A entidade Jovem em Ação tem se valido de um recurso muito comum na área política para fazer alavancar o ingresso dos jovens que prepara o mercado de trabalho em diversas empresas da cidade:o chamado corpo-a-corpo. Desde o início do ano, sob o comando da coordenadora pedagógica Fabiele Dorta, funcionários do setor administrativo têm agendado encontro com empresários com a finalidade de apresentar o trabalho desenvolvido pela entidade e também prestar esclarecimentos a respeito de como funciona a legislação que regulamenta a contratação de aprendizes.
Recentemente foi incorporado ao staff que vai a campo executar este trabalho o profissional da área de contabilidade Bady Moysés, também familiarizado ao tema que envolve a juventude já que atuou também como conselheiro tutelar em nossa cidade e que tem grande conhecimento de causa quando o assunto é facilitar um encontro com a direção de empresas aqui estabelecidas. “ Este trabalho de esclarecimento de como o Jovem em Ação pode contribuir para auxiliar no bom andamento dos serviços de empresas dos diversos segmentos é algo muito importante e que deve merecer todo nosso empenho”, destacou.
Fabiele explicou uma boa parte das empresas sabe da exigência legal de se contratar aprendizes mas não conhecem as entidades que cuidam deste assunto e que outras conhecem a entidade, mas não conhecem a legislação. “ Temos que exercer um trabalho de facilitação neste relacionamento e felizmente temos tido um bom resultado”, expressou-se. Ela lembra que o artigo 429 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) estabelece que empresas com a partir de sete funcionários devem necessariamente ter em seus quadros de 5 a 15% de seu efetivo ocupado por aprendizes.
A conversa, segundo ela, nem sempre é muito convergente. “ Muitas vezes o empresário se mostra imediatista. Nos diz que o piso de determinada categoria não é tão mais elevado do que aquilo que pagaria para um aprendiz e que, seguindo este raciocínio, prefere investir num adulto. Aí a gente procura explicar que existe a legislação a ser cumprida e , principalmente, mostrar a função social que existe por traz do gesto de contratar um aprendiz”, explicou.
O resultado, segundo ela, nem sempre é imediato. “ Às vezes acontece de termos uma resposta positiva de forma rápida. Mas, geralmente, a aprovação ocorre a médio e longo prazo”, esclareceu. Nos encontros realizados com os empresários a equipe do Jovem em Ação comparece municiada de farto material explicativo,imagens e uma didática própria desenvolvida para “não esticar muito a conversa”. “ São pessoas que têm , via de regra,uma agenda apertada. Então temos que ser convincentes e breves”, revelou.
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