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Itapira, 20 de Maio de 2024
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12/08/2012 | Descomplicando o ensino de química em sala de aula

 

Uma nova experiência – no sentido literal da palavra – vem aumentando o interesse e melhorando o desempenho de estudantes do ensino médio em duas escolas estaduais da cidade na disciplina de Química. Quem garante é o químico, professor de química e atual coordenador pedagógico da Escola Cândido Moura, Sidney de Lima Junior, de 35 anos.

Ele contou ao jornal Cidade que dentro da relação de material pedagógico enviado no início do ano letivo pelo governo estadual constavam dois kits para atividades práticas do ensino em química. “Quando percebi o potencial daquele material para despertar o interesse dos alunos imediatamente acionei outros colegas para discutirmos a melhor forma de usar o equipamento em sala de aula e fizemos constar no planejamento deste ano letivo sua aplicação”, revelou.
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Além da Cândido Moura, outra escola que aderiu à novidade foi a Caetano Munhoz.  A professora Silvia Aparecida Fracarolli disse que a partir do momento que conseguiu levar os kits para suas aulas, o interesse dos alunos pelas aulas aumento como por encanto. “A gente por mais que se esforce não consegue prender a atenção da maioria da classe para a maioria dos tópicos da disciplina. A partir do momento em que passamos a realizar as atividades práticas, os alunos mostraram um interesse muito maior. A maioria queria manusear os instrumentos, ver de perto as reações resultantes”, observou.
 
No Cândido Moura, até mesmo a disciplina de Português acabou ganhando uma importância maior segundo comentou a professora Sandra Aparecida Cachiba. Diante da inevitável indagação a respeito de qual a relação entre os dois temas, Sandra disse que aí entra aquilo que os formuladores da moderna teoria da educação chamam de “interdisciplinariedade”, ou seja, os relatórios sobre as experiência têm que necessariamente ser muito bem elaborados, da mesma forma que os experimento em si. “Todos estes procedimentos tem que ter um acompanhamento muito próximo do professor, pois envolvem riscos”, lembra a professora Silvia.

Bahia
Lima Junior foi ainda mais longe. Fez um relatório detalhado da experiência em sala de aula e colocou tudo num trabalho acadêmico que ele foi apresentar pessoalmente em julho no XVI Encontro Nacional de Química (ENEQ), realizado neste ano na Universidade Federal da Bahia. O referido encontro reúne a cada dois anos educadores da área de química de todo o Brasil e sua organização costuma selecionar antes de sua realização trabalhos a serem apresentados. Autêntico fã de carteirinha deste intercâmbio, Lima Junior já participou da maioria deles e em cada participação emplacou pelo menos um trabalho para ser apresentado. “É extremamente gratificante poder participar de um evento desta envergadura e expondo os resultados significativos de trabalhos desta natureza”, disse o Lima Junior, acrescentando que lhe causa satisfação “participar de mesas redondas, de debates e cursos ao lado de alguns dos principais especialistas e autores do território brasileiro. Já contabilizamos 11 trabalhos inéditos publicados”, complementou.
 
O resultado prático desta sua última participação foi o fato de que acabou recebendo diversos convites de autoridades educacionais de outros estados para levar a ideia da Secretaria de Educação de São Paulo para outras paragens. Evidentemente que a direção regional de ensino se incumbiu em levar ao conhecimento da cúpula da Secretaria estes entendimentos e surgiu aí mais uma boa nova: o Cândido Moura terá revitalizado um espaço destinado para a instalação de um laboratório de química.
 
Outra Frente
Sidney, fazendo bom uso deste tipo da teia de relacionamento junto à coordenação do ENEQ, tenta colocar em prática uma inovação numa outra frente, em favor do Ensino de Jovens e Adultos (EJA) que substituiu os antigos cursos supletivos, propondo uso da apostila didática fornecida para os professores de Química, para ministrar os conteúdos desta disciplina aos alunos do ensino médio do EJA. A colega Sandra Cachiba percebeu a dificuldade de fazer com que estudantes que estão correndo contra o tempo se habitem ao linguajar metódico e muito amplo contido no livro do professor e que deve ser repassado durante o curso. Diante disso criou uma metodologia própria que procura levar para dentro da escola especialistas para falar sobre temas abordados na carga curricular prevista. Como os resultados começaram a aparecer imediatamente, Lima Junior fez uso de seu conhecimento em documentar também esta experiência que a exemplo do ensino prático dentro de sala de aula, acabou sendo objeto de explanação para os participantes do referido congresso. 
 
Fonte: A Cidade

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