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Itapira, 19 de Maio de 2024
Notícia
23/06/2015 | Crise prejudica venda de fogos de artifício

 

Os meses de junho e julho representam um filão importante para o comércio da venda de fogos de artifício. A se julgar por aquilo que afirmou o comerciante Carlos Almeida Nogueira, 37, da loja Millenium, as vendas deste período têm ficado muito aquém da expectativa inicial. “Eu já havia intuído que por causa da baixa atividade econômica seria mais prudente comprar um estoque menor do que no ano passado”, revelou.

 
Segundo sua análise, em tempos de crise brava como esta é natural que as pessoas cortem o supérfluo. “Os fogos, naturalmente, se enquadram entre os artigos que as pessoas tendem descartar para cortar gastos”, analisa. Segundo registrou, os rojões com 12 tiros continuam sendo os mais procurados. Da mesma forma como traques, bombinhas e biribas.
 
Os conjuntos mais sofisticados e que, naturalmente custam mais, são aqueles que têm apresentado menor procura por parte dos festeiros. Ainda conforme o proprietário, não só os artefatos explosivos têm sofrido com a queda da renda da população.
 
Segundo Nogueira, até mesmo os mastros que levam a figura dos santos homenageados (Santo Antonio, São João e São Pedro) estao com pouca saída. “Têm pessoas dando uma garibada naqueles usados no ano passado”, acredita.
Perguntado se a situação não o preocupa, Nogueira admitiu que a situação está muito longe do ideal, apesar de ser espécie de referência não só na cidade neste tipo de negócio, mas também para clientes de várias cidades da região. Ele explica que o fato de ter tudo regularizado,obedecendo as rigorosas exigências para este tipo de comércio, implica necessariamente num custo elevado de manutenção. “Precisei alugar e realizar adaptações num imóvel somente para este tipo de venda”, disse, referindo-se à loja instalada no número 56 da Rua Francisco de Paula Moreira Barbosa.
 
Nogueira disse ainda que desconhece a venda clandestina destes produtos – o que é proibida por lei - restringindo-se em afirmar que é comum ouvir comentários sobre a existência desta prática. O setor de fiscalização da Prefeitura informou que em casos iguais a este é necessário que haja uma denúncia para que possa agir. “Até pela gravidade que implica o risco de armazenamento incorreto deste tipo de produto, a gente acredita que não haja na cidade comerciantes dispostos a contrariar a lei. No entanto, estamos sempre atentos a eventuais denúncias para podermos agir”, disse Marcelo Vieira, chefe do setor de fiscalização.
 
Militância PET cria dificuldade adicional

No que depender de três conhecidas Organizações Não Governamentais da cidade, as vendas de fogos de artifício recuariam ainda mais. Voluntários que militam nas três entidades voltadas para o bem estar dos animais (UIPA, Amor de Quatro Patas e Anjos sem Asas) não escondem a implicância com quem solta fogos. “Se dependesse da minha opinião, este tipo de comércio seria proibido”, radicaliza a empresária Anna Maria Fehlauer , da direção da Amor de Quatro Patas. “Os animais têm audição mais sensível que o ser humano e dá para se ter uma idéia do mal que os fogos causam a eles”, ponderou.
 
Vivian Guerreiro, da direção a UIPA informou que a entidade chegou mesmo a enviar um ofício à Prefeitura pedindo para que seja evitada soltura de fogos nas imediações da sede , no Jardim Raquel. “Somos totalmente contra a soltura de fogos, isso tem um grande impacto no bem estar dos animais domésticos, para a fauna silvestre o impacto dos fogos pode ser fatal. Logo após a soltura dos fogos é possível ver passarinhos mortos ou que abandonam os ninhos permanentemente, condenando os filhotes à morte. Cabe ressaltar que grandes empresas que se preocupam com o meio ambiente atualmente costumam proibir a soltura de fogos em festas e comemorações”, justificou.
 
Viviana Camargo, da direção da Anjos sem Asa, tem opinião parecida. “Acho que existem diversas formas legais para fazer comemoração sem prejudicar os animais que sofrem e muito com o barulho que os rojões fazem”. Ainda segundo Viviana Camargo, os fogos são responsáveis por acidentes dos mais variados tipos, principalmente com cães. Ela listou datas específicas como virada de ano, Natal, dia de Nossa Senhora Aparecida, que segundo ela são ocasiões em que mais animais se perdem de seus donos ou acontece acidentes, além de consequências mais sérias . “ O pânico desorienta o animal, que tende a correr desesperado e sem destino. Muitos animais podem sofrer paradas cardiorrespiratórias, convulsões e ter diversos problemas que podem levá-los à morte”.
 
Carlos Nogueira, da Millenium, disse que respeita a posição das voluntárias, mas acrescenta que na sua opinião a grande maioria das pessoas que fazem uso de fogos de artifício dificilmente se sentiria sensibilizada com a argumentação em prol dos animais. “Quem gosta de soltar fogos dificilmente deixa de fazê-lo”, acha.

Fonte: Da Redação do PCI

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