Pedroso: intermediação tem dado resultado
De acordo com dados do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito ) o itapirense de uma forma geral deixou de quitar em 2014 quase R$ 5 milhões em dívidas, ou para ser mais exato, R$ 4.392.313,29, um salto de mais de 50% com relação a 2013, quando os dados do SCPC apresentaram débitos na ordem de R$ 2.945.473,00. Naquele período 4.627 pessoas estavam na lista negra com total de 10.625 dívidas, com valor médio de R$ 277,22 e R$ 636,58 por devedor.
Dados colhidos em janeiro, mostrando a realidade de 2014, apontam 6.713 devedores, com 16.007 dívidas acumuladas, apresentando valor médio das dívidas em R$ 274,40 e a média por devedor em R$ 654,30. Como este comportamento já vinha ocorrendo nos anos anteriores, a direção da ACEI vislumbrou a criação de um departamento que ajudasse seu associado a resolver pendências com clientes em atraso. Para isso, segundo informou o gerente da entidade e responsável pelo SCPC local, Rafael Oliveira Pedroso, uma equipe recebeu uma capacitação especialmente direcionada para lidar com este público. “Foi feito um treinamento focando aspectos jurídicos e comportamentais, tudo para que o programa pudesse oferecer um nível de segurança adequado para as pessoas que seriam abordadas”, relatou.
O programa que contou com a adesão de 27 associados, basicamente, funciona como uma forma de intermediação entre os lojistas que possuem devedores inscritos no SCPC e estes clientes. Iniciado oficialmente em agosto, o programa conseguiu resgatar R$ 83.275,00 até dezembro. “Pelo pouco espaço de tempo, acho que o programa demonstrou grande utilidade”, reforçou Pedroso.
O gerente da ACEI conta que basicamente a pessoa com o débito recebe um contato e é convidado para conversar sobre o assunto na sede da entidade. “Uma vez que atenda o convite, esta pessoa recebe um atendimento personalizado, onde o negociador procura saber os motivos que o levaram a contrair a dívida e discute formas de negativar seu nome. Tudo feito com absoluto sigilo e cada caso analisado de forma individual. O segredo maior é passar confiabilidade ao cliente no sentido de que esta medida irá resolver um problema para ele”, especificou Rafael Pedroso.
Ele informou ainda que na grande maioria dos casos, estas pessoas relataram dificuldades relacionadas a problemas de saúde e desemprego como causa do calote. “São muitas vezes pessoas idôneas, que ficam envergonhadas de voltar ao local onde efetuaram uma compra. Por isso nosso programa tem conseguido com que este tipo de intermediação seja bem aceito”, encerrou.
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