Ex-ponta direita do Palmeiras, vice-campeão brasileiro em 78, o itapirense Sílvio Antonio Garlizoni, o Dé, vê a seleção brasileira limitada na marcação e com dificuldades quando é atacada pelas laterais.
Rápido nas palavras como era com a bola nos pés em suas arrancadas insinuantes com a camisa 7 do Verdão, Sílvio visualiza uma caminhada difícil para o time de Felipão. “Vejo a seleção com muitas limitações na marcação, o time tem dificuldade para marcar no meio-campo”, frisa. “Na minha opinião, tem que tirar o Hulk ou o Oscar,colocar o Ramires ou o Hernanes para ficar mais compacto”.
Apesar de torcer, Sílvio prevê dificuldades para o Brasil. “Nosso time também tem dificuldade nas laterais, poisos dois apoiam sempre ao mesmo tempo”, explica “Pode até ser campeão,mas não vejo como favorito”.
Sobre a Copa sua opinião é bem definida, principalmente sobre as seleções sul-americanas. “Vejo a Copa aqui no Brasil em condições de alto nível,as equipes estão bem competitivas,principalmente as sul-americanas”, revela. Sobre os times que podem chegar, Sílvio aponta três favoritos. “Além do Brasil, acredito na França, Alemanha e Holanda, a Argentina tem o Messi e só”.
A eliminação precoce de grandes forças não foi surpresa para o itapirense, hoje radicado em Araras, onde encerrou a carreira no União São João e hoje atua como treinador das categorias de base da Prefeitura e da Nestlé. “A Inglaterra é fraca tecnicamente,a Itália também é muito limitada e a Espanha foi a grande surpresa pela técnica e qualidade, mas tem dificuldade no ataque”, comenta.
Em casa
Sílvio Garlizoni vê os jogos sempre ao lado da família. Casado com Ana Cristina, curte os jogos da seleção e o conforto de estar ao lado dela e dos filhos Mtheus, Thiago, Thalita e Areta, além dos netos Yasmin e Nickolas.
Em sua carreira profissional, depois de sair do Itapira Atlético Clube direto para o Palmeiras, em 76, chegou ao vice-campeonato brasileiro pelo time de Parque Antarctica em 78, tendo ao lado estrelas como Emerson Leão, Alfredo, Pedrinho, Escurinho, Beto Fuscão, Rosemiro e o artilheiro Toninho, entre outros.
Uma das armas do então técnico do Palmeiras, Jorge Vieira, tinha técnica e velocidade para driblar os adversários e servir os companheiros, até que uma entrada desleal do lateral Manoel, do Botafogo de Ribeirão Preto, causou uma lesão no joelho que prejudicou sua carreira.
Depois do Palmeiras, Sílvio defendeu clubes como Goiás, Ferroviária e União São João, entre outros, até encerrar a carreira no clube ararense e passar a atuar como treinador nas categorias de base.
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