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Itapira, 20 de Maio de 2024
Notícia
05/10/2011 | Zona Azul: os problemas estão aparecendo.

A Zona Azul passou por uma fase de orientação e adaptação.  A partir do dia 1º de outubro começos a funcionar a valer. Os rumores de que o sistema é fraco, falho nas informações e de difícil adequação estão desassossegando a população e os comerciantes itapirenses.

A reportagem do PCI esteve, hoje, no centro da cidade, para colher informações, dúvidas e protestos dos transeuntes dos quais a maioria não estão satisfeitos com o novo sistema.

Ao perguntar a opinião de uma vendedora, ela respondeu da seguinte forma: “Está tudo errado, quem estaciona aqui, qualquer hora vai ser multado e nem saberá o motivo!”

Tem sido notada também uma falha na comunicação entre pontos de vendas e os fiscais. Um entrevistado relatou que mesmo pagando com o cartão de forma correta, o “marronzinho” e sua máquina acusaram que o veículo era dado como irregular, não constava o pagamento, o que levantou um questionamento sobre a fiscalização. Outra vendedora indagou o seguinte: “Como vão fiscalizar carro por carro se a própria máquina não consegue afirmar corretamente?”

A maioria das reclamações dos entrevistados é sobre os setores. A necessidade de trocar o carro de vaga, principalmente nos setores vermelhos, está deixando descontente de quem precisa estacionar o carro e se preocupar em não demorar mais que uma hora. De acordo com um senhor ouvido pelo PCI, “se paga cinco horas, deve-se ter o direto de ficar cinco horas, essa coisa de ter que mudar de vaga de hora em hora é inviável”.

Outro problema relatado é a falta de pontos de vendas. “Muitos têm desistido, porque mesmo não sendo nossa responsabilidade, as pessoas cobram de nós, esbravejam, e não entendem que somos apenas vendedores”, foi o que disse uma vendedora de uma loja do setor vermelho, que completou: “e também, as máquinas estão sempre com problemas, vem gente comprar e é obrigada a correr em outro lugar para que seu carro não seja multado.” E não foi a única loja que apresentou problemas na aparelhagem. Outra, na Rua José Bonifácio, enquanto era feita a entrevista, uma senhora chegou para comprar o seu ticket e não obteve sucesso, o vendedor recomendou que fosse a outro estabelecimento porque o sistema estava em manutenção.

O PCI ouviu, também, o presidente da ACEI, José Natalino Paganini, o grande batalhador para a organização do estacionamento rotativo na cidade. Ao ser informado das principais reclamações, disse: “como usuário não vi nenhum problema, mas acontece que eu estou bem informado dos procedimentos. Mas problemas existem sim, as pessoas têm razão de reclamar. O maior problema está na empresa que não habilitou os pontos de vendas prometidos. Tem pouca gente para orientar os motoristas. As máquinas e o sistema apresentam falhas. Enfim, o medo que eu tinha, quando a prefeitura passou a controlar o processo sem nos ouvir, está acontecendo.”

Perguntado sobre as multas a partir dos problemas da empresa, Paganini tranqüilizou: “acho que o prefeito sentiu que a empresa não está tão estruturada como ele imaginava, por conta disso, os guardas não estão lançando as multas. Acredito que assim continue até que a empresa consiga resolver os problemas.”

Contou uma situação que ocorreu com ele, quarta: “fui ao banco, estacionei o meu carro na Praça Bernardino, olhei para um lado, olhei para outro e não vi ninguém que pudesse me dar qualquer orientação. Resolvi perguntar para uma pessoa que passava se ela sabia como eu poderia pagar o estacionamento? Ele me respondeu – não sei não, isso tá uma bagunça. Foi um teste da minha parte. Desci até o posto perto da loja Toque de Arte, eu tinha conhecimento desse ponto, paguei, fiz o que tinha que fazer. Em 48 minutos estacionei em mais quatro lugares, diferentes. Em todos achei vaga. Mas se tivesse que procurar alguém para me orientar, certamente perderia uma hora cuidando disso, num só lugar. Isso não pode acontecer.”

No entendimento de Paganini a empresa mostra-se totalmente despreparada para o serviço que ela se prontificou a fazer. Falta estrutura técnica e estrutura de atendimento: “um chefe e duas monitoras não podem dar conta de uma cidade do tamanho de Itapira. E sempre que entramos em contato com os proprietários, é a mesma coisa, é começo, é assim, mesmo, e, nada de solução. Acontece que nós estamos esperando por isso há dois anos, então a nossa torcida e o nosso desejo é que as coisas se resolvam rapidamente. Mas a nossa paciência, o nosso limite, não nos permite só promessas.”  

OPINIÃO: Como toda mudança, existe um período de adaptação, embora haja dificuldades iniciais não se pode tirar o crédito do sistema, que é bem desenvolvido e foi elogiado por representantes de fora da cidade que o conheceram em Itapira. O fator que classificará como sucesso ou fracasso, será unicamente o tempo para que as pessoas se habituem à mudança. Mas a empresa deve fazer a parte dela, o mais rápido possível, senão, no descrédito, o leite pode azedar.

Fonte: Da Redação do PCI

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