Rádio Clube pretende operar em faixa de FM a partir do ano que vem

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12/11/2013 | Rádio Clube pretende operar em faixa de FM a partir do ano que vem

Embora tradicionalmente o pessoal da Rádio Clube festeje o dia 21 de setembro como Dia do Radialista - no dia 25 do mesmo mês é o Dia do Rádio - uma nova data, o 07 de novembro, foi definida como sendo O Dia do Radialista. O governo Federal, pegando carona nesta efeméride, programou na última quinta-feira, 07, a assinatura da presidente Dilma Rouseff (PT)autorizando a migração da recepção feita em AM (Amplitude Modulada) para FM (Frequência Modulada) das rádios AM que desejarem operar nesa frequência.

Em Itapira, Luiz Norberto da Fonseca Filho, o Betuska, sócio-diretor da Clube AM, uma emissora com 63 anos de estrada, acompanhava atentamente os desdobramentos desse ato político. Ele é um das centenas de empresários do segmento espalhados por todo o Brasil que enxerga com carinho a possibilidade de operar na faixa FM, que passa a ser disponibilizada com a transferência de emissoras de TV que deixam de operar no sinal analógico para o digital.

Ele desfia uma série de argumentos para justificar sua pretensão. “Um veículo com escapamento aberto na rua, ou uma dona de casa com o liquidificador em funcionamento não vão mais causar interferência na transmissão”, compara Betuska. Além do sinal mais limpo, a faixa FM permite que as emissoras de AM passem a atingir um público que tem crescido muito há alguns anos, aqueles que se utilizam de aparelhos celulares que só captam ondas de frequência modulada.

Cauteloso, Betuska prefere não criar um otimismo exagerado a partir de sua disposição em migrar para a faixa FM antes de ter “todas as cartas na mesa”. O principal ponto que segundo ele ainda não foi esclarecido diz respeito a possibilidade quase certa de que o governo federal irá cobrar algum tipo de outorga para quem fizer a migração. “Esta é uma questão muito importante. De repente o governo fixa um valor impraticável e a gente terá que continuar operando em AM mesmo”, detalhou.

Há um ano o empresário fez um investimento em torno de R$ 30 mil para modernizar seu sistema de transmissão, aposentando o antigo transmissor por um outro mais moderno.Ele explica que caso haja mesmo possibilidades de migração para o sinal de FM, estima que terá que pelo menos quadruplicar o investimento feito no ano passado. “Teremos que ter uma nova torre de transmissão, remodelar o estúdio e muito certamente pagar a outorga.

Experiência

Ele e seu irmão Luiz Antonio, o Toy, já tiveram experiência com emissora FM durante 16 anos. Ele diz que o momento atual difere daquele que permitiu realizar este tipo de investimento. “Foi algo diferente. Investimos num outro público, com outro perfil. A diferença é que se o projeto vingar, continuaremos atingindo aquele público tradicional com ganho na qualidade do sinal”, diz.

Reafirmando que tudo ainda está no campo da especulação, arremata dizendo que até mesmo o prefixo no dial - aquela escala que tem a numeração da frequência onde as emissoras são sintonizadas - será mudado, sem ter qualquer tipo de ideia onde o ouvinte de sua emissora terá que mover o sintonizador para achar a programação da Clube. “Tudo isso é conversa para o futuro. Melhor aguardarmos”, concluiu.

Fonte: Da Redação do PCI

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