceu ao público.

Neymar ainda abraçou o técnico Antônio Lopes antes de finalmente se posicionar para o início do jogo. "O Neymar vai ser marcado normalmente, dentro de cada setor", minimizou o comandante do Atlético-PR, que precisou de um minuto para perceber que precisava se preocupar um pouco mais. No primeiro ataque do Santos, o atacante caiu na área em dividida com o ex-santista Cleber Santana. O árbitro assinalou pênalti.

Após muita reclamação dos jogadores do Atlético-PR, Neymar deslocou o goleiro na cobrança de penalidade, acertando a trave e a rede. Festa no Pacaembu. "Vai para cima deles, Neymar!", vibraram os torcedores do Santos, em coro. Em situação delicada na tabela de classificação, o Atlético-PR demorou a assimilar o golpe. As poucas jogadas de ataque dos visitantes saíam de bola parada, sempre com o veterano Paulo Baier.

Do outro lado, o Santos jogava com a calma de um time que não tem mais aspirações no Campeonato Brasileiro. Satisfeito com o assédio da torcida, Neymar aplaudia quem estava nas arquibancadas até quando se encaminhava para bater escanteio. O astro voltou a acertar o gol aos 24 minutos, de cabeça, porém o árbitro assinalou impedimento de Renteria na jogada.

Acuado, o Atlético-PR se soltou com a entrada do meia Marcinho no lugar de Wendel, aos 28. O time de Antônio Lopes até se soltou, com Nieto desperdiçando uma boa oportunidade de gol na pequena área, mas também se expôs aos contra-ataques. Em um deles, aos 42, Neymar ficou livre de marcação diante do goleiro Renan Rocha e empurrou a bola para dentro. A torcida já festejava aquele que seria o gol do Santos.

Enquanto os santistas vibravam e preparavam-se para o reinício da partida, contudo, os jogadores do Atlético-PR correram para a lateral do campo para pressionar o assistente. Queriam que o gol fosse anulado, por impedimento passivo de Alan Kardec. Conseguiram. O árbitro retrocedeu em sua decisão, e a revolta mudou de lado. Com o placar novamente em 1 a 0, Neymar chegou a chutar a bola para a lateral e comemorar, em sinal de protesto.

Sem agradar a ninguém, o árbitro Francisco Carlos Nascimento precisou de escolta de policiais militares para se dirigir ao vestiário no intervalo. A tendência era de que o segundo tempo fosse ainda mais complicado para ele. As duas equipes voltaram ao campo com bastante irritação e disposição. Precisando desesperadamente de um resultado melhor, o Atlético-PR tomou a iniciativa de atacar nos primeiros minutos.

As bolas paradas de Paulo Baier, então, finalmente surtiram efeito. Aos sete minutos, ele cobrou escanteio fechado, a bola desviou em Guerrón e morreu dentro da rede - o árbitro assinalou gol olímpico. Mas o Santos não desanimou com a igualdade no placar. Até o sempre tímido Tata (substituto interino de Muricy Ramalho) se manifestava para incentivar o seu time a atacar.

Rapidamente, o Santos retomou o controle do jogo. O Atlético-PR parecia ainda comemorar o seu gol quando Cleber Santana cometeu pênalti em Edu Dracena. Neymar cobrou outra vez com categoria e recolocou a sua equipe em vantagem no marcador. No minuto seguinte, ele mesmo ampliou: recebeu lançamento no lado esquerdo da área e tocou na saída de Renan Rocha.

Com o domínio santista, a torcida alvinegra aproveitou para festejar. Gritou "olé", "tricampeão" e até avisou que a hora do Barcelona chegaria. O Atlético-PR, ironicamente, era aplaudido a cada falha no jogo. Neymar, no entanto, ainda estava empenhado em aumentar ainda mais a alegria santista e a agonia do adversário. Aos 25 minutos, um golaço: ele fez fila na marcação visitante até chutar forte, quase sem chances de defesa para Renan Rocha.

O jogo estava decidido. O Atlético-PR perdeu ânimo até para reclamar da arbitragem e passou a trocar passes no campo de defesa, "administrando" o resultado negativo. A torcida do Santos provocava, com berros de "Segunda Divisão". Ainda houve tempo, entretanto, para uma última homenagem a Neymar. Edu Dracena foi substituído por Bruno Aguiar e cedeu a faixa de capitão ao craque da partida.

FICHA TÉCNICA
SANTOS 4 X 1 ATLÉTICO-PR

Local:
Estádio Municipal do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 29 de outubro de 2011, sábado
Horário: 18 horas (horário de Brasília)
Árbitro: Francisco Carlos Nascimento (BA)
Assistentes: Cleriston Clay Barreto Rios (SE) e Fábio Pereira (TO)
Público: 16.679 pagantes (total de 18.541)
Renda: R$ 360.695,00
Cartões amarelos: Neymar (Santos); Cleber Santana, Wagner Diniz, Paulo Baier (Atlético-PR)

Gols: SANTOS: Neymar, aos 3 minutos do primeiro tempo; aos 10, aos 11 e aos 25 minutos do segundo tempo; ATLÉTICO-PR: Paulo Baier, aos 7 minutos do segundo tempo

SANTOS: Rafael; Danilo, Edu Dracena (Bruno Aguiar), Bruno Rodrigo e Durval; Adriano, Henrique e Arouca (Ibson); Renteria (Diogo), Alan Kardec e Neymar
Técnico: Tata

ATLÉTICO-PR: Renan Rocha; Wagner Diniz (Edilson), Manoel, Gustavo Lazzaretti e Heracles; Deivid, Wendel (Marcinho), Cleber Santana e Paulo Baier; Guerrón e Nieto
Técnico: Antônio Lopes

Fonte: Estadão

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