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Itapira, 26 de Abril de 2024
Notícia
22/01/2015 | Forasteiros são princiapais responsáveis por novos negócios na região central

 O mercado imobiliário da cidade vive uma espécie de esquizofrenia. Convivem lado a lado sentimentos de cautela, com aposta ime­diata em dias melhores. A região central tem sido objeto de aquisições prin­cipalmente por parte de empresários de outras cida­des, que anunciam planos para erguer sedes próprias para seus negócios.Os dois casos mais recentes e que geraram grande repercus­são foi a aquisição de um imóvel na confluência da rua 15 de Novembro com Comendador João Cintra e do prédio onde funcionava o Unibanco, defronte à Praça Bernardino de Campos.

Segundo uma fonte con­sultada pela reportagem, fala-se em R$ 800 mil pela casa já demolida e que, segundo comentários, abri­gará uma filial da rede de Drogarias São Paulo. Já o prédio da Praça Bernardino teria sido negociado por cifras muito maiores, em torno de R$ 2 milhões e o comprador seria, ainda conforme se especula, a rede de lojas Montreal.

Nesta semana foi inau­gurada uma loja da rede de franquia da cafeteria Inver­no D’Itália, localizada na esquina da Bento da Rocha com a Campos Salles. “Itapi­ra é uma cidade excelente, com o perfil ideal para este tipo de investimento”, disse a proprietária Alessandra Pereira Januário, que é de Jacutinga-MG, onde possui outra loja.

Não muito longe dali, em plena José Bonifácio, chama a atenção um prédio impo­nente que vem ganhando corpo nos últimos anos e que vai abrigar a loja Star Jeans. Aurino Cortêz da Silva, 52, radicado em Mogi Guaçu, está estabelecido em Itapira desde 2001 e explicou que a marca Star Jeans é um negócio familiar e que ele ficou com a loja de Itapira.

Natural do Rio Grande do Norte, Aurino é o típico empreendedor que não se furta em apostar no seu negócio. Não é raro ele próprio ser avistado aten­dendo clientes em sua loja.

Apesar disso, disse que se fosse hoje pensaria duas vezes para realizar tamanho investimento. “As coisas vêm piorando. A ativida­de comercial está vivendo um momento difícil. Além do declínio das vendas, temos que lidar com si­tuações difíceis como um volume muito grande de impostos e o aumento de custos a todo instante. Eu queria inaugurar o prédio já no ano passado, mas não deu. Dar-me-ei satisfeito se conseguir finalizá-lo neste ano”, comentou.

O presidente da ACEI (Associação Comercial e Empresarial de Itapira), José Aparecido da Silva, acredita que aqueles que estão investindo na am­pliação de seus negócios deverão ter um pouco de paciência. “O momento econômico do país como um todo não é bom. O co­mércio vem a reboque de outros setores e por isso os números do ano passado decepcionaram em certo sentido. Mas todo empre­endedor sabe dos riscos. Da mesma forma sabe que vai chegar o momento em que a economia vai reagir e ele terá recompensado este seu esforço. Eu , parti­cularmente, estou otimista no sentido de que teremos um ano melhor do que foi 2014”, disse .

Investimento

O arquiteto Douglas Marcati enxerga no se­tor imobiliário a melhor forma de investimento. “Ainda que a economia de uma forma geral esteja dando sinais de fraqueza, investir em imóvel ainda continua sendo a melhor opção. Eu não tenho no­tado nada diferente neste sentido aqui em Itapira. Quem investia em imó­vel, continua investindo”, afirmou. Ele acha que o processo de modernização do setor comercial é algo irreversível. Apesar da concentração dos negó­cios estar hoje vinculada a empresários de fora da cidade, Marcati lembra que existem itapirenses apos­tando em dias melhores. “São vários exemplos de empreendedores locais que estão investindo em seus negócios”, afirmou.

Alexandre Boretti, da Imobiliária Boretti, diz que o principal reflexo do baixo crescimento econômico pode ser aferido no valor do aluguel dos imóveis co­merciais. “Além de termos muitos imóveis disponí­veis, o preço praticado há questão de alguns anos vem sofrendo uma queda acentuada. A negociação hoje em dia está mais difícil, com o preço do aluguel caindo”, contou.

José Carlos Domingues, da Imobiliária Ideal, acha que o mercado passa por um momento de acomodação. “Acho que o valor do alu­guel em imóveis comerciais vem passando por uma acomodação. Estava um pouco fora do ponto e agora vai convergir para valores mais dentro da realidade”, opinou. Esta tendência, segundo ele, não chegou aos imóveis residenciais, onde segundo ele, aqueles com valores de até R$ 800 por mês tem tido procura acima da oferta. “Acima deste valor, é possível haver uma maior flexibilização”, acredita.

 

Imóvel que foi demolido teria sido adquirido por cerca de R$ 800 mil e deverá abrigar loja de rede de farmácias

Alessandra do Inverno D’Itália, com Aparecido da ACEI: aposta em Itapira
 
Marcati: mercado imobiliário reage bem
 

Fonte: Da Redação do PCI

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