A comerciante Mary Komoda, 48 anos, foi morta por engano, segundo declarações do autor do crime, o estudante D.H.L., 17 anos, detido em flagrante na noite de terça-feira (07/09), 10h depois de ter esfaqueado Mary no pescoço. Segundo o adolescente, o alvo do crime seria a filha dela, G.K., de 22 anos, porque ela estava cobrando uma dívida de R$ 300 referente ao empréstimo de uma bicicleta, que ele não devolveu. Além de querer matar a jovem, o adolescente afirmou que também roubou um celular, R$ 10 em dinheiro e um talão de cheque, que foram usados na compra de drogas na região dos DICs.
O caso, que a princípio foi registrado como homicídio com suspeitas de crime passional, foi alterado para latrocínio - roubo seguido de morte. Além do adolescente, também foi preso o ajudante Fernando Vaz Borges, de 21 anos, que teria dado cobertura ao crime. O menor era conhecido da jovem e mora no bairro vizinho ao da vítima, no Jardim Morumbi, enquanto Borges mora no mesmo bairro das vítimas.
A identificação dos acusados ocorreu por volta das 19h30 de terça-feira (07), quando a jovem estava no velório da mãe. A moça recebeu uma ligação de uma pessoa do bairro dela em que dizia que o adolescente seria o autor do crime. G. então acionou a Polícia Militar que foi na casa do menor. 'O adolescente contou que pulou o muro e a porta da casa estava aberta. Então ele foi até o quarto e esfaqueou a mulher, achando que fosse a moça porque estava escuro' , contou o delegado do 6º Distrito Policial (DP), José Roberto Mecherino Andrade. Na madrugada do crime, a jovem estava numa balada com amigos e chegou por volta das 5h da manhã. A mãe estava sozinha na casa.
Mary foi achada ensaguentada na cozinha com um corte no pescoço e também, segundo Andrade, com um golpe nas costas. A comerciante foi enterrada nesta quarta-feira no Cemitério Parque das Flores, em Campinas. O adolescente foi levado para a unidade da Fundação Casa do Jardim Amazonas e Borges para a cadeia anexa ao 2º DP. O flagrante foi registrado pelo 1º DP.
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