O corpo de Muammar Khadafi, ex-presidente líbio, e de Motassim, filho dele, foram enterrados hoje (25), depois de terem sido expostos por quatro dias à visitação pública. O Conselho Nacional de Transição (CNT), que governa o país, informou que os corpos foram enterrados em um local secreto no deserto da Líbia. Guma Al Gamaty, integrante do CNT, disse que o sepultamento ocorreu ao amanhecer.
Há informações de que alguns parentes e autoridades assistiram à cerimônia, que ocorreu cinco dias após a morte de Khadafi, contrariando a tradição muçulmana que determina que o enterro ocorra, no máximo, 24 horas após a morte. Guardas, que faziam a segurança do frigorífico no qual estavam os corpos de Khadafi e do filho, disseram que foram feitas preces.
As circunstâncias da morte de Khadafi e Motassim não foram esclarecidas, mas as autoridades líbias anunciaram nessa segunda-feira (25) que irão iniciar uma investigação. "Requisitamos, com base em pedidos vindos do exterior, que a morte de Khadafi seja investigada", disse o chefe do Conselho Nacional de Transição (CNT), Mustafa Abdel Jalil.
Imagens de Khadafi ainda com vida foram registradas por celulares pouco depois de sua captura. Acredita-se que logo depois ele tenha morrido em decorrência de ferimentos causados por tiros. Após a morte do ex-presidente, entidades como a Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas, organizações não governamentais (ONGs), como a Anistia Internacional e a Human Rights Watch, pediram investigações sobre suas circunstâncias.
Jalil disse que a maioria dos líbios desejava que Khadafi pudesse ser julgado para pagar por seus eventuais crimes. "Líbios livres desejavam que Khadafi passasse o máximo de tempo possível na cadeia. Os que tinham interesse em uma morte rápida eram os que o apoiavam", acrescentou.
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