As obras de preparação do terreno para receber a construção do prédio que abrigará a ONG Jovem em Ação estão a todo vapor. Uma conquista que deveria servir de orgulho para a cidade inteira, principalmente dos moradores da Vila Boa Esperança e arredores, região da futura sede. Mas não é isso que está acontecendo, adolescentes, jovens, adultos e terceira idade não se conformam com a maneira como foram tratados pela administração atual.
A reportagem do portal PCI esteve no local para ouvir os reclamos dos moradores.
“Nós tínhamos um espaço conquistado. Manifestamos a nossa intenção de que não queríamos perder aquela quadra. Era um local onde nossos filhos cresceram e se divertiram. Em nenhum momento houve um pensamento a nosso favor. Debatemos-nos, fizemos abaixo-assinado, conversamos com vereadores. Não sei o que está por trás desse negócio. É inacreditável isso que está acontecendo conosco. Não fomos ouvidos.”, disse uma moradora, nascida perto da igreja.
Outra moradora, Simone, disse que ninguém do bairro gostou da mudança: "Era o único lugar que eu podia levar meus sobrinhos para brincar, agora tiraram. O parquinho que tem está abandonado, e os brinquedos quebrados, vão construir um bom lugar para o Jovem em Ação, mas tiraram a recreação dali."
Noutra rua, uma representante de uma família disse: “Não sei dizer se foi bom ou ruim. Foi tirada a quadra onde as crianças brincavam todos os dias, o bocha também.
Outra completou: “até parece que foi caso pensado. Cortaram a luz, esperaram outras pessoas aparecerem por lá, para depois dizer que foi melhor, que o local foi recuperado. Antes, não era assim.”
Sobre o abaixo-assinado, todos assinaram: “ninguém queria essa mudança, mas não ajudou em nada. Acho que somos cidadãos de segunda classe”, desabafou.
Quanto à importância da obra, estão divididos. Uns acham que a entidade Jovem em Ação merece um espaço adequado próprio, mas preferiam que não fosse o local que era da comunidade. Outros pensam diferentemente. Acham que a entidade forçou a barra para pegar aquele local e, para conseguir isso, se valeram de tráfico de influência e “maracutaias”.
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