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Itapira, 28 de Abril de 2024
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07/06/2014 | Depois de semana tensa, greve dos servidores tem primeira manifestação da Justiça

 

Uma decisão da juíza Hélia Regina Pichotano, da 2ª Vara Civil, atendendo pedido formulado pela Secretaria de Negócios Jurídicos da Pre­feitura, determinando que 70% do efetivo da Guarda Municipal volte ao trabalho, foi a primeira manifestação do Poder Judiciário em torno da greve deflagrada na noite de terça-feira. Desde então, somente 30% do efetivo trabalhando.

A rigor, esta foi a maior novidade em torno dos des­dobramentos da greve, prin­cipal acontecimento desta semana aqui na cidade. Um greve inédita deflagrada na noite de terça-feira, 03, após assembleia realizada pelo sindicato da categoria na Praça Bernardino Campos, acompanhada por cerca de 300 pessoas. O estado de greve já havia sido oficiado ao prefeito José Natalino Paganini (PSDB) pela direção do sindicato no dia 28 de maio, depois que fracassou a tentativa de um acordo ancorada na proposta oficial de reposição de índice infla­cionário na ordem 6,28% a título de reajuste para todo o corpo do funcionalismo, mais 10% de reajuste no vale-alimentação e abonos de assiduidade e de Natal.

A paralisação alterou a rotina da região central da cidade. Com apoio de um caminhão e de dirigentes da Federação dos Servidores Municipais do Estado de São Paulo, os manifestantes se posicionaram defronte ao Paço Municipal, onde entoavam palavras de ordem contra o prefeito.

O prefeito José Natalino Paganini disse que considera o movimento grevista irres­ponsável, criticou a postura do sindicato e disse que seus dirigentes estão vendendo ilusões para os servidores. “A direção do sindicato tenta vender a ideia de algo que não é possível ser concedido e ao mesmo tempo espa­lha insegurança no seio da nossa comunidade, isso é inadmissível”, protestou.

Disse que a proposta ofi­cial apresentada aos servi­dores, os 6,28% de reposi­ção e 10% de aumento no ticket alimentação, abono de assiduidade e Natal foi o limite. Segundo elel, ao chegar a esta proposta teve que fazer uma avaliação muito criteriosa no sentido de que teria que torcer para que a arrecadação do mu­nicípio tivesse um melhor desempenho daqui para frente. “Nossa proposta foi superior à da grande maioria de prefeituras da região do mesmo porte da nossa, prefeituras que le­varam em conta reposição inflacionária e mais nada”, alfinetou.

Indagado se aceitaria conversar sobre o reinício de conversações, afirmou que com o funcionalismo em greve não tem conversa. Ao ser questionado a respeito de um boato que circulou na tarde de ontem especu­lando que uma espécie de abaixo-assinado teria corrido diferentes departamentos da Prefeitura solicitando que ele reapresentasse a proposta oficial rejeitada em assembleia dos próprios servidores, Paganini disse que desconhecia a iniciativa. “Se isso ocorreu, foi algo dentro do próprio funcio­nalismo. Eu desconheço”, garantiu.

O prefeito expressou ainda uma espécie de in­dignação com a presença de pessoas de outras cidades dentro do movimento. Disse que se sentiu insultado e ofendido por pessoas que não conhecem sua história de vida.

O outro lado

A presidente do Sindica­to dos Servidores Públicos Municipais, Cristina Helena Silva Gomes, disse que a decisão da juíza Hélia Regina Piuchotano seria integral­mente acatada. Sobre o tal manifesto de servidores pedindo reconsideração do prefeito para que conceda o que foi ofertada inicial­mente, disse que tinha co­nhecimento deste episódio, que classificou como mais uma manobra de pressão.

Ela disse que o sindicato iria representar contra a prefeitura na Justiça devi­do a uma suposta rede de pressão em cima do movi­mento vinda da Prefeitura. Ela confirmou que na tarde deste sábado, 07, ás 15h30, haverá uma nova assembleia de servidores na sede do sindicato para avaliação do movimento.

 

Para a dirigente, o mo­vimento não enfraqueceu conforme diziam fontes ligadas à Prefeitura. “Na minha visão o movimento se mostra coeso e sendo desafiado por toda uma série de intimidação vinda da atual administração”, garantiu. Os setores mais afetados foram da Defesa Social e Educação. Ontem foram realizadas passe­atas pela região central e no final da tarde foi registrado um momen­to de tensão quando os manifestantes se dirigiram para a frente ao Hospital Municipal. Havia temor de que houvesse uma invasão do local.

 

Na manhã de ontem houve passeata pela região central

 

 

Fonte: Da Redação do PCI

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