Carregando aguarde...
Itapira, 02 de Maio de 2024
Notícia
09/09/2011 | Barros Munhoz fala sobre a demolição da passarela da estação.

O Portal Cidade de Itapira estava se preparando para ouvir o presidente e os vereadores da Câmara Municipal de Itapira sobre o projeto que autoriza o poder executivo a doar uma área à Fazenda do Estado de São Paulo, para a construção de um prédio para o Ministério Público, quando viu a última sessão aprovar o parecer das comissões solicitando 30 dias para estudos mais aprofundados. Naquele mesmo dia, chegou à redação do PCI a informação de que o presidente da ALESP, deputado Barros Munhoz, tinha recebido o procurador-geral de justiça, Dr. Fernando Grella Vieira para tratar, justamente, desse assunto.

Considerando que a demolição da passarela virou tema corrente e, diante da movimentação de cidadãos em defesa daquela construção histórica, o PCI, através de Nino Marcati, entrou em contato com deputado Barros Munhoz para colher informações sobre o pensamento do Procurador do Estado e do presidente da ALESP.

 

Nino Marcati – Prezado deputado, a destinação de um espaço próprio ao Ministério Público de Itapira é assunto que, onde se pretende a instalação e da forma como vem sendo colocado, vem gerando grande polêmica e já está ocorrendo uma movimentação na cidade em defesa daquele patrimônio histórico. Nós pretendemos entrar em contato com a prefeitura e câmara para saber mais a respeito, mas como tomamos conhecimento, através da sua assessoria de imprensa, que o procurador-geral de justiça, Dr. Fernando Grella Vieira, esteve com o senhor, em seu gabinete, na Presidência da Assembléia Legislativa, gostaríamos de saber se esse assunto chegou a ser abordado.

 

Deputado Barros Munhoz – Eu tomei conhecimento da pretensão de se construir esse prédio para o Ministério Público e de que a construção do prédio iria destruir a passarela. Estando com o Dr. Fernando Grella e seu assessor de gabinete Dr. Márcio eu coloquei a eles o problema, mostrei a planta ou o esboço que eu tinha, e eles ficaram então de se inteirar melhor do assunto. O Dr. Márcio, inclusive, conhecia o projeto e até ficou preocupado com a destruição da passarela. De sorte, que o assunto já está sendo reestudado na Procuradoria Geral pelo Dr. Fernando Grella e pelo seu chefe de gabinete, o Dr. Márcio. 

Nino Marcati - Pelo que estamos sentindo, ninguém é contra a destinação de um espaço para o Ministério Público. Mas pelas palavras do presidente da câmara, Manoel Marques, tal construção poderá afetar o prédio da estação e o viaduto poderá ser demolido. O que o senhor pensa disso?

 

Deputado Barros Munhoz – Eu também concordo que ninguém é contra a destinação de um espaço para o Ministério Público, mas eu sou contra que essa destinação afete a passarela lá existente.

 

Nino Marcati -  Nessa conversa com o procurador, ao ministério público interessa construir naquele espaço a despeito dos reflexos negativos que essa sede representará para a história da nossa cidade?

 

Deputado Barros Munhoz – Nessa conversa com o procurador geral eu senti que a preocupação deles é de que a construção de um prédio para o Ministério Público não cause problema algum para a cidade. A vontade deles é evitar que provoque a destruição da passarela e eu senti claramente isso tanto do Dr. Grella quanto do Dr. Márcio. 

Nino Marcati - A cidade já está se mobilizando sobre essa tentativa de dilapidar a nossa memória. Existem grupos organizados criando comunidades nas redes sociais, jovens da cidade estão se movimentando e o pessoal mais antigo nem quer ouvir falar em descaracterização daquele espaço. O que o deputado pensa desse espírito participativo que está renascendo na cidade?

 

Deputado Barros Munhoz – Eu acho fantástico que haja esses movimentos de participação na vida da cidade que estão sendo mesmo necessários, dada a inércia quase que total da nossa câmara municipal, que só tem dois vereadores que atuam e que defendem os interesses da população. E é mais do que urgente e necessário que haja grupos de cidadãos que defendam a cidade.   

 

 

Nino Marcati - Nas declarações do vereador Manoel Marques, como presidente da câmara e integrante do grupo governista, o único a falar sobre o assunto, a demolição do viaduto talvez seja necessária, pois está abandonado e lá se transformou numa área de reunião de drogados e pequenos assaltantes. O senhor concorda com essa idéia que é mais ou menos parecida com: para acabar com a sujeira das folhas produzidas por uma árvore, a melhor solução é o corte?

 

Deputado Barros Munhoz – Para o vereador Manoel Marques não interessa o viaduto, o morro da asa delta, o hotel fazenda, as estradas da cidade, a área de 140 mil metros que foi deixada nos fundos da Estrela e da Nutron para a construção de indústrias. Tudo isso está abandonado. Segundo ele tudo isso pode ser destruído.

 

Nino Marcati - Os vereadores, inclusive da base governista, perceberam que esse assunto é muito delicado e aprovaram o adiamento de trinta dias para que eles possam abrir uma consulta pública à população para avaliar a viabilidade ou não da demolição do centenário viaduto. O senhor considera esse mecanismo de consulta, via site da câmara, como um instrumento que poderá nortear a decisão dos vereadores?

 

Deputado Barros Munhoz – Eu achei muito prudente os vereadores terem adiado a votação para apurarem melhor a conveniência ou não da demolição deste quase centenário viaduto.

 

Nino Marcati - Para encerrar, qual seria a solução que o presidente da ALESP, deputado por Itapira, três vezes prefeito da cidade, daria para resolver essa situação?

Deputado Barros Munhoz – Soluções têm várias. Pois existem projetos na prefeitura sob um bom aproveitamento dessa área. O local é um bom lugar para se fazer uma série de coisas. É um palco fantástico para a cultura, alias essa administração há seis anos e meio, ou seja, no primeiro mês de governo disse que ia gastar perto de R$ 500 mil para fazer uma área de cultura no local. Foi a primeira coisa que o prefeito falou quando anunciou o secretário José Carlos Vieira para a Cultura. Então, seis anos e meio depois vem essa coisa tão distorcida e esquisita. É perfeitamente possível fazer uma excelente sede para o Ministério Público sem fazer o que estão dizendo em fazer. Eu me lembro que esse pontilhão da Fepasa era muito utilizado, na época que funcionava a Fábrica de Chapéu Sarkis. O pontilhão era um ponto de ligação dos trabalhadores da Sarkis que moravam na parte alta da cidade. É uma obra que pode ser melhorada, como tantas outras em todas as cidades do mundo, onde elas são preservadas , aprimoradas, enfeitadas, enfim são cultuadas. Essa é uma obra que foi construída entre 1938 e 1942, durante o primeiro governo do prefeito Caetano Munhoz, meu pai. Soluções existem, e eu tenho certeza que a melhor será encontrada. Parabenizo o vereador Carlinhos Sartori e o vereador Kará que suscitaram o problema na câmara municipal. Parabenizo a imprensa que levantou o problema e também aqueles que estão mostrando seu inconformismo diante de mais um erro da atual administração.  

 

FOTOS DA ASSESSORIA DO GABINETE E BETO COLOÇO DO JORNAL "A CIDADE"

 

Fonte: Da Redação do PCI

Comentários, artigos e outras opiniões de colaboradores e articulistas não refletem necessariamente o pensamento do site, sendo de única e total responsabilidade de seus autores.

Veja Também
1 comentário
09/09/2011 11:09:22 | Usuário Anônimo
Também sou contra a demolição, itapira precisa preservar a sua história!
Deixe seu Comentário
(não ficará visível no site)
* Máx 250 caracteres

* Todos os campos são de preenchimento obrigatório

2025 visitantes online
O Canal de Vídeo do Portal Cidade de Itapira

Classificados
2005-2024 | Portal Cidade de Itapira
® Todos os direitos reservados
É proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo deste portal sem prévia autorização.
Desenvolvido e mantido por: Softvideo produções