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Itapira, 26 de Abril de 2024
Notícia
30/06/2015 | Tribunal de Contas exige fim da exploração do serviço de Zona Azul realizado no município

 

O atual modelo de exploração das vagas de estacionamento na região central da cidade (Zona Azul) foi colocado em xeque por decisão do TCE (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) que julgou irregular a contratação da empresa Estacionamento Central (a Central Park, nome fantasia) e exige que o contrato seja encerrado. Segundo o secretário de Negócios Jurídicos do município, o advogado José Augusto Francisco Urbini, não cabe mais recurso. “O caso foi julgado em segunda instância dentro do próprio TCE. A partir do momento em que for publicado o acórdão no Diário Oficial do Estado, o serviço deverá ser suspenso”, informou.

 
Ainda segundo Urbini, em junho de 2013 o TCE já havia se manifestado pela ilegalidade do contrato, argumentando que a empresa vencedora do processo licitatório incorreu em erro de emissão de comprovação de capacidade técnica e da republicação de um edital, medida esta que na opinião do TCE foi feita para oferecer condições ideais para que a Central Park garantisse o contrato assinado posteriormente, informando um capital inicial mínimo diferente do que havia apontado anteriormente, este último incompatível com as exigências da concorrência feita em 2011, quando o prefeito ainda era Toninho Bellini e que envolveu valores de R$ 1.844.640.
 
A decisão foi tomada no dia 10, durante sessão ordinária do Pleno doTribunal de Contas, confirmando julgamento anterior ocorrido em 18 de junho de 2013. Naquela ocasião, a conselheira Cristiana de Castro Moraes relatou o processo e apontou em seu voto aquilo que considerou duas irregularidades que maculam a concorrência e, por consequência, o contrato. Em um primeiro momento, a republicação do edital e, durante o andamento da concorrência, o atestado de competência técnica apresentado pela empresa.
 
Segundo informou a conselheira aos demais componentes da Primeira Turma no julgamento de junho de 2013, o edital foi republicado para alterar a exigência relativa ao capital social. Destacou Cristiana de Castro Moraes em seu voto: “a republicação do instrumento permitiu que a vencedora se ajustasse às regras previstas para a qualificação técnica e econômico-financeira, haja vista que toda a documentação apresentada para comprovar o atendimento a tais requisitos tem data posterior à primeira publicação do aviso; não havendo, portanto, provas suficientes para afastar o entendimento de que o benefício conferido à Estacionamento Central Ltda. feriu o princípio constitucional da isonomia”.
 
Em relação ao atestado de competência técnica, exigido de todas as empresas que participam de concorrências, a conselheira destacou: “o atestado apresentado pela vencedora foi emitido em 23/05/2011, por ex-sócia da contratada, desligada em 02/05/2011, e não traz discriminação dos serviços que a empresa já tenha prestado a outras instituições, falha não suprida na diligência da CPL, uma vez que os documentos juntados em 08/07/2011 mostram-se insuficientes para comprovar a exploração, administração, manutenção e operação da zona azul”.
 
O voto da relatora na ocasião foi acompanhado pelos demais conselheiros, Renato Martins Costa, presidente da Primeira Turma, e Dimas Ramalho. O acórdão será encaminhado, também por decisão da Primeira Turma, ao Ministério Público Estadual. Além disso, a Primeira Turma determinou a aplicação de multa ao ex-prefeito Toninho Bellini, a ser recolhida em 30 dias.
 
Repercussão



A notícia já corria solta no período da manhã de ontem. Muitos motoristas foram à sede da empresa perguntar se ainda precisavam colocar os créditos. O aposentado Varonil Ferrari, 65 anos, contou que ouviu numa conversa com amigos a informação de que não estava mais sendo cobrada a zona azul. “Quando fui estacionar meu carro (ontem no período do almoço na Praça Bernardino de Campos) fiquei cismado e fui tirar informação”, comentou. Moças que faziam a venda de créditos afirmaram que muitas pessoas fizeram perguntas a respeito do caso.
 
Na sede da empresa funcionárias afirmaram estar desinformadas sobre o assunto. “Não recebemos nenhuma orientação para paralisar o atendimento”, disse uma delas que preferiu anonimato. Ela contou que a empresa emprega na cidade 12 pessoas. Uma colega disse que ficou indignada com comentários feitos em redes sociais, por onde ficou sabendo do imbróglio . “As pessoas nem sabem o que está se passando e ficam postando conteúdo ridicularizando o nosso trabalho, isso é muito desagradável”, protestou.
 
O secretário de Defesa Social e diretor do Departamento de Trânsito, Clayton Ribeiro, também disse que foi apanhado de surpresa. Ele disse que a preocupação apartir de agora será montar uma concorrência pública o mais rapidamente possível. “A curto prazo o cenário que enxergamos é de desarrumação num serviço que vinha sendo bem executado. Ele contou que a relação com a empresa Estacionamento Central é a melhor possível e elogiou os serviços executados. “É uma empresa que presta um serviço de qualidade”, afirmou.
 
A redação tentou contato com a direção da empresa Estacionamento Central e até o fechamento da presente edição nenhum retorno foi dado.
 
Fonte: Da Redação do PCI

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