Cartilha do Dropes. Para comemorar o 51º capítulo, o Dropes lança a sua cartilha política com vistas à eleição do ano que vem com o intuito de oferecer modestos subsídios aos candidatos proporcionais e majoritários.

Cartilha do Dropes – Lição A: Partido Político.

Assunto do dia: a mudança do controle do partidário e a perda do mandato.

Princípio básico: partido político nunca deve ser visto como uma garota de programa (ou garoto, para o texto não ficar machista), sistema que se usa por motivação interesseira ou gosto individual. O Partido é a expressão coletiva, fragmentada em grupos menores, organizados conforme a ideologia convergente.  

Conceito: a escolha do partido deve refletir os ideais políticos de quem pretende entrar na caminhada. Os filiados devem abraçar as bandeiras, aninhar-se, verticalmente, aos líderes e aos candidatos dos níveis superiores. É a demonstração da lealdade, convicção ao projeto político sustentável e exeqüível, e respeito hierárquico. A perda de mandato jamais deve ser um impedimento básico para a mudança partidária. O motivo deve ser nobre, como por exemplo, novo caminho ideológico ou ferimento aos preceitos éticos.  Por outro lado, conforme entendimento do STF: “a mudança significativa de orientação programática do partido e a comprovada perseguição política, haver-se-á de assegurar, ao parlamentar, o direito de resguardar a titularidade do mandato legislativo”. Logo, basta ter ideologia, ética e razão.

Tarefa de casa: quem entra para a política, têm que ser político, todos os dias. Tem que respeitar as críticas e as adversidades. Tem que aglutinar gente que pensa, mais ou menos, do mesmo jeito. Amigos e parentes para atender a exigência mínima eleitoral, não configuram um partido.  

Resumo da lição: Ninguém perde ou ganha o que não existe.

O caso da UBS, quase perdida. O secretário da saúde, Vladen Vieira, manifestou-se, por email, favorável à concessão de uma entrevista de esclarecimento à TV PCI. Até a noite desta terça-feira, a presença não foi confirmada. O mesmo pode ser falado do pedido de explicação encaminhado à assessoria de imprensa do prefeito. Nada foi retornado. Depois é a imprensa que fala bobagens!

Mário prometeu e o Condema está esperando. Na reunião da semana passada, Mario da Fonseca prometeu chamar uma reunião, para esta semana, para tentar contornar os problemas levantados pelos conselheiros. O prazo fatal encerra na próxima quinta. Será que essa reunião vai acontecer?  

Mino perde o PSB 1. Ontem, chegou à redação do PCI a informação de que o presidente da Assembléia, deputado Barros Munhoz, tinha prestigiado a cerimônia de filiação de três deputados estaduais ao PSB.  Era o prenúncio do que estava para acontecer.

Mino perde o PSB 2. Hoje, o TRE publicou a composição da nova comissão provisória do PSB. Nela consta o nome de Vicente, Selma Vieira, Andriana Silva, Antonio Claret da Rosa e Regina Vicente. Nada de Mino Nicolai na parada.

Mino tá bravo, com razão. A perda do PSB, apesar da resistência e da negação, era esperada por Mino a qualquer momento. Sabia que a manutenção da sigla era uma questão de sorte, de algum erro dos adversários. Por mais que ele tentasse esconder, era visível o constrangimento e o sentimento de derrota. Afinal, foram dez anos de filiação e presidência. Merecia, pelo menos, consideração por parte da Executiva Estadual.

É estranho. O PSB é um partido que se coloca entre os grandes da nação. Tem vários parlamentares, governadores e prefeitos. Diante de tantas “maracutáias”, o PSB tem saído ileso e nas suas fileiras, o governador coqueluche do momento e queridinho do ex-presidente Lula: Eduardo Campos. Será que esse partido, em São Paulo, é tão diferente assim?

Depende de onde se olha. Para os novos controladores do PSB, Mino perdeu o controle da legenda por inoperância política. O que ele conseguiu além de conquistar votos para si?  O que ele fez para conseguir votos para os candidatos da agremiação, nas eleições que ele esteve à frente do partido? Quem quiser a resposta, basta consultar os mapas eleitorais dos últimos dez anos, declararam. Ele não perdeu o PSB. Foi o partido que procurou por novos zeladores.  

Na encruzilhada. Mino pode abrir uma guerra jurídica, mas não tem tempo para gastar a munição que diz ter. Acredita que se mudar de partido para poder ser candidato, perde o mandato. Se ficar terá que participar do grupo que apoiará o candidato da oposição. É o famoso estar no meio do mato sem cachorro.

Sonia ganhou. A postura solidária e denunciante de Sonia Santos, diante do que ela classificou como golpe do deputado Barros Munhoz em tirar o PSB de Mino Nicolai, são atitudes verdadeiras da vereadora. Mas, politicamente, caiu no colo dela. Dificilmente o PT apoiará Manoel Marques como candidato oficial. A menos que Toninho Bellini tenha outro nome, o PT caminhará para coligação com o PDT. Sonia seria prefeita ou vice, na chapa. Candidata a vereadora ela não será, vem declarando.

Não ser candidata a vereadora. Essa atitude de Sonia Santos é vista por uns como um sinal de aproximação da vereadora aos divergentes (dela) do PT. Ao não se candidatar, ela abre espaço para que outros membros sonhem com a vaga. Isso facilitaria a retomada e união do PT para o próximo ano.

Mané perdeu. Mesmo que Manoel não veja o PV seguindo a mesma trilha do PSB, mesmo assim, perdeu com essa história. Sem o PSB ele sai enfraquecido. Parte do atual PSB permanecerá na agremiação. Outra parte vai se dividir. Manoel tende a ficar isolado.

Mané não é bobo não. Quem entendeu as informações subliminares proferidas por Manoel Marques nos últimos tempos, percebeu que ele tem uma legião de filiados a postos. Há quem diga que a estrutura de Manoel está azeitada para seguir firme, qualquer que seja o desfecho dos próximos dias. Quanto às eventuais deserções, Manoel não faz segredo: quem ficar é gente do time dele. E desafiou: “o deputado que arrume um candidato melhor do que ele (Manoel), senão...”

Alberto continua firme. Durante a semana saíram três informações, com fontes reconhecidas. Uma garantindo que o vice de Alberto seria Luiz Domingues. Outra dando como certa a vaga para Toninho Orcini. A terceira foi enfática, só será anunciado o vice, depois que o PT decidir o seu destino. O PT terá prioridade na indicação, no caso, Sonia Santos. Vice não falta para Mendes. Dizem que isso é um bom sinal. Neste sábado, Alberto esteve na convenção do PDT que indicou Paulinho como pré-candidato à prefeitura de São Paulo.

Falta mais de disposição. Alguns apoiadores têm reclamado de que o pré-candidato pedetista interrompe o trabalho e os contatos, por volta das 16h, alegando cansaço. Dizem que isso é um mau sinal. E eles já avisaram. Assim que a campanha começar não vai ter moleza não. O dia vai começar as seis da matina e só terminará à meia noite. E olha lá. Alberto olhou, tossiu e disse: “deixa comigo”. 

Repeteco. As duas últimas notas foram publicadas no Dropes anterior, que está em arquivo. A repetição tem a intenção de esclarecer uma dúvida do pré-candidato do PDT, Alberto Mendes. Veja o que ele mandou para esta redação:

1. 
   
2. Com referência a nota intitulada “Falta mais disposição”, no Dropes 50, quero informar que não são verdadeiras suas palavras, uma vez que só interrompo o meu expediente profissional às 16:00 horas ou até antes, quando tenho alguma reunião para fortalecer o nosso partido e procurando novas lideranças. Além disso meu celular fica ligado 24 horas por dia e nunca deixei de atender quem quer que fosse, a qualquer hora. Não fiquem preocupados que sei o que estou fazendo e o trabalho não me assusta e também não sou marinheiro de primeira viagem. Portanto, quando a campanha começar, o dia não vai começar as seis da matina e nem terminará a meia noite.  Nas campanhas anteriores o meu dia começava por volta das três horas e as vezes emendava um dia no outro.  Mesmo assim, agradeço pela preocupação e o recado, mesmo com cunho faccioso. (Alberto Mendes)

Mais uma vez. Como o pré-candidato vê o Dropes não tem nenhum problema em publicar na íntegra ou registrar a reclamação de qualquer pessoa que se sinta atingida por qualquer nota veiculada nesta coluna. O Dropes não é o porta-voz da verdade.

O Dropes confessa que não entendeu a reclamação. As notas, aqui publicadas, são, por definição, eminentemente políticas. Não resvalam na pessoalidade e no campo profissional. São assuntos de interesse público. Quem anda reclamando e fez o assunto chegar à redação, são, como descritos, alguns apoiadores do pré-candidato. Não eventuais clientes ou fornecedores. As palavras “trabalho” e “contatos” citados integram o contexto da segunda nota. Interessante é que a primeira reverencia o pré-candidato pelos vices que tem à disposição. Mas como era um comentário positivo, parece que foi perfeitamente interpretada. Depreende-se que apoiadores reclamantes querem o envolvimento do pré-candidato da forma como ele bem enumerou no email, logo, não deveriam ser interpretados como críticos, mas como “cutucadores”.   

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Nino Marcati, da Redação do PCI