Há praticamente três décadas longe de casa, o itapirense Hélio Moino não esquece suas raízes. Mesmo em Xangai, onde reside e trabalha desde 2003, sua torcida pela seleção brasileira tem a mesma intensidade dos tempos de juventude.
Apesar da distância e do fuso horário – Xangai, na China está 11 horas a frente do horário brasileiro – Hélio Moino não deixa de ver os jogos do Brasil e de outras seleções. Através da rede social Facebook explicou como é torcer pela seleção de seu país mesmo estando há milhares de quilômetros. “Acompanho os jogos mesmo a distância, e devido ao fuso, em horários muito desconfortáveis”, revelou. “Os jogos desta primeira fase têm começado à meia-noite, ou três ou ainda às seis da manhã”.
Por ser uma cidade que concentra grandes multinacionais, Xangai conta com um grande número de brasileiros. E, para não perder o ânimo, em dia do jogo do Brasil, como acontece por aqui, grupos se reúnem para engrossar a torcida. “Somos aproximadamente 500 famílias brasileiras em Xangai, porém pequenos grupos de seis ou oito famílias mais próximas se reúnem nas próprias casas ou em ‘sportbars’ para acompanhar a seleção”, conta. ”Muito interessante também é que a comunidade internacional em Xangai é muito grande e temos bons amigos da Alemanha, Itália, Espanha, Holanda, Bélgicae, acredite ou não, até da Argentina”.
Para o jogo deste sábado, 28, contra o Chile, Moino já tem programação definida. “Neste sábado, por exemplo, contra o Chile, é aniversário de um amigo de origem belga e o churrasco está previsto começar às 18 horas no horário daqui, que corresponde às sete da manhã do Brasil, e continuar ate o início da partida que será à meia-noite no horário da China. É uma festa e a convivência é excelente, toda brincadeira sutil é muito bem vinda”.
E, para torcer e, porque não, provocar os amigos multinacionais, Moino tem usado uma camisa bem conhecida no mundo inteiro. “O Pelé, ele mesmo, o Rei, esteve na China, em Pequim, há cerca de três semanas, mais precisamenteno dia 03 desse mês, para algumas reuniões de negócio e divulgação da marca Pelé na Ásia e eu tive a honra de ser um dos poucos privilegiados brasileiros a ser convidado para este evento”, conta. “Infelizmente, devido a minha agenda e algumas reuniões previamente marcadas no Canadá, não foi possível participar desse encontro, mas a surpresa boa foi o presente, uma camisa enviada pelo Rei, que passou a ser meu uniforme oficial nos jogos do Brasil, é o modelo usado por ele no mundial de 1970 e que tem dado sorte até agora”.
Sobre a preferência chinesa por esta ou aquela seleção, Moino explica que por lá não torcida por seleções específicas. “Por aqui não torcem por seleções, mas por jogadores e a preferência por Neymar e Messi é bem parecida, ambos dividem a preferência dos chineses”, frisa.
Maratona
Atualmente Hélio Moino ocupa a posição de diretor executivo na Voith, uma multinacional alemã que produz turbinas e geradores para usinas hidroelétricas. Apesar de estar em Xangai desde 2003, a maratona internacional do itapirense começou em 85. “Eu e a Soraia estamos em Xangai desde 2003, portanto aproximadamente há 11 anos, mas comecei minha maratona internacional em 1985, quando morei no Sul da Alemanha”, explica. “Tive oportunidade de morar nos Estados Unidos em 1994 e nos últimos anos o foco tem sido a Ásia”.
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