04/04/2011 | Sem opção, Japão joga água contaminada de usina nuclear no mar Ainda nesta segunda-feira, a Tepco usou um líquido com corante em um túnel próximo ao reator 2 da central para tentar determinar a rota do vazamento de água radioativa para o mar.
Segundo a rede de televisão "NHK", os funcionários verteram o líquido de cor branca em um túnel que conduz à fossa onde, no sábado, foi detectada uma rachadura de cerca de 20 centímetros, que permite que água com uma elevada radioatividade escape para o mar.
Tentou-se deter o vazamento selando a rachadura com concreto e injetando polímero em pó para absorver a água, mas nenhum desses dois recursos obteve sucesso.
O objetivo do corante é poder seguir a rota exata pela qual chega ao mar a água contaminada, que por causa de seu elevado nível de radioatividade se acredita que poderia proceder do núcleo do reator 2.
A Tepco trabalha com várias possibilidades para deter o vazamento ao mar, como tentar tapar a rachadura com produtos químicos ou instalar uma barreira no litoral para conter a água radioativa.
O número de mortos por causa do terremoto e o tsunami do dia 11 de março no nordeste do Japão aumentou nesta segunda-feira para 12.157, ao mesmo tempo em que outras 15.496 pessoas continuam desaparecidas, segundo a última apuração policial.
Além disso, em 2.100 refúgios temporários quase 160 mil pessoas continuam abrigadas provenientes das províncias de Miyagi, Iwate e Fukushima, as mais devastadas pela catástrofe.
Em Miyagi, os mortos chegam a 7.431 e há ainda mais de 6.300 pessoas não localizadas, enquanto em Iwate há 3.540 mortos e cerca de 4.500 desaparecidos, e em Fukushima os mortos são 1.126 e os desaparecidos 4.570.
Neste domingo uma grande operação de três dias foi concluída, na qual participaram 25 mil militares do Japão e dos Estados Unidos, junto com policiais, bombeiros e Guarda-costeira, para buscar desaparecidos nas áreas destas três províncias arrasadas pelo tsunami.
Apesar de contar com o apoio de 120 aviões e helicópteros e mais de 60 embarcações, a busca só encontrou 78 corpos entre os escombros e as águas litorâneas, já que se acredita que grande parte dos desaparecidos foi arrastada mar adentro.
A busca não incluiu a área de exclusão decretada em um raio de 20 quilômetros em torno da usina nuclear de Fukushima, onde se trabalha sem descanso para tentar conter a radiação e ativar o sistema de refrigeração danificado pelo tsunami, em uma batalha que o Governo japonês advertiu que será "longa".
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