O deputado estadual José Antonio Barros Mu­nhoz (PSDB) teve o pri­vilégio de falar na noite da última quinta-feira, a um grupo de 40 estudan­tes que passaram pelos exames vestibulares da unidade local da Faculda­de de Tecnologia, a FATEC Ogari de Castro Pacheco, e integram a primeira tur­ma do curso de Gestão da Produção Industrial. O atual líder do governador Geraldo Alckmin (PSDB) na Assembleia Legislativa foi protagonista, na verdade, da aula inaugural destes estudantes.

Munhoz foi recebido pela direção e professores da escola. Chegou acom­panhado do prefeito José Natalino Paganini (PSDB); do secretário de Plane­jamento da Prefeitura e presidente do SAAE (Ser­viço Autônomo de Água e Esgotos), José Armando Mantuan, e da secretá­ria de Educação do Mu­nicípio, Flávia Rossi. Na plateia destaque ainda para o diretor-executivo de Cristália Produtos Quí­micos e Farmacêuticos, Francisco Eduardo Job. Sua apresentação começou quando foi formalmente apresentado pelo diretor da Fatec, professor André Luiz Ferrari de Moura Giraldi. Antes, porém, o prefeito José Natalino Paganini fez uma saudação pessoal a todos estudantes, profes­sores, direção da FATEC e demais pessoas presentes, falando de seu orgulho que fazer parte daquela cerimônia.

Munhoz optou por fazer um apanhado de toda sua trajetória como homem pú­blico, rememorando seus tempos de infância e des­creveu detalhes da atuação de seu pai, o ex-prefeito Caetano Munhoz, à frente da Prefeitura, destacando a criação do Ginásio do Estado como marco de sua época, fazendo analo­gia desta conquista com a chegada da própria FATEC e de como desde cedo res­pirou o clima da rivalidade da política local. Falou de sua participação na cria­ção de uma entidade de estudantes secundaristas, de sua ida para a Facul­dade de Direito do Largo São Francisco (USP), onde segundo ele, respirava-se política. Abordou ainda o clima social e político do período.

Falou também de sua primeira experiência pro­fissional junto a empresa Bombril, sediada no bair­ro Santo Amaro, em São Paulo, e fez questão de mencionar que teve em seu fundador, o saudoso empresário Roberto Sam­paio Ferreira, uma espécie de espelho. Depois de trabalhar na empresa, aceitando sugestão do ex-patrão, montou um escritório de advocacia onde passou a atuar pre­ferencialmente na área trabalhista.Depois passou a falar a respeito de como acabou sendo estimula­do por amigos da cidade para participar da vida política local, a partir de meados da década de 70. “Cheguei a um momento onde ou assumia minha participação ou deixava de criticar. Resolvi assu­mir”. A partir daí discorreu brevemente sobre todos os postos que galgou, até o momento atual, sempre destacando o sacrifício pessoal que o sacerdócio da atividade política lhe impõe, sem deixar de des­tacar que apesar disso, é um intransigente defensor da moralidade nos meios políticos e que a política é a arte de servir. Falou ainda sobre o momento atual do país, das dificuldades econômicas e do grande desafio de colocar o país novamente na seara do desenvolvimento. Não deixou de mencionar aos estudantes as dificuldades para conseguir trazer para Itapira a FATEC, fato este que listou como a conquis­ta mais importante que conseguiu para a cidade.

Ao encerrar sua fala cerca de 40 minutos depois, Munhoz ainda respondeu a perguntas formuladas pelos estudantes, a grande maioria constituída pelo público masculino. Após o encerramento, Munhoz comentou que já atendeu inúmeros convites para fazer aula inaugural, mas que esta participação de quinta-feira foi algo muito especial.