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Itapira, 27 de Abril de 2024
Notícia
20/12/2014 | Aventureiros itapirenses já fazem caminho de volta

Lugares bonitos e paisagens inesquecíveis pelo caminho

 

A caminho de casa, depois de visitarem Ushuaia, a cidade mais próxima do Polo Sul, os itapiren­ses Júlio Luiz Recchia e Fernando Trigo Martins devem chegar na quinta-feira, 18. Os dois deixaram Itapira no dia 15 de novembro em duas motos e viajam pelo sul do continente americano por estradas e trilhas muitas vezes recheadas de dificuldades.

Na estrada desde o dia 15 de novembro, quando deixaram Itapira rumo ao lugar mais próximo da Antártida, Recchia e Trigo Martins colecionam imagens inesquecíveis por onde passam. A viagem, de cerca de 14 mil quilômetros, tendo como principal destino Ushuaia, a cidade mais ao sul de todo o planeta, localizada na Argentina, em uma ilha chamada Tierra del Fuego, e separada da Antártida somente pelo Estreito de Drake, está colocando os dois à frente de paisagens inimagi­náveis. Recchia viaja em uma BMW F800 GS e o Trigo Martins com uma BMW GS 650.

O retorno, após conhecerem as belezas naturais da Patagônia, tem apresentado dificuldades aos dois aventureiros. “Fizemos uma parte difícil da viagem depois de Rio Mayo, com estradas desertas com pouco postos de combustíveis e com muitos quilômetros de rípios, que são estradas de terra cobertas com pedras escorregadias”, revelou Recchia através da rede social Fa­cebook, utilizada para repassar as informações.”Um momentotensoda viagem foi quando o GPS nos indicou umcaminho numaencruzilhadanos enviando por um caminho errado, rodamos quilômetros e cada vez mais a estrada de rípio piorando e o combustível chegando perto da reserva. Paramos e decidimos voltar, foi a decisão correta pois depois ficamos sabendo que aquela era a estrada antiga que não levava a lugar nenhum”, contou.

Acima de Rio Mayo Recchia e Trigo Martins cruzaram um deserto e depois começaram a penetrar na região de Bariloche. “O verde reapa­receu, o clima ficou mais agradável e o vento que nos acompanhou por toda a Patagônia começou a amainar. Chegamos a Esquel, cidade turística e agradável, onde estava acontecendo uma manifestação da população contra a instalação de uma mineradora na cidade, mui­to politizados, parecia que toda as pessoas da cidade estavam lá”, explicou. “De Esquel subimos até El Bolson e estávamos novamente na cordilheira. A estrada de El Bolson a Bariloche é um capítulo a parte, são 80 quilômetros por uma estrada cheia de curvas entre as montanhas dos Andes sendo que por todo o trajeto a estrada é ladeada por flores amarelas e campos de lavanda e acrescente-se a isso lagos de água cor esmeralda. Sensacional”.

A tradicional estação turística argentina é alvo de elogios dos ita­pirenses. “Bariloche é encantadora mesmo na primavera quando não há neve ou gelo nas montanhas, lin­díssima, é banhada por um enorme lago e seus horizontes recortados por montanhas. Lugar pra voltar com mais tempo”, revelou Recchia.

Chile

De Bariloche atravessaram para o Chile e de Osorno subiram direto pela carretera panamericana até Santiago, onde iríamos fazer a revisão das motos. “Nesse trajeto passa-se por muitos vulcões como o Osorno e Villarica, cruzamos campos de ár­vores mortas e campos petrificados, consequência de uma erupção de alguns anos atrás”, contou Recchia. “Em Santiago deixamos as motos para a revisão e fomos conhecer o centro da cidade, fomos á sede do governo, o La Moneda, palco do golpe de Pinochet contra Allende em 73. Visitamos a Catedral do Chile, lindíssima obra que data de 1750, a Praça das Armas e o Passeio Almada, algo como a nossa 25 de Março”.

“No fim do dia pegamos as motos epernoitamosemSanFelipe, nacasa de uma pessoa maravilhosa, que conhecemos na viagem passada ao Atacma. Estávamos acostumados à paz e magia dos lugares pelos quais passamos e Santiago, uma cidade de seis milhões de habitantes, foi um tanto assustadora. De San Felipe entramos novamente na Argentina e fomos conhecer o Parque Provin­cial do Aconcágua, caminhamos perto da montanha de quase sete mil metros de altura, imponente, desafiadora”, descreveu.

Apesar de estarem em contato com tantas belezas e novidades, Recchia e Trigo Martins já sentem falta de casa e o caminho de retorno já está sendo vencido. “Agora vamos em marcha batida na direção do Brasil porque a saudade de tudo e de todos aumenta a cada dia e estamosviajandohá 26 dias”, relatou na quinta-feira, 11. “Estou querendo um arroz com feijão e farofa, um bife e batata frita”.

 

Recchia no Parque Provincial Aconcagua, em Mendoza

 

Campos cobertos com flores são cortados por estradas e trilhas na Argentina

 

Estradas longas, trilhas cobertas de pedra e suas dificuldades

 
As belezas do continente ao alcance dos olhos

Fonte: Da Redação do PCI

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