Nascida no seio de uma família italiana e criada sob os rígidos princípios cristãos, Terezinha de Jesus Cescon ainda guarda consigo os ensinamentos que recebeu, entre eles o valor da fé, da esperança, do trabalho honesto, da coragem e da humildade. “São conceitos transmitidos aos descendentes através de gerações”, lembra.

 

Nascido na cidade de San Biagio de Callalta, na região de Treviso, na Itália, seu pai Alfonso Maurizio Cescon chegou ao Brasil aos seis anos de idade. Com o passar do tempo o elegante jovem casou-se com a bela Giusepa, formando uma grande família de 11 filhos. “Eu sou a décima-primeira, portanto, a última”, frisa Terezinha. “Éramos sete mulheres: Lucinda, Umbelina, Alzira, Aparecida, Adelaide, Ignês e eu, além de quatro homens: Antonio, Bianor, Alfonso Filho e José Benedito”.

 

De todos, além de Terezinha, Antonio, com 96 anos; Alzira, com 93, e Cida, com 86, mantém a união da família Cescon. “Eles muito nos alegram com suas presenças nos casamentos e aniversários da família”, comemora nonna Terezinha.

 

Terezinha nasceu na avenida Rio Branco, em uma casa de esquina cujo terreno, vasto, se alongava pela rua Francisco Glicério até a metade da quadra, quase alcançando a rua Sete de Setembro. “A casa onde nasci ficava onde hoje está o Iki Lanches”, recorda.

 

E foi ali, naquele trecho entre a Rio Branco e a Francisco Glicério, que Terezinha teve uma infância feliz. “Infância, juventude, o noivado, o casamento com o marido Juvenal de Godói Bueno e a formação de minha família, com a chegada dos nossos filhos Leo e Juliana”, rememora. “Minha família se formou ali naquele local e meus filhos residiram alli por muito tempo, usufruindo da amizade com os filhos dos vizinhos e amigos queridos até hoje”.

 

No âmbito profissional Terezinha realizou seu sonho de ser professora alfabetizando crianças. “Lecionei na Escola Técnica de Comércio, no ESO (Elvira Santos Oliveira), no Ensino Médio, e no curso de Magistério da ASMEC (Faculdade de Ciências e Letras de Ouro Fino-MG)”, descreve. “Mas também tive um comércio de flores e decorações, atividade que me entusiasmou muito.

 

O tempo passou e os filhos do casal Terezinha e Juvenal cresceram. Leo formou-se em Engenharia Mecânica e após trabalhar em diversas empresas de renome, optou pela carreira de professor universitário. Casou-se com Emiliana de Lima Negri e dessa união nasceu Felipe, primeiro neto de nonna Terezinha. “Este ano de 2013 está sendo recheado de boas surpresas e dentre elas a mais importante e que me emocionou muito, que foi o nascimento de nosso primeiro netinho, o Felipe, e que me deu o título de nonna”, comemora.

 

Juliana, após muitos anos de estudos, encerra este ano o MBA em Administração de Pessoas. “Muito comunicativa, Juliana tem um grande círculo de amizades e nossa casa está sempre cheia, o que nos traz muita alegria”, frisa nonna Terezinha.

 

Ligada nos fatos rotineiros, Terezinha sempre gostou de ler e ouvir música e atualmente aprendeu a acessar a internet.

 

“As nonnas precisam acompanhar os avanços tecnológicos para conversarem com os netos, pois eles já nascem espertos, são da era digital”, brinca.

 

“Meu maior carinho dedico à família, ao meu marido Juvenal, que há 37 anos está ao meu lado, ‘”nas alegrias e nas tristezas”,aos meus filhos, à minha nora e ao meu netinho Felipe”, frisa nonna Terezinha. “Agradeço a cada manhã a dádiva da vida, por ter esta linda família, pelos meus antepassados, pelos meus amigos, por todos os momentos de alegria e também pelas tristezas e dificuldades superadas, que culminaram com a conquista dos meus ideais de esposa, mãe, professora e por essa nova fase, de ser ‘nonna’”, diz. “E sou uma ‘nonna’ muito feliz e por isso deixo uma mensagem de otimismo a todos: nunca deixem nas mãos de ninguém uma responsabilidade tão grande quanto a de assumir e promover a sua própria felicidade”.