Atendendo às reclamações que chegaram ao Portal Cidade de Itapira, através do email: [email protected],
A reportagem esteve no local, neste sábado, dia 17, para registrar os resultados da noitada de sexta-feira.
Em algumas noites da semana, centenas de jovens se reúnem entre as empresas Moi Pneus e a concessionária Ford, Divem, levam seus estoques de bebidas alcoólicas, colocam o som dos automóveis nas alturas, atrapalham o tráfego de uma importante artéria da cidade, deixam mostras da total despreocupação com o meio ambiente e respeito aos logradouros públicos, um monte de descartáveis, papéis, garrafas etc..
“E o mais interessante, dessa história, é que não existe nenhuma providência dos órgãos públicos do município, nem prefeitura, nem polícia”, disse uma enfezada moradora da região.
Outro morador, com idade avançada, completou: “olha, moço, isso aqui nos finais de semana é um inferno. Nós agradecemos vocês por virem aqui e mostrar preocupação conosco. Ninguém fala nada, parece que eles tem medo dessa moçada!”
“E eu pergunto. Qualquer lugar da cidade pode-se abrir um estabelecimento, fazer barulho, comprometer a vida de outras pessoas?”, questionou a primeira moradora.
OPINIÃO: Os jovens de nossa cidade vem há muito tempo dando sinais de que estão abandonados pela sociedade itapirense. Não existem lugares onde eles podem se reunir nos finais de semana resta-lhes os logradouros públicos. A falta de segurança e as poucas opções os afastam das praças públicas. A Bernardinho de Campos, por exemplo, fica às moscas nos finais de semana. Assim, como diversas praças da cidade.
Por sua vez, o baixo poder aquisitivo, bares e lanchonetes não preparadas, nem adequadas, para essa faixa etária, somados aos preços, às vezes, abusivos praticados levam os jovens a comprar as bebidas em locais mais baratos e a concentrar em alguns pontos públicos.
Mas, as leis existentes estabelecem limites, seja na questão de trânsito, para as aglomerações, barulhos e algazarras além das 22 horas, assim como as previsões no Código Municipal do Meio Ambiente.
Isso significa, que a responsabilidade deve ser atribuída aos poderes constituídos, seja no sentido de prover espaços adequados aos jovens da cidade, assim como fazer cumpri a lei. Faz-se necessário policiamento, fiscalização e criatividade para dar conta desse desafio.
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