O conselho tutelar foi acionado. A criança apresentou queimaduras de segundo grau nas costas,  com bolhas nas mãos e nos dedos e bolhas de pus na cabeça.

O mais grave. Os funcionários responsáveis pela creche pressionaram os pais para não comunicar a acorrência para a polícia, ministério público e muito menos ao Condeca - Conselho Estadual dos Direitor da Criança e do Adolescente.

As autoridades municipais, inclusive o presidente da câmara, Manoel Marques, a par da situação acionaram a Secretaria de Educação.

A Secretaria da Educação abriu sindicância,  o menino de 8 meses teve queimaduras no corpo durante o banho de chuveiro, conforme relatado por uma encarregada da escola.

A secretária, Ana Peruche, classificou o caso como "fatalidade" e afastou as duas educadoras responsáveis, até que as investigações estejam encerradas.

A família fez imagens dos ferimentos no corpo do menino. Ele foi encaminhado ao Hospital Municipal de Itapira com queimaduras nas costas e nas mãos, mas passa bem. O Conselho Tutelar também acompanha o caso.

As fotos da menina são chocantes, ganharam espaço na grande mídia. O Ministério Público, o Condeca e o deputado Barros Munhoz pediram as fotos.

A instituição atende 120 crianças menores de 4 anos. O chuveiro foi trocado. Não foi constatado, no entanto, nenhum problema no aparelho.

Algumas pessoas arriscaram palpites sobre o que poderia ter acontecido:

a criança foi mantida embaixo do chuveiro com temperatura elevada, mesmo chorando, segurada por um funcionário. Como a pele do bebe é sensível, as queimaduras se agravaram. Um fragrante ato de irresponsabilidade. 

A tese popular levantada é aceitável, pois a queimadura maior foi nas costas, cabeças e mão. O chuverio não apresentava problemas e havia adulto por perto, que não deve ter se incomodado com o choro da criança.

Outra hipótesé é que a criança poderia ter sido deixada sozinha embaixo o chuveiro, numa espécie de banheira. Nesse caso, a responsável não percebeu a água esquentar em excesso, e, também,  não deu socorreu imediato quando a criança começou a chorar. 

Fotos: Adilson Fernandes