Pontes de Eleutério. Parece título de filme, mas foi uma novela de 30 meses. Na próxima segunda, dia 26, às 15h será assinado o convênio para a construção das pontes de Eleutério. O deputado Barros Munhoz estará no ato solene. Toninho Bellini foi convidado. Um estará ao lado do outro, provavelmente, mas casamento que é bom, nada. Mas como no filme, questionamentos, não faltarão.
Tutu a mais, ninguém reclama. O tesouro municipal foi surpreendido com o valor, além do previsto, por conta do acordo com a Unimed. Esperava-se R$ 1 milhão, virão R$ 1,9 milhões. As línguas ferinas não perdoaram. Disseram que essa diferença estava destinada à Esportiva, mas como o time desandou... Esclarece-se: os 81% a mais é resultado da correção monetária e juros.
Jornal Oficial de Itapira. Circula entre os integrantes da imprensa local que a divulgação das atividades gerais da administração por visarem a promoção dos integrantes do poder público não é caracterizada como publicidade legal. Um ponto nada pacífico entre os juristas. Eventuais prejudicados estão correndo atrás dessa meada.
Polícia é notícia. O itapirense Diego reclamou por email a seguinte situação: na quarta-feira, 21, Gilmar, pai do reclamante, sofreu uma queda de moto na Cônego Henrique de Matos com a Fidêncio Trigo. Diego chegou ao local, dez minutos depois, e viu o pai dele sem socorro, no chão e na chuva, apesar das inúmeras tentativas para o serviço de resgate, via celular dos que acompanhavam a agonia do acidentado.
Com a boca no trombone. Diego emprestou um telefone móvel, discou 192 e foi atendido pelo Sr. Alex que disse que a ambulância estava a caminho. Ao receber o retruco de que já se passava mais de meia hora sem que nada acontecesse, o Sr. Alex se exaltou, usando impropérios contra Diego pela impaciência. Insatisfeito e furioso, o filho desesperado correu ao local onde ficam as tais ambulâncias. Lá encontrou oito veículos parados e dois motoristas conversando alegremente.
Solução? Depois dos bate-bocas, uma ambulância foi encaminhada, sem a presença de nenhum profissional especializado em resgate e em primeiros socorros. Gilmar foi encaminhado para a Santa Casa sem que na remoção fosse adotado o colar servical, a tala de limitação de movimento ou qualquer outra providência indicada para esses casos. Será que todos os itapirenses recebem esse tipo de tratamento?
O papel do vereador. Quem foi que disse que hoje os vereadores podem cobrar, discutir e usar das suas prerrogativas e liberdade de ação? Só nas sessões da Câmara, um monte de gente. Pois é. O vereador Ferrarini, sempre elegante e educado, ao exercer o papel que lhe cabe, sofreu as consequências da sua ousadia.
Tem que rezar na cartilha, senão... O vereador Ferrarini ao portar-se como agente fiscalizador, em nome dos seus representados, solicitou informações sobre o Jornal Oficial de Itapira. Sabe o que aconteceu? Ao invés de ser cumprida a obrigação e fornecido os dados solicitados, o prefeito e seus diletos colaboradores crucificaram o vereador, desancando-o com palavras grosseiras e discriminatórias. A cada dia que passa...
O MP não quer mais o terreno do município. Segundo Mino Nicolai, alegando descontentamento com a reação cidadã à derrubada da passarela da mogiana, o MP declinou o terreno oferecido. Recebeu três alternativas, mas nenhuma atendeu os critérios de segurança exigido para a construção do prédio. O motivo da insegurança: a pobre passarela.
Tem gente encafifada com essa história. O MP descartou Itapira, diz que está buscando noutros municípios a área perfeita para a construção para esse superprotegido prédio. Cabe uma pergunta: será que outras cidades poderão oferecer terrenos em melhores condições aos de Itapira?
Mino acha que tem dente de coelho nessa história. Para o vereador tudo o que poderia ser feito para resolver as pendências foi realizado. Não há muito mais o que fazer. Ele acha que o prefeito Toninho Bellini não vai comprar a briga com parte da população. Mas entende que será complicado perder esse prédio em função dos benefícios que ele pode trazer para a cidade. Para Mino, Barros Munhoz está por trás disso tudo. O deputado quer resolver ele essa questão e sair como o grande articulador e pai do novo prédio.
Outros interesses 1. Para Mino, o deputado Barros Munhoz quer estar de bem com o Ministério Público para que as ações correntes contra ele recebam tratamento privilegiado pelos então beneficiados com o prédio novo.
Outros interesses 2. Tá certo. Quais seriam, então, os interesses do Novo Tempo na destinação desse espaço ao novo prédio do MP? O futuro? Um pedido de medida cautelar antecipado?
Itapira, a terra dos exageros. Apesar de o vereador falar em tese, sem estabelecer relações diretas, nem configurar denúncia, é demais exagerado imaginar que o MP como um todo poderia ser influenciado pela ação proativa do deputado Barros Munhoz ou qualquer outro político desse país. Foi-se o tempo, de triste memória.
A passarela está garantida. Considerando que a maioria dos vereadores é contrária à derrubada, o prefeito Toninho Bellini mostrou-se sensibilizado e o deputado Barros Munhoz garantiu, pela parte que lhe toca, que é a favor da preservação da passarela, o perigo maior, parece que passou. Mas o alerta deve ficar ligado. Sabe como é de repente na calada da noite...
Só para refletir. Guardada as devidas proporções, derrubar a passarela da Mogiana é como se Paris resolvesse por abaixo o Arco do Triunfo para melhorar o trânsito naquela enorme rotatória ou Roma demolir o Coliseo para construir no lugar um belo espaço para as apresentações culturais. Jacomo Mandato sussurrou no ouvido do redator: caso essas tragédias acontecessem por lá, num ato de loucura palaciana, parisienses e romanos teriam muitos outros monumentos históricos para se orgulharem. Aqui, ao contrário, não sobraria mais nada. Fui!
Só para desanuviar. No tempo do prefeito Barros Munhoz, no gabinete dele tinha um botão que acionava uma campaninha na assessoria de imprensa. Sempre que aquele botão era apertado, um servidor saia em carreira para atender ao chamado. Chegava, às vezes, descabelado e com os óculos enviesados na face, entre a bochecha e a sobrancelha oposta. Quando o Novo Tempo assumiu, no primeiro dia de reconhecimento da casa, alguém apertou o tal botão e poucos segundos depois lá estava o dedicado e assustado profissional. Mais tarde o sistema foi desmontado, para alívio do bem dotado escritor.
Mané revelou certa mágoa. Em conversa na câmara, durante a divulgação do resultado da consulta pública, Manoel desabafou: “quando eu era secretário de governo eu não prestava, tudo de ruim que lá acontecia era eu, e agora, como é que as coisas estão por lá? Tem alguém no meu lugar? Se era tão bom o posto por que ninguém quis assumir?” E eu lhes pergunto: “como está a Câmara? Coloquei ou não coloquei essa casa em ordem. Acabei com aquelas “bichices” e aquela inoperância.”
Uma limpeza. E o presidente continuou: “é claro que muita gente de lá de cima não quer que eu assuma, nem um dia a prefeitura. Se eu assumisse, faria uma limpeza, sim. Muita gente iria para o olho da rua. A única culpa que o Toninho tem foi de manter os amigos dele. Mas ele não está isento das trapalhadas. Quando ele vê, a caca tá feita.”
Ninguém me consulta. Em tom de lamuria: “desde que deixei o executivo e assumi a vereança, ninguém me liga não me perguntam nada. Nem o Mário fez ou faz isso. Será que a experiência que eu tenho não vale alguma coisa? Será que eles não confiam em mim? Acho que tenho mais crédito na oposição, do que na situação. É possível isso? Só agora, o Euclides, o secretário de administração, me ligou tirando algumas dúvidas.”
Mané é contra o aumento de vereadores. O presidente da Câmara declarou esta manhã que ele é contra o aumento de vereadores. E para ele, o número ideal são dez vereadores. Um vira presidente, restam 9, um número impar, para as votações.
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Nino Marcati, da Redação do PCI
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