03/02/2013 | Caso de Santa Maria já mobiliza setores de fiscalização também em Itapira
Itapirense radicada em Santa Maria se disse chocada
O Jornal A Cidade apurou que existe pelo menos uma itapirense morando na cidade gaúcha de Santa Maria, palco da tragédia que matou 235 pessoas e deixou pelo menos 77 internadas em estado gravíssimo depois que um incêndio atingiu as instalações da casa noturna Kiss, na madrugada de domingo passado.
Software simula a tragédia

O professor e pesquisador da área de química da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) Sávio Vianna está particularmente sensibilizado com a tragédia em Santa Maria porque vem trabalhando – conforme material distribuído pela assessoria de comunicação da Unicamp - na simulação computacional dinâmica de um incêndio em ambiente fechado, bem como da formação de fumaça tóxica e sua camada letal. “É um software aberto, que podemos modificar inserindo contribuições, o que estamos fazendo aqui na Faculdade de Engenharia Química. A ferramenta desenvolvida nos Estados Unidos é usada internacionalmente por universidades, centros de pesquisa e empresas de consultoria justamente para o estudo de incêndios onde ocorre pirose, a queima de sólido”, explica.
Na tela do computador, Vianna mostra a simulação do que normalmente acontece em incêndios como na boate Kiss. “Eu
precisaria ter informações sobre aquele local, como as dimensões do salão e do pé direito, mas na simulação dentro desta lounge vemos que a formação da camada de nuvem ocorre muito rapidamente: em 300 segundos, o fogo se propaga e a sala está quase tomada pela fumaça. A função do cientista é usar tais ferramentas para minimizar ou mesmo evitar tragédias como esta no futuro. Estou certo de que, se a boate tivesse o número de portas e os procedimentos adequados, o número de vítimas seria muito menor, se é que haveria alguma.”
O pesquisador informa que a ferramenta também é bastante útil na etapa de projeto, ao considerar informações como o número de pessoas que estarão no ambiente fechado, quantas e onde estarão as saídas, pontos de sprinters e as formas de sinalização. “Associado a tudo isso deve estar o treinamento de pessoal: seguranças não devem atuar apenas como pacificadores, mas serem treinados para um plano de emergência e contingência. Ainda mais diante de um público jovem, sob o efeito de álcool e em clima de paquera. Ele leva um tempo para reagir e, quando o calor ou a fumaça chega nele, vira desespero. Uma brigada treinada daria o sinal e orientaria as pessoas até um ponto seguro.”
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