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Itapira, 02 de Maio de 2024
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07/09/2014 | Briga entre meninas na Escola Estadual Antonio Caio vira caso de polícia

A dona de casa E. pro­curou na tarde de quinta­-feira a redação do jornal A Cidade para relatar um episódio que joga um facho de luz num problema que, segundo relatos velados de muitos educadores, vem se tornando uma constância na maioria das escolas es­taduais : casos de agressão entre estudantes, principal­mente meninas. Ela relatou que a filha L., de 15 anos, vinha sendo alvo de sérias ameaças por parte de uma colega de classe do 1º ano C da Escola Antonio Caio. Contou que diante daquilo que definiu como falta de ação efetiva da direção da escola, decidiu tornar o caso público.

Na presença da menina e de uma prima que reside perto da referida escola, contou que no dia 27 de agosto, L. teve uma discus­são com K., que é filha de um dos representantes da população com assento na atual legislatura da Câmara Municipal. De acordo com a mãe de uma outra menina, R., tomou as dores de K. e partiu para cima de L. “Ela fez graves ameaças a minha filha, prometendo desfigurar o rosto dela”, descreveu.

O caso acabou paran­do na diretoria, onde as tentativas de agressão teriam continuado, tendo até mesmo a diretora da escola, conforme um Ter­mo de Declaração feito no Conselho Tutelar pela mãe, sido agredida pela aluna K. “Por causa disso ela acabou recebendo suspensão de três dias. Depois que voltou da suspensão K. começou a ameaçar novamente minha filha. Minha indignação vem daí. Como pode uma escola manter na mesma classe duas estudantes nesta si­tuação. Minha filha vai lá para estudar e não para ser ameaçada de morte”, protestou a mãe.

Por causa disso ela de­cidiu procurar o Conselho Tutelar e relatar o caso. Teria recebido orientação para registrar um Boletim de Ocorrência, que não foi feito na quinta-feira por­que a DEPOL local estava com seu sistema digital fora do ar. E. disse que es­tava disposta a entrar com uma ação contra o Estado. “Se o governo não pode garantir a segurança de minha filha numa escola sob seus cuidados, então que me garanta recursos para que eu possa colocá-la numa escola particular”, ameaçou.

No termo de declaração que elaborou no Conselho Tutelar, a mãe alega que a desafeta da filha já tinha histórico de mau compor­tamento com transferência de escola devido ao seu comportamento antissocial e faz ilações de que K. seria usuária de drogas.

“Pegando fogo”

A Conselheira Tute­lar Andresa Magyori de Mattos confirmou que atendeu a mãe da me­nina. Ela explicou que o Conselho tem que ter uma conduta de isenção em casos como este, atuando para assegurar a proteção e os direitos de L. sem tolir os direitos de K. A Conselheira disse que K., apesar do seu histórico de problemas no rela­cionamento com outras colegas, também tem sua situação resguardada por direitos assegurados pela legislação o que, segundo ainda Andresa, não implica que não deva responder por algo de errado que tenha cometido. Segundo seu raciocínio, a menina também é uma vítima da sociedade. O caso da garo­ta, segundo revelou, vinha tendo acompanhamento psicológico por intermédio do Serviço de Promoção Social do Município.

Indagada se casos como este têm sido muito fre­quente, Andresa disse que as escolas estão pegan­do fogo, numa alusão ao aumento do número de relatos de agressões entre estudantes na rede esta­dual de ensino. “Impres­sionante que a maioria dos casos envolve meninas”, revelou.

O outro lado

Por intermédio da as­sessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Educação, a Direção de Ensino de Mogi Mirim se pronunciou sobre o assunto. Segundo foi explicado, os pais das meninas envolvi­das foram convocados pela escola e que as estudantes estavam sendo acompanha­das pelo professor mediador da escola. Foi confirmado que K. possui histórico de problemas com transfe­rência de outras escolas. Sobre a disposição da mãe em processar o Estado, a assessoria de comunicação informou que direção da Es­cola Antonio Caio se dispõe a colocar as estudantes em salas separadas se assim a mãe de L. preferir. Questio­nada sobre a reincidência deste tipo de desinteligência nas escolas da cidade, a assessoria de comunica­ção informou que existem casos pontuais como esse, negando haver um processo epidêmico nas escolas como alguns depoimentos dão a entender.

Fonte: Da Redação do PCI

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