Concomitantemente ao retorno das chuvas, parte da população sentiu na pele na noite de segunda-feira, 24, um tipo de desconforto normalmente vinculado à passagem de tempestades seguidas de muita ventania, a interrupção do fornecimento de energia elétrica. Segundo a CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz), um problema técnico na rede elétrica ocasionou a interrupção por quase uma hora em vários bairros da cidade, afetando 11.840 clientes.
De acordo com a empresa, às 0h44 de terça-feira, 25, o problema havia sido solucionado. Apesar deste problema localizado não ter tido como causa a chuva, o gerente regional da CPFL Paulista, Rodrigo de Vasconcelos Bianchi, adverte que este é o do ano em que este tipo de ocorrência se torna mais comum devido a ocorrência de condições climáticas adversas. Conforme explicou, a queda do fornecimento guarda relação com a queda de galhos ou árvores sobre a rede, força das rajadas de vento e materiais lançados sobre a estrutura, além de descargas atmosféricas que segundo ele também foram registrados em Itapira na noite de segunda-feira.
Ainda segundo ele, cabe ressaltar que cerca de dois terços do tempo em que o cliente da CPFL fica sem energia corresponde a interrupções emergenciais, provocadas por fatores externos ao sistema elétrico, como os temporais, com quedas de árvores, colisões de veículos contra postes e objetos que atingem a rede – pipas, balões e galhos de árvores, por exemplo. Apontou ainda a ocorrência de queimadas e furtos de cabos como outros fatores que podem provocar tais desligamentos. O outro terço, segundo Bianchi, corresponde a desligamentos programados, informados previamente aos clientes, e organizados para que a empresa possa executar obras de melhoria na rede elétrica, tornando-a cada vez mais confiável.
Investimentos
Ainda de acordo com a CPFL a empresa realiza investimentos para tornar seu sistema de distribuição mais seguro apesar das intempéries do clima. O período do verão se aproxima e, com ele, intensificam-se os temporais que atingem a região sudeste do Brasil. Para enfrentar as chuvas características dessa estação, a CPFL Paulista investe fortemente ao longo do ano para aumentar a eficiência de suas redes e equipes, e garantir a qualidade do serviço de distribuição de energia. “Embora esses desligamentos fiquem mais frequentes no verão, os investimentos e as ações preventivas são executadas durante o ano todo, e esse trabalho permite que, nos meses mais críticos - novembro a março-, ocorra uma redução dos impactos provocados por grandes temporais. Assim como o monitoramento das condições energia elétrica para seus clientes. A preocupação tem relação direta com a intensificação de chuvas, geralmente acompanhadas de ventos - que em alguns casos ultrapassam três dígitos de velocidade -, e de descargas atmosféricas, que podem levar a um aumento no número de ocorrências de interrupções no fornecimento climáticas permite o posicionamento de equipes em localidades estratégicas, também visando à agilidade no atendimento. A empresa conta com planos de contingência específicos, elaborados de acordo com o nível de abrangência e severidade dos temporais: moderado (ventos de até 60 km/h), forte (ventos de 60 a 100 km/h) e extremo (ventos acima de 100 km/h)”, informou a empresa.
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