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Itapira, 02 de Maio de 2024
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12/06/2014 | IMBIL anuncia projeto inédito na América Latina para reaproveitar areia de fundição

A direção da IMBIL está anunciando nesta Semana do Meio Ambiente o desfecho favorável de um exaustivo processo de pesquisa para aplicação prática de resíduos gerados a partir do processo de fundição de peças, cujo resultado final envolve uma parceria inédita com a em­presa Art-Blocos , sediada em Estiva Gerbi, para a fabricação de uma linha específica de blocos de concreto utilizando a areia descartada do pro­cesso de fundição. Segun­do a engenheira ambiental Fernanda Regina Antonio, responsável pelo setor de Meio Ambiente da IMBIL, a areia é o principal resíduo gerado dentro do processo de fundição.

Trata-se de um material que recebe tratamento quí­mico adequado para obter as características desejadas, permitindo que o processo de fundição de peças ocorra com qualidade. Com larga expertise neste processo, a Imbil já dominava um processo de reutilização do material usado. Ainda assim, segundo Fernanda, cerca de 600 toneladas por mês eram descartada para um aterro industrial.

Além de representar um ônus financeiro para a em­presa, esse descarte causava certo desconforto para a IM­BIL devido ao compromisso histórico assumido por sua direção na defesa do meio ambiente desde os primór­dios de seu funcionamento. “Foi por isso que ao longo de vários anos temos nos cercado das melhores prá­ticas e estudos relacionados ao reaproveitamento desta areia, processo que teve início ainda em 2008. Desde então temos investido muito em recursos humanos e equi­pamentos”, reforçou o diretor Executivo Vladislav Siqueira, que acompanhou o projeto de perto desde o início.

A IMBIL é apoiada neste processo com a consultoria de uma empresa especializada, a Redense, de Piracicaba. Seu diretor-responsável, o engenheiro Esneder Antonio Penatti Junior, confirma que todo o processo que resultou na aprovação pela Cetesb da reutilização para a fabricação de uma linha de blocos de concreto ambientalmente correta exigiu anos de estudos e experimentos, até chegar à dosagem ideal. Segundo ele esta areia descartada passa por um processo de destorroamento e limpeza antes de ser encaminhada para a produção dos blocos de concreto.

Este é um processo iné­dito em toda a América Latina. “Até então havia caso de empresa de fun­dição reaproveitando sua própria areia para que ela mesma fabricasse seus ar­tefatos de concreto. Uma parceria envolvendo duas empresas é inédito no país e em toda a América Lati­na”, afiançou.

Ainda de acordo com sua avaliação, o caso envolvendo a Imbil e a Art-Blocos acaba servindo de exemplo para outras empresas do setor, demonstrando que é possível o reaproveitamento da areia descartada de fundição. Pe­natti Junior estima que no Brasil cerca de três milhões de toneladas de areia des­cartada de fundição geradas anualmente acabam indo para aterros industriais. “Importante destacar que a IMBIL está na vanguarda de um processo que encon­tra similaridade em países como Estados Unidos e Alemanha”, destacou.

Especificações

O empresário Fernando Augusto Fernandes, sócio da Art-Blocos, disse que a parceria está no início e que acabou tendo participação nos estudos que resultaram na aplicação da areia descartada de fundi­ção para a confecção de uma linha específica de blocos de concreto numa triangulação envolvendo a Imbil e a Redense. Ele explicou que por se tratar de uma novidade na acepção da palavra, espera explorar um nicho de mercado voltado para empresas e pessoas físicas interessadas na construção sus­tentável e que fazem questão de utilizar materiais oriundos de processos sustentáveis. Nesta fase inicial, estão sendo produzidos blocos de con­creto sem função estrutural, seguindo todos os requisitos definidos nas normas técnicas específicas da ABNT (Asso­ciação Brasileira de Normas Técnicas). Com duas outras unidades em funcionamento, uma em Mogi Guaçu e outra em Valinhos, é uma das maiores e mais sólidas empresas do segmento, opera desde 1989 e está estabelecida em Estiva Gerbi há 14 anos.

 

O diretor-executivo da IMBIL, Vladislav Siqueira, acompanha ao lado de colaboradores o processo de carregamento da areia residual já pronta para uso na construção civil
 
 
A IMBIL investiu em recursos humanos e materiais para se capacitar na destinação ambientalmente correta da areia residual
 
O empresário Fernando Fernandes, da Art-Blocos, mostra produto fabricado com a areia residual da Imbil: novo nicho a ser explorado
 
 
Fonte: Da Redação do PCI

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