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Itapira, 28 de Abril de 2025
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29/06/2013 | Simpatia, Paciência e Atenção; as armas das telefonistas

 

 
Pouca gente sabe, mas neste sábado, 29, comemora-se o Dia da Telefonista,  data que passou a ser celebrada a partir de 1956 nos Estados Unidos. A profissão de telefonista surgiu em 1878, dois anos após a criação do aparelho telefônico por  Alexander Graham Bell. Predominantemente exercida por mulheres, a função exigia já nos seus primórdios  das profissionais que a abraçaram   uma tonalidade de  voz mais elevada e compreensível, boa formação escolar, simpatia, educação e conhecimento  e em muitas empresas,  o domínio de  idiomas estrangeiros.  Trata-sede uma profissão cuja legislação trabalhista não permite em nosso país  jornadas de trabalho mais do que seis horas diárias ( 36 horas semanais).
 
Aqui na cidade a maioria das empresas tem sua  telefonista. A reportagem de A Cidade ouviu cinco  delas para saber um pouco mais da profissão.  Na Fábrica de Papel e Papelão Nossa Senhora da Penha S/A trabalham Aparecida Antônia da Silva Nicciolli, a Toninha  e Sharon Liliane Alvarenga. Seguramente  Toninha pode ser considerada a profissional da área com maior bagagem na cidade. Diz com todo bom humor do mundo que “sou do tempo em que se pedia ligação para a moça da Telesp”.
 
Contabiliza 34 anos como funcionária da Penha,dos quais pouco mais de 30 como telefonista. “ Quando cheguei aqui  trabalhei na produção”, revelou.  Quando teve oportunidade de atender  o telefone,  percebeu que  ali estava a profissão que iria cativá-la. “Para qualquer profissional um dos segredos do sucesso é gostar do que faz. Eu amo minha profissão a ponto de não enxergar qualquer coisa que possa ser considerada negativa no seu exercício”, derrete-se. Nestes anos todos  Toninha foi espécie de instrutora  de muitas moças que se sentaram  ao seu lado. Sharon, com cinco anos de empresa ( três dos quais na portaria)  afirma com orgulho que aprendeu tudo com Toninha. “ Foi minha professora, é minha companheira e eu adoro ela”, elogia. 
 
Toninha disse que nunca frequentou um curso específico para  telefonista, mas que fez diversos outros voltados para melhorar seu poder de comunicação. “Equilíbrio é fundamental. Outra coisa é nunca  deixar ninguém esperando, ser concisa e procurar atender o mais rapidamente possível”, ensina.
 
Na empresa Cristália Produtos Químicos e Farmacêuticos Ltda, o Laboratório Cristália ,  se revezam duas colegas que ostentam também uma larga rodagem profissional.  Valéria Arcangeli Germiniani completou neste ano 25 anos de profissão, sempre no Cristália. A  colega Rosemary Fávero atua  há 16, também com experiência única na empresa. Rosemary conta que antes de ser telefonista atuou na área de vendas e se sentiu atraída por uma oferta de trabalho , a qual abraçou logo em seguida para não mais abandonar. Valéria relatou que nunca trabalhou em outro lugar.  ‘’Sempre quis trabalhar no Cristália, e na época era esta vaga que tinha e resolvi encarar, foi muito bom. Eu dava aula de pintura em tela na minha casa”, relatou.
 
Ambas têm, por coincidência ,  pontos de vista comuns sobre as habilidades que uma profissional da área tem que possuir e também com relação às dificuldades em exercer o ofício. ‘’É uma profissão que exige atenção, cordialidade, educação, ser prestativa, e ser muito discreta também. Uma das habilidades é ser muito “atenta’’ a tudo e a todos”, lista Valéria. Rosemary diz que  a palavra paciência é fundamental  e que trabalhar com o público em geral exige preparo. “Nós atendemos tudo, somos o filtro para os demais departamentos, sabemos de tudo que ocorre em outros setores, somos o “para-raio”, tudo começa e termina no P.A.B.X.’’, adverte. A colega avalia ainda que a telefonista tem que possuir um “Q” de psicóloga, mas que no geral a profissão acrescenta um aprendizado individual muito interessante no ponto de vista do relacionamento com outras pessoas. ‘’Dificultoso é ter muita paciência com o ‘cliente estressado’, enquanto que agradável é conversar com várias pessoas e fazer muitas amizades’’, pontuou.
 
Novata 
 
Na IMBIL a voz simpática e prestativa que atende do outro lado da linha está há apenas 10 meses na função de telefonista. Helaine Martins Ramos tinha antes de conseguir emprego na renomada empresa experiência numa revenda de veículos da cidade, onde atender o telefone era uma de várias funções. Helaine revela que  neste curto espaço de tempo já pôde perceber alguns detalhes  que precisam ser observados para executar a contento suas atribuições. “A telefonista tem que exibir uma simpatia à toda prova. Além disso paciência é fundamental, principalmente quando ocorre de você se ver  às voltas com  diversas ligações ao mesmo tempo. Sempre tem alguém com mais pressa dos que os demais e a gente tem que se esforçar para que seja atendido com eficiência e rapidez”, avalia.
 
Ela enxerga também pontos  positivos. “É legal porque você se relaciona com pessoas de todos os departamentos. Isso acrescenta uma enorme bagagem  pessoal”, acredita. Imbuída em cursar  Administração de Empresas, a moça revela que enxerga na função atual um excelente trampolim para futuramente ser promovida para um outro setor da empresa. “ A IMBIL é uma empresa que se destaca entre outras coisas pelo fato de valorizar seus funcionários”,  afirmou.
 
 
 
Valeria e Rose, do Laboratório  Cristália
 
Toninha e Sharon, da Penha S/A
 
Helaine   já domina os macetes do ofício
 
 
 
Fonte: Da Redação do PCI

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