A entidade assistencial Jovem em Ação reiniciou nesta última semana o as atividades do Programa de Aprendizagem de Educação Profissional (PADEP) que consiste na aplicação teórica de diversas disciplinas voltadas para o aperfeiçoamento dos cerca de 400 jovens que já possuem ocupação formal no mercado de trabalho . Trata-se de uma exigência legal, prevê uma carga horária de pelo menos 10 horas semanais deste tipo de atividade. Para cada oito horas de trabalho prático, duas devem obrigatoriamente serem preenchidas com atividades teóricas.
A novidade neste reinício de atividades foi a presença dos pais e responsáveis. Já no sábado, dia 14, três turmas participaram da reapresentação com os respectivos cursos a que estão relacionados conforme a atividade profissional a que estão desempenhando no dia-a-dia e com uma participação muito positiva dos pais, segundo comentou a coordenadora pedagógica Fabiele Dorta. O acolhimento aos jovens e familiares prosseguiu até a última sexta-feira, dia 20, totalizando com a participação dos meninos , meninas e familiares mais de 800 pessoas ao longo da semana.“ Fizemos um trabalho de convencimento para que os pais destes jovens estivessem participando desta conversa e o resultado foi excelente”, revelou Fabiele.
Segundo ela , o Ministério do Trabalho e do Emprego fiscaliza com rigor o cumprimento desta obrigatoriedade. Em função disto, a entidade procura eliminar obstáculos que impeçam a presença dos jovens dentro das salas de aula. “ Eles ( os aprendizes) têm uma rotina geralmente cansativa. Trabalham o dia todo e à noite via de regra vão para a Escola. Muitos argumentam que esta combinação de fatores acaba fazendo com que se sintam eventualmente desestimulados a freqüentar as aulas do Padep. Como a gente compreende de certa forma que este tipo de alegação acaba criando um precedente indesejável, nada melhor do que colocar os pais a respeito de como é regida a legislação trabalhista envolvendo o menor aprendiz , as responsabilidades que assumimos e as conseqüências que este aparente relaxamento pode acarretar para a nossa entidade. Em suma, o apoio do pai e da mãe para estimular o filho a cumprir com sua obrigação é um reforço do qual não podemos abrir mão”, relatou.
Empresas
As resistência de liberação dos jovens por parte de algumas das empresas que contratam este tipo de mão de obra tem diminuído segundo a coordenadora Pedagógica do Jovem em Ação. “ Também aí neste caso fizemos todo um trabalho de conscientização. Aquelas empresas mais resistentes simplesmente deixaram de renovar os contratos. As que continuam apoiando nosso trabalho têm demonstrado uma compreensão importantíssima na condução deste processo de aprendizagem, observando sobretudo o aspecto social que este tipo de trabalho produz na comunidade local”, finalizou.
Participação dos pais foi intensa ao longo de toda a semana