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Itapira, 20 de Dezembro de 2025
Notícia
24/12/2014 | Quando o Papai Noel assume o papel de filho

  

Felicidade evidenciada com visita dos ‘bons velhinhos’


A figura do Papai Noel pode ter diferentes signi­ficados para as pessoas. Para algumas é a chega­da do presente esperado durante todo ano. Para outras, a confirmação de uma crença de infância. Há ainda aqueles que olham para o bom velhinho e vêm um símbolo de esperança de dias melhores e o sinal de uma época de bons sentimentos.

Mas, para quem atua como o principal per­sonagem do Natal sabe que as situações podem ir muito além do rotineiro e surpreender até os mais experientes.

O voluntário Marcos Roberto Marchi, 40 anos, atua há quase oito anos em um dos principais grupos de solidariedade de Itapira e conta que nesse período viveu muitas situações que ficaram marcadas para sempre. “Há algumas que se repetem quase todo ano. Sempre vejo mães pedindo para que um dos Noéis vá até sua casa para entregar o presente para os filhos. Elas relatam que a criança está esperando e não há ninguém para ir”.

Outras histórias mos­tram que o espírito nata­lino pode transformar a ação das pessoas. Em um dos casos relatados, uma criança chorava muito por conta de um brinque­do que havia acabado. Comovida, uma mulher que havia ganhado dois bonecos dos desejados pelo garoto voltou até o início da fila e, gentil­mente cedeu um deles ao pequeno.

“Em outro caso, que já faz muitos anos, um Noel entrou na casa de uma senhora e de seus filhos para entregar uma cesta de alimentos. Enquanto as crianças de divertiam com o personagem, a mu­lher chorava emocionada pela presença dele, pela felicidade dos filhos e, principalmente, porque teria comida para a ceia de Natal”, relembra Marchi.

Porém, a história mais marcante vivida pelo vo­luntário ocorreu há apro­ximadamente três anos, durante uma visita a um dos asilos da cidade. Na­quele dia, o grupo viveu muito mais que um dia de distribuição de brindes e abraços, e sim um momen­to único e inesquecível. “Neste dia, quando os Papais Noéis chegaram ao asilo para entregar os presentes, uma das aco­lhidas foi em direção a um deles, o abraçou muito forte e disse ‘Ah, meu filho, você veio me visitar. Fique aqui comigo, fazia muito tempo que não vinha’”. Com os olhos marejados, o voluntário lembra que não tinha como a idosa saber quem era aquele que ela chamava de filho, porque ele estava fantasiado, mas pode perceber que o pre­sente que ela mais queria naquele dia era a visita de alguém muito querido. “O que acabou aconte­cendo é que esse Noel perdeu o ônibus fretado e ficou mais de uma hora e meia oferecendo carinho e atenção. Os mais carentes não são as crianças, mas os idosos”, disse.

Com tantas experiên­cias vividas por Marchi e seus amigos, ele con­ta que é inevitável que essa época do ano tenha ganhado um significado diferente. “Estamos lidan­do com pessoas, e não da pra prever o sentimento delas naquele momen­to. Na verdade estamos oferecendo um pouco de nós, de nosso tempo, para os que precisam. O que é errado é que deveria ser assim todos os outros dias do ano. Infelizmente, esse sentimento se perde durante o caminho com a correria do dia a dia. O correto seria que nos doássemos todos os dias”, concluiu.

 

Em uma das visitas aos asilos, Noéis fazem a felicidades dos assistidos

Fonte: Da Redação do PCI

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